Ação do IRB (IRBR3) pode subir mais de 50%, mas o Safra diz que não é hora de comprar; saiba por quê
O banco tem recomendação neutra para os papéis da resseguradora e cortou o preço-alvo de R$ 2,40 para R$ 1,70 em reflexo da oferta primária de ações que captou R$ 1,2 bilhão no início do mês

O Safra revisou as estimativas para o IRB (IRBR3) e passou a prever um potencial de valorização de mais de 50% para as ações da resseguradora. No entanto, o banco não recomenda ter esses papéis em carteira neste momento.
De acordo com as atualizações, o preço-alvo do IRB passou de R$ 2,40 para R$ 1,70 — ainda que tenha diminuído, esse valor ainda representa um potencial de alta de 52% com relação ao fechamento de sexta-feira (23).
Nesta segunda (26), as ações IRBR3 chegaram a figurar entre as maiores altas do Ibovespa, mas reverteram o movimento e fecharam em queda de 0,89%, a R$ 1,11.
Por que o Safra não recomenda compra de IRB (IRBR3)?
O Safra tem recomendação neutra para os papéis do IRB (IRBR3). Dois fatores explicam essa indicação:
- resultados operacionais ainda negativos no curto prazo;
- incerteza quanto ao nível de rentabilidade sustentável no médio e longo prazos.
Mesmo com o recente aumento de capital do IRB em R$ 1,2 bilhão, o banco reduziu as estimativas para 2022, após incorporar o desempenho no segundo trimestre e o potencial fraco de desempenho para o terceiro trimestre.
Segundo o Safra, os resultados operacionais do IRB devem continuar fracos não apenas nos contratos existentes como também nos novos, a exemplo do segmento rural — que trouxe reclamações significativas entre abril e junho.
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Por isso, o banco cortou as estimativas de prêmios totais emitidos em 10,3% este ano e 3,4% em 2023, com prêmios locais atingindo 75% do mix no longo prazo.
Ainda que a expectativa seja de que a sinistralidade se normalize daqui para frente, o Safra também diminuiu os números para 2022, considerando que os dados até julho continuam fracos.
Agora, a projeção é de que a sinistralidade atinja 92,9% este ano — após incorporar os resultados do segundo trimestre, quando a sinistralidade ficou em 124% — e 76,6% para 2023. Antes, as estimativas eram de 81,9% e 76,0%, respectivamente.
O Safra prevê ainda prejuízo líquido de R$ 340 milhões para 2022 contra R$ 64 milhões positivos antes, e lucro líquido de R$ 355 milhões para 2023, resultado 5% abaixo do modelo anterior.
- Leia também: Estratégia de salvação do IRB Brasil (IRBR3) funciona e empresa se livra de rebaixamento da S&P
Aumento de capital ajuda, mas nem tanto
No início do mês, o IRB (IRBR3) realizou uma oferta primária de ações, com esforços restritos — ou seja, limitada a investidores profissionais.
Na operação, cada nova ação IRBR3 saiu por R$ 1,00, um desconto de 50,25% em relação ao fechamento da sessão anterior ao anúncio (R$ 2,01).
Para captar o volume de R$ 1,2 bilhão, o IRB emitiu o equivalente ao lote principal de 597.014.925 papéis e mais 602.985.075 dos lotes extras, um acréscimo de 101%.
Segundo o Safra, essa emissão trouxe uma diluição acima do esperado, e o preço ficou bem abaixo da premissa anterior de 800 milhões de ações emitidas a R$ 1,50 cada. Por isso, o banco cortou o preço-alvo do IRB de R$ 2,40 para R$ 1,70.
Os riscos para o IRB (IRBR3)
O menor desempenho dos lucros é o principal risco para o IRB (IRBR3), segundo o Safra.
Embora o recente aumento de capital tenha levado a companhia a igualar os índices de suficiência e cobertura da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o banco ainda enxerga os fracos resultados operacionais e a incerteza de melhoria daqui para frente como riscos de descasamento futuro e necessidade de mais recursos.
Além disso, o Safra diz que o perfil da empresa que deve surgir a partir dessa operação ainda é incerto, pois o IRB reduziu consideravelmente seu tamanho e deve continuar fazendo isso, além de mudar seu mix de receita.
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