Sem padrinho político, Rodrigo Garcia tenta contornar isolamento para manter PSDB no governo de SP
Com a estratégia de se distanciar da polarização da política nacional, Garcia se isolou até de João Doria

Enquanto o clima das eleições presidenciais esquenta com a confirmação dos candidatos nas convenções, a campanha para o governo de São Paulo segue uma dinâmica própria, e isso pode ser visto nas estratégias dos principais candidatos.
Sem dividir palanque nem com Lula nem com Bolsonaro, o atual ocupante do Palácio dos Bandeirantes resolveu adotar o papel de “lobo solitário” ao não contar com um “padrinho” de peso. Rodrigo Garcia (PSDB) chegou ao ponto de não corresponder ao apoio que recebeu de Simone Tebet (MDB), Luciano Bivar (União Brasil), Pablo Marçal (PROS) e André Janones (Avante) nas redes.
Com a estratégia de se distanciar da polarização da política nacional, Garcia se isolou até de João Doria, de quem herdou o cargo após a renúncia do ex-governador, que pretendia disputar a Presidência.
Mesmo não tendo sido apadrinhado por alguma figura política de destaque, o PSDB segue apoiando Rodrigo García para perpetuar sua presença no governo paulista, defender o legado do partido e se opor à polarização política. Os tucanos ocupam o governo do Estado mais rico do país desde 1995.
Tarcísio cola em Bolsonaro, Haddad em Lula
Tarcísio de Freitas (Republicanos) era ministro da infraestrutura e deixou o cargo no começo deste para concorrer ao governo do Estado. Sua principal estratégia nas redes tem sido aparecer mais junto do presidente Jair Bolsonaro (PL), no último mês.
Enquanto que Fernando Haddad (ex-prefeito de São Paulo) anda aparecendo próximo de Geraldo Alckmin (PSB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Dos candidatos, Tarcísio foi o que mais gastou dinheiro com “pushs” de conteúdos, na plataforma do Facebook. Suas despesas com publicidade somam R$53,7 mil com publicidade , seguido por R$ 39,4 mil de Garcia.
Haddad lidera no Instagram, tendo 2 milhões de seguidores. Tarcísio fica em segundo, com 1,7 milhão de seguidores. Garcia fica em último com 101 mil, porém teve um boom de seguidores recentemente.
O Estadão fez um levantamento de que no mês de junho, a cada 44 publicações de Tarcísio, Bolsonaro estava presente em 8. Sendo que até metade do mês passado, Bolsonaro não costumava aparecer na rede social de seu apadrinhado. Essa estratégia pode ser consequência de um melhor desempenho de Bolsonaro nas pesquisas em São Paulo.
Já Lula esteve presente em 25 das 132 publicações de seu companheiro Haddad no Instagram. Garcia provavelmente terá que se aproximar do eleitorado bolsonarista para chegar ao segundo turno.
Game of Thrones - Estado de São Paulo
No começo do mês, os pré-candidatos montaram suas alianças. Tarcísio de Freitas (Republicanos) conquistou o PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab. Rodrigo Garcia (PSDB) vai disputar a eleição com o apoio do União Brasil, enquanto Haddad conseguiu O ex-governador Márcio França (PSB) havia repensado a sua candidatura e resolveu apoiar Haddad (PT).
Tarcísio reconheceu publicamente o apoio de Kassab e do PSD, deixando claro que fez uma escolha segura, com um bom histórico político. Os planos de seu governo serão mais direcionados para geração de empregos e modernização.
As principais ameaças para a soberania tucana, de 27 anos, são as forças republicanas e petistas. Haddad está praticamente garantido no segundo turno, tendo 38% das intenções de voto, de acordo com pesquisa Genial/Quaest. Rodrigo Garcia e Tarcísio de Freitas duelam por um lugar ao lado do petista, com 14% e 15% das intenções de voto, respectivamente.
O União Brasil entrou em um conflito com o MDB para a indicação do vice-governador da chapa de Garcia. As alianças do candidato foram as que mais disponibilizaram tempo de tv.
O Podemos e o ex-governador João Doria (PSDB) estão concentrados em apoiar candidatos ao Senado. Doria deu seu suporte a Henrique Meirelles (União Brasil) e o Podemos escolheu o deputado estadual Heni Ozi Cukier para apoiar.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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