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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Balanço do mês

Com alta de 7% do Ibovespa, bolsa é o melhor investimento de janeiro, e bitcoin é o pior; veja o ranking completo

Retorno de recursos estrangeiros para o Brasil levou à alta do principal índice da B3, além de queda do dólar; mas perspectiva de alta na Selic beneficiou os investimentos mais tradicionais da renda fixa conservadora

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
31 de janeiro de 2022
20:29 - atualizado às 20:39
Montagem do touro dourado encarando urso dourado na frente da B3 | Ibovespa
Do lado do touro, ações e renda fixa conservadora; do lado do urso, bitcoin, títulos atrelados à inflação e ouro. Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

A perspectiva de alta dos juros americanos e redução dos estímulos monetários nos Estados Unidos neste ano, aliada a um posicionamento duro contra a inflação por parte dos dirigentes do Federal Reserve, elevaram a aversão a risco ao redor do mundo ao longo do mês de janeiro.

Mas para a bolsa brasileira, parece que nada aconteceu. Não que tenha havido grandes mudanças no cenário doméstico para justificar uma alta nos preços das ações. Mas depois de ficar defasada em relação às bolsas internacionais, a B3 voltou a atrair o capital estrangeiro em busca de pechinchas.

Assim, o Ibovespa "correu atrás do prejuízo" e terminou janeiro com alta de 6,98%, aos 112.143 pontos, sagrando-se com o melhor desempenho no ranking do Seu Dinheiro dos melhores investimentos do mês. E, embora não tenha ficado entre os piores ativos, o dólar à vista viu uma queda de 4,84%, para R$ 5,31.

Na ponta oposta do ranking, o bitcoin teve uma queda da ordem de 20% em reais, voltando para a faixa dos R$ 200 mil. O temor em relação ao aperto monetário do Fed e a ameaça de banimento das criptomoedas pela Rússia pesaram nas cotações do BTC neste mês. Em dólar, a perda foi da ordem de 16%, com a cripto chegando à faixa dos US$ 38 mil.

Veja a lista completa dos melhores e piores investimentos de janeiro:

Os melhores investimentos de janeiro

InvestimentoRentabilidade no mêsRentabilidade no ano
Ibovespa6,98%6,98%
Tesouro Selic 2027***0,90%0,87%
Tesouro Selic 2024***0,87%0,83%
CDI*0,84%0,84%
Poupança antiga**0,63%0,63%
Poupança nova**0,63%0,63%
Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)*0,27%0,27%
Índice de Debêntures Anbima - IPCA (IDA - IPCA)*-0,49%-0,49%
Tesouro IPCA+ 2026***-0,98%-0,67%
IFIX-0,99%-0,99%
Tesouro Prefixado 2024***-1,12%-1,10%
Tesouro Prefixado 2026***-2,34%-2,27%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2030***-2,65%-2,56%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2031***-3,52%-3,50%
Dólar PTAX-3,99%-3,99%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040***-4,63%-4,24%
Dólar à vista-4,84%-4,84%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055***-5,14%-4,76%
Tesouro IPCA+ 2035***-6,38%-6,18%
Ouro-8,33%-8,33%
Tesouro IPCA+ 2045***-11,71%-11,35%
Bitcoin-20,69%-20,69%
(*) 30 dias até o dia 28/10. (**) Poupança com aniversário no dia 28. (***) Últimos 30 dias.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.

Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..

O Ibovespa na contramão do mundo

Enquanto os mercados de ações dos países desenvolvidos se ajustam à perspectiva de juros mais altos nos EUA, o Ibovespa viu uma forte recuperação em janeiro, puxada sobretudo pelos recursos estrangeiros. Até 27 de janeiro, o fluxo estrangeiro para a B3 era positivo em R$ 28,1 bilhões.

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O Fed deve encerrar seu programa de compra de ativos e fazer a primeira elevação de juros no mês de março. Ao longo do ano, o banco central americano deve aumentar as taxas de três a cinco vezes, além de dar início à redução do seu balanço, vendendo os títulos adquiridos de volta ao mercado.

O presidente da instituição, Jerome Powell, manifestou grande preocupação quanto à inflação elevada nos EUA, e disse que há bastante espaço para uma alta de juros sem prejudicar o mercado de trabalho, o que deixou os investidores em alerta.

O aumento dos juros nos Estados Unidos e a redução da liquidez da economia, com o aperto monetário, tendem a fortalecer o dólar e tornar os títulos do Tesouro americano mais atrativos. Como são considerados os ativos mais seguros do mundo, esses papéis atraem recursos antes alocados em ativos de risco, como ações e criptomoedas.

Tal movimento teria tudo para tirar atratividade também das bolsas de países emergentes, como a brasileira, tidas como mercados de alto risco. Porém, depois de muito apanhar, as ações por aqui acabaram ficando muito baratas, apesar de todos os riscos que temos no radar - externos ou internos.

Além disso, os preços elevados das commodities, que podem subir ainda mais neste ano, fizeram o gringo voltar a olhar para economias muito atreladas a esse tipo de produção, e que possam, portanto, se beneficiar deste cenário.

O destaque fica com os preços do petróleo e do minério de ferro. O primeiro vem sendo pressionado por conflitos geopolíticos - como os do Cazaquistão e as tensões entre Rússia e Ucrânia -, além da dificuldade dos produtores de atualmente atenderem à demanda crescente; já o minério deve ter seus preços impulsionados pela demanda chinesa, já que o Gigante Asiático continua dando estímulos à sua economia.

Assim, nem mesmo a perspectiva de alta de juros no Brasil, onde a projeção de Selic para o fim do ano já está quase em 12%, impediu o Ibovespa de subir ou o dólar de cair ante o real em janeiro. Claro que, por aqui, o recesso em Brasília também resultou numa escassez de notícias preocupantes pelo lado político e fiscal.

Melhores ações do Ibovespa em janeiro

EmpresaAçãoVariação
B3B3SA331,71%
HapvidaHAPV321,97%
Itaú UnibancoITUB421,02%
AzulAZUL419,91%
Bradesco PNBBDC418,81%
NotreDame IntermédicaGNDI317,98%
Bradesco ONBBDC316,19%
brMallsBRML315,88%
BTG PactualBPAC1115,87%
PetroRioPRIO315,72%
Fonte: B3/Broadcast

Piores ações do Ibovespa em janeiro

EmpresaAçãoVariação
LocawebLWSA3-26,29%
AlpargatasALPA4-21,15%
IRBIRBR3-18,66%
EmbraerEMBR3-18,17%
BraskemBRKM5-14,68%
PositivoPOSI3-14,13%
RumoRAIL3-12,05%
Natura &CoNTCO3-10,74%
MéliuzCASH3-10,19%
ViaVIIA3-10,10%
Fonte: B3/Broadcast

Renda fixa conservadora também é destaque positivo

E pode parecer estranho, mas quem fez companhia para o Ibovespa no pódio foi a renda fixa conservadora, aqueles investimentos cuja remuneração é atrelada à variação da Selic ou do CDI, e que justamente se beneficia de um cenário de juros em alta.

O segundo e o terceiro lugar da tabela ficaram com títulos Tesouro Selic de diferentes vencimentos, títulos públicos atrelados à variação da Selic que podem ser comprados via Tesouro Direto ou fundos de investimento conservadores.

Em seguida, veio a caderneta de poupança, agora com a rentabilidade máxima de 0,5% ao mês mais Taxa Referencial (TR), válida tanto para a poupança nova quanto para a poupança antiga. Repare que, com a Selic atual em 9,25% ao ano, a TR não está mais zerada, como esteve por muito tempo enquanto os juros estavam baixos.

Bitcoin virou um investimento 'normal'?

A forte queda do bitcoin no mês foi motivada, entre outras coisas, por esse movimento global de aversão a risco. Agora que o mercado cripto cresceu, com a entrada tanto de pessoas físicas como de investidores institucionais, como fundos de investimento, ele está mais correlacionado aos mercados tradicionais, sendo encarado como um ativo de risco.

Mas também houve algum estresse em relação à ameaça da Rússia de banir as criptomoedas, o que talvez não ocorra, uma vez que também há propostas de se regulamentar os ativos digitais no país. Também há grande expectativa dos investidores em relação à regulação das criptomoedas nos Estados Unidos.

Entre os piores investimentos do mês, destaque também para os títulos públicos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+) de prazos longos, machucados pela alta dos juros futuros no mês, com a elevação dos juros dos Treasuries, os títulos do Tesouro americano, dentro de um contexto de aperto monetário; e também para o ouro, que, por não pagar juros, perde atratividade quando os Treasuries se tornam mais interessantes, mesmo em cenários de inflação alta.

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