Magazine Luiza, Via e Americanas podem ter caminho difícil pela frente: dados do IBGE mostram que varejo ainda patina no Brasil
O volume vendido total subiu mas apenas três das oito atividades pesquisadas avançaram. Além de tudo, depois do ajuste nos dados, o desempenho positivo de janeiro não recupera nem a metade da perda de dezembro
No dia seguinte a um relatório do JP Morgan que cortou os preços-alvo de Magazine Luiza, Via e Americanas, o IBGE divulgou dados mostrando que o varejo ainda tem um longo caminho a percorrer para voltar aos patamares um dia já vistos.
Isso porque mesmo após um aumento de 0,8% no volume vendido em janeiro ante dezembro, o varejo ainda opera 6,5% abaixo do pico alcançado em outubro de 2020, dentro da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, iniciada em 2000, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Se a comparação for com fevereiro de 2020, ainda antes da pandemia, o volume de vendas recuou 1,0%.
Já o varejo ampliado, que recuou 0,3% em janeiro ante dezembro, está em nível 8,0% aquém do ápice registrado em agosto de 2012. Já na comparação com fevereiro de 2020, as vendas recuaram 1,6%.
Um dezembro ainda pior
O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo em dezembro ante novembro, de uma queda de 0,1% para um tombo de 1,9%.
Segundo Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, a forte revisão é resultado do modelo de ajuste sazonal, que revisa a série histórica a cada entrada de novas informações.
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Não houve influência da entrada ou mudanças em informações prestadas pelos varejistas que participam da PMC, disse Santos.
Quem perde e quem ganha
As cinco atividades varejistas com retração nas vendas em janeiro na comparação com dezembro foram:
- Tecidos, vestuário e calçados (-3,9%);
- Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%);
- Móveis e eletrodomésticos (-0,6%);
- Combustíveis e lubrificantes (-0,4%);
- Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%).
Houve avanços apenas nos setores de:
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,3%);
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,8%);
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%).
Segundo Cristiano Santos, as vendas de outros artigos de uso pessoal e de artigos de perfumaria no segmento de farmacêuticos foram impulsionadas em janeiro por uma estratégia de promoções nessas duas atividades.
"As promoções ocorreram em momento diferente, não foi em dezembro", observou.
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, houve redução de 0,3% em janeiro ante dezembro.
O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou queda de 1,9%, enquanto Material de construção caiu 0,3%.
Questionado sobre eventuais impactos da invasão da Ucrânia pela Rússia sobre o desempenho do varejo brasileiro, Santos disse que não poderia prever.
Mesmo assim reconheceu que pressões inflacionárias costumam ter como reflexo a redução do volume vendido pelo comércio no mercado doméstico. "Qualquer aumento de inflação tende a influenciar o crescimento em volume do comércio", disse Santos.
Inflação e varejo não combinam
A inflação ainda elevada no País impediu um resultado mais favorável nas vendas no comércio varejista em janeiro, afirmou Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por outro lado, o aumento nas concessões de crédito e o avanço no número de pessoas trabalhando, o que melhora a renda das famílias, ajudam a sustentar as vendas, opinou o pesquisador.
Apesar de o volume de vendas total ter subido, apenas três das oito atividades pesquisadas registraram avanços.
Além de tudo, o desempenho positivo de janeiro não recupera nem a metade da perda observada pelo varejo em dezembro.
"A trajetória dos últimos meses continua bastante claudicante", definiu Cristiano Santos. "A leitura (de janeiro) é positiva, mas ela não é distribuída entre as atividades, está concentrada", reconheceu.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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