Lula acusa Bolsonaro de tentativa de compra de votos; presidente vai a formatura de cadetes e não discursa
Lula fez as declarações em comício no Vale do Anhangabaú; Bolsonaro apenas acenou a participantes de motociata convocada em apoio a ele

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição e hoje seu maior adversário político, tenta comprar votos ao turbinar benefícios sociais no País.
Lula fez a acusação neste sábado durante comício para dezenas de milhares de apoiadores reunidos no Vale do Anhangabaú, região central de São Paulo.
Bolsonaro teve apoio da oposição para aprovar benefícios temporários
Com apoio da oposição, o governo federal aprovou, em ano eleitoral, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que elevou o Auxílio Brasil a R$ 600 e criou programas como vale-gás e voucher-caminhoneiro. Todas as medidas expiram no fim do ano.
"Ele, Bolsonaro, está tentando comprar votos com a quantidade de dinheiro que está liberando. Até a gasolina começou a baixar. É tudo medo do Lula", disse o petista no comício.
Clima de 'já ganhou' na campanha de Lula?
"Mas, meu caro capitão, esse povo aqui não é besta como você pensa", seguiu, mostrando confiança em sua vitória nas urnas. "Vai entregar a faixa, sim", salientou.
Até hoje, Bolsonaro não se comprometeu a entregar a faixa presidencial a outra pessoa caso perca as eleições de outubro.
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Lula lidera pesquisas
Para Lula, Bolsonaro "rói as unhas" após cada pesquisa eleitoral. O ex-presidente lidera as intenções de voto com vistas às eleições de outubro. Algumas sinalizam a possibilidade de vitória em primeiro turno.
No discurso, Lula reiterou a promessa de reajustar a tabela do imposto de renda e de aumentar o salário mínimo acima da inflação todos os anos.
Também sinalizou a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida. "Bolsonaro que pegue o Casa Verde e Amarela e enfie onde ele quiser", disparou, em referência ao programa bolsonarista que substituiu o Minha Casa, Minha Vida.
O candidato se comprometeu com a retomada de uma "política externa ativa e altiva" e voltou a enfatizar o impacto da crise econômica sobre os mais pobres durante o comício.
"Governar não é fazer propaganda de arma. Não é cuidar dos ricos, dos banqueiros. É cuidar do povo trabalhador", afirmou.
Na avaliação do petista, "não tem explicação" 33 milhões de pessoas passarem fome no País. "Queremos soberania, democracia, emprego", acrescentou.
Bolsonaro participa de formatura de oficiais do Exército
Enquanto Lula fez comício em São Paulo, Bolsonaro cumpriu uma das agendas mais tradicionais de seu governo - repetida desde 2019: prestigiar a cerimônia de formatura de oficiais na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), na manhã deste sábado.
Sem discursar, Bolsonaro ficou ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro (PL), de ministros e comandantes das Forças Armadas.
Pouco antes do início da solenidade, Bolsonaro cumprimentou apoiadores na entrada do Hotel de Trânsito da Aman.
Motociata foi convocada, mas Bolsonaro apenas acenou a participantes
Uma motociata foi convocada de cidades vizinhas até a frente do hotel.
Por volta das 9h, Bolsonaro ficou às margens da Rodovia Presidente Dutra, ao lado do candidato a vice-presidente, general Walter Braga Netto, acenando aos motociclistas.
Ao contrário de ocasiões anteriores, Bolsonaro não participou do ato dirigindo uma moto ou na garupa de um apoiador.
Entre os presentes estavam o ex-ministro da Saúde e candidato a deputado federal, Eduardo Pazuello, os ministros Luiz Eduardo Ramos, Anderson Torres, Augusto Heleno e o vice vice-presidente Hamilton Mourão.
Formado na Aman em 1977, Bolsonaro acompanhou a entrega de espadins a formandos da academia em diversas ocasiões, desde que assumiu a Presidência.
Não havia outros eventos antecipados para hoje na agenda de campanha de Lula e Bolsonaro, os dois principais candidatos à presidência.
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