Em um ano difícil para o investimento em ações, a B3 (B3SA3), dona da bolsa de valores brasileira, registrou lucro líquido recorrente de R$ 1,229 bilhão no quarto trimestre. O resultado representa uma alta de 6% em relação ao mesmo período de 2020.
O lucro societário (usado como referência para o pagamento de dividendos), contudo, apresentou leve queda de 0,5% em relação ao quarto trimestre de 2020 e somou R$ 1,091 bilhão.
A receita líquida da B3 apresentou queda de 4,4% e atingiu R$ 2,179 bilhões. O resultado foi afetado por ganhos menores nas comissões com a queda no volume negociado e também pela implementação de uma nova política de tarifação.
As despesas ajustadas foram na direção contrária e aumentaram 13,1%. Então o que acabou contribuindo para o lucro da B3 foi o resultado financeiro, que aumentou 36,4% puxado pela alta da taxa básica de juros (Selic).
A reação dos investidores aos números não é boa. As ações da B3 (B3SA3) eram negociadas em queda de mais de 5% após a abertura do pregão desta sexta-feira,
B3: Dividendos vêm aí
Junto com o resultado, o conselho de administração da B3 aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) aos acionistas.
A dona da bolsa vai distribuir R$ 789 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 0,13096558 por ação, e R$ 302,6 milhões em JCP — R$ 0,04267815 líquido por ação.
O pagamento acontece no dia 8 de abril. Para receber os valores, é preciso ser acionista da B3 no dia 24 de março.
No total, a B3 vai distribuir R$ 6 bilhões aos acionistas com base nos resultados de 2021, incluindo dividendos, JCP e recompra de ações. Esse valor representa 127% do lucro líquido societário anual da companhia.
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