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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

A MAIOR DESDE 1996

Com inflação mais uma vez acima do esperado em abril, economistas já falam em Selic acima dos 13,25%

Dados do IPCA e do CPI em abril devem forçar bancos centrais a subirem ainda mais os juros para enfrentar a inflação

Montagem mostrando o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, escalando uma montanha, sinalizando o ciclo de alta da Selic, a taxa básica de juros do Brasil, promovido pelo Copom
Alta da inflação deve levar Banco Central a subir os juros mais do que se esperava. Imagem: Unsplash/Agência Brasil; montagem Andre Morais

A equipe de escalada liderada pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, vai ter mais trabalho do que se esperava para chegar ao alto do Monte Selic. É o que indicam os dados do IPCA divulgados hoje pela manhã.

O índice usado pelo BC no regime de metas de inflação avançou 1,06% no mês passado na comparação com março. Trata-se da leitura mais alta do indicador desde 1996.

Embora tenha ocorrido uma desaceleração em base mensal (afinal, a inflação do mês passado pegou de surpresa até mesmo o líder da equipe de escalada do BC), o dado mais recente veio acima das estimativas (+1,00%) e a inflação acumulada em 12 meses acelerou de 11,30% em março para 12,13% em abril.

Inflação no Brasil surpreende pelo lado negativo

Logo depois da divulgação, o estrategista da Meta Asset Management, Alexandre Póvoa, disse que o IPCA de abril “surpreendeu mais uma vez pelo lado negativo”.

Ainda assim, o mercado financeiro reagiu positivamente ao IPCA de abril em um primeiro momento. “O Ibovespa futuro chegou a bater 1,2% de alta antes da divulgação da inflação nos Estados Unidos”, comentou Luiz Carlos Corrêa, sócio da Nexgen Capital.

E se havia até agora a percepção de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central poderia interromper o ciclo de alta de juro já na próxima reunião, talvez em 13,25% ao ano, esse consenso começa a ser substituído por outro.

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Para Póvoa, o BC não tem o que fazer a não ser continuar perseverando na alta dos juros. “Não vai dar para parar o ciclo em 13,25% ao ano [...], 13,50% a.a. parece ter virado piso.”

Inflação nos EUA segue no nível mais alto em 40 anos

Mas notícia ruim raramente vem desacompanhada. E Corrêa já havia cantado a bola. Meia hora depois, a Agência de Estatísticas Laborais dos EUA informou que o CPI, o índice oficial de inflação no país, acumulou alta anual de 8,3% em abril, permanecendo no nível mais elevado em 40 anos.

“Possivelmente veremos mais aumentos nos juros nas próximas reuniões realizadas pelos bancos centrais”, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, disse Fernanda Mansano, economista-chefe da Empiricus.

Nesse cenário, uma alta nos juros em maior magnitude pelo Fed, como 0,75 ponto porcentual, começa a fazer mais sentido, afirmou ela.

Apesar de uma reação inicial negativa à inflação nos EUA nos mercados da ações, os principais índices subiam no fim de manhã. No Ibovespa, a alta é puxada pela recuperação das commodities. Acompanhe aqui a nossa cobertura ao vivo do mercado.

O cume do Monte Selic

Algumas semanas ainda nos separam das próximas reuniões do Copom e do Fomc, o comitê de política monetária do Fed, mas o impacto já pode ser percebido nos juros futuros.

Em Wall Street, as taxas das Treasuries de 10 anos superaram a barreira psicológica dos 3% depois dos dados do CPI.

Por aqui, “a curva de juros sobe com o mercado percebendo que BC deve continuar com ciclo de alta talvez com mais uma alta em julho, além de junho”, disse Marcelo Oliveira, fundador da Quantzed, empresa de tecnologia e educação financeira para investidores.

Para ele, a persistência da inflação deve fazer com que o Banco Central aviste o cume do Monte Selic ao fim de 2022 a 13,50% ano - ou até mesmo 14%.

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