🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

O APERTO VEM AÍ

Fed deixa a porta aberta para elevar juros em março; veja a decisão do banco central dos EUA e a reação dos mercados

Autoridade monetária já vinha dando sinais de que a taxa básica iria subir ainda no começo deste ano para conter a inflação no maior nível em quase 40 anos

Carolina Gama
26 de janeiro de 2022
16:34 - atualizado às 18:11
Montagem de Jerome Powell em cima de um foguete rumo ao planeta chamado juros
Montagem de Jerome Powell em foguete rumo ao planeta juros - Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock / Banco Central da Suíça

O Federal Reserve (Fed) vai enfrentar a turbulência dos mercados e a fúria da inflação com um aumento em breve dos juros, mantidos nesta quarta-feira próximos de zero. A sinalização deixa a porta aberta para o que os investidores esperavam: um aperto monetário mais agressivo em março

“O Comitê busca alcançar o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo. Em apoio a essas metas, o Comitê decidiu manter a faixa-alvo para a taxa de juros entre zero e 0,25% ao ano. Com a inflação bem acima de 2% e um mercado de trabalho forte, o Comitê espera que em breve seja apropriado aumentar a meta para a taxa básica de juros”, diz o Fed. 

A porta aberta que deve levar à primeira elevação da taxa de juros desde dezembro de 2018 não surpreendeu e vem em resposta a uma inflação que chegou ao nível mais alto em quase 40 anosConfira a reação dos mercados à decisão do Fed

Nos últimos dias, as bolsas norte-americanas vinham sendo atingidas pelo temor dos investidores de que o Fed pudesse apertar a política monetária mais do que o esperado. Até o momento, os membros do comitê do banco central dos Estados Unidos indicam três elevações de juros neste ano.

O que diz o comunicado

O comunicado do comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) não forneceu um prazo específico sobre quando o aumento dos juros poderá ocorrer, mas tudo indica que o aperto monetário deve começar em março. 

Isso porque as compras de títulos adotadas no auge da pandemia, em março de 2020, devem ser zeradas em março deste ano e o Fed já vinham indicando que assim que essas aquisições acabarem, o processo de aumento de juros aconteceria. 

Leia Também

Sobre essas compras, o banco central norte-americano indicou hoje que, a partir de fevereiro, o comitê irá adquirir US$ 20 bilhões mensais em  títulos do Tesouro e US$ 10 bilhões em títulos lastreados em hipotecas por mês - nível muito abaixo dos US$ 120 bilhões até outubro de 2021. 

“As compras e posse de títulos em curso pelo Federal Reserve continuarão a promover o bom funcionamento do mercado e condições financeiras acomodatícias, apoiando assim o fluxo de crédito para famílias e empresas”, diz o Fed.

Fed e seu balanço

O Fed indicou em um comunicado separado que começaria a encolher seu balanço patrimonial após aumentar as taxas, uma ação de aperto adicional que muitos investidores podem esperar que o banco central tenha evitado fazer imediatamente.

Em dezembro de 2021, o Federal Reserve deu início aos planos para começar a cortar a quantidade de títulos que detém, com seus dirigentes dizendo que uma redução no balanço deve começar algum tempo depois que a autoridade monetária começar a aumentar a taxa de juros.

Embora as autoridades não tenham feito nenhuma determinação sobre quando o Fed começará a liberar os quase US$ 8,3 trilhões em títulos que mantém, declarações do último encontro de 2021 indicaram que o processo poderia começar este ano, possivelmente nos próximos meses.

O Fed usa seu balanço patrimonial para, entre outras coisas, manter as condições financeiras facilitadas, garantir o bom funcionamento da economia e garantir o alcance de suas metas de pleno emprego e estabilidade de preços.

Em março de 2020, o banco central norte-americano passou a inflar seu balanço ao comprar títulos lastreados em hipotecas e também títulos do Tesouro. Conforme a economia dos Estados Unidos foi se fortalecendo dos efeitos da covid-19, essas aquisições de ativos foram sendo reduzidas para serem zeradas até março.

Economia, emprego e inflação

Sob os olhos do Fed, a economia norte-americana e o mercado de trabalho não são um problema, diferentemente do que acontece com a inflação. 

Enquanto o banco central atesta que os ganhos de emprego foram sólidos nos últimos meses, e a taxa de desemprego diminuiu substancialmente nos Estados Unidos - ainda que alguns setores tenham sido afetados pelo aumento de casos de covid-19 no país - a inflação segue acima do tolerável. 

“Os desequilíbrios da oferta e da demanda relacionados com a pandemia e a reabertura da economia continuaram a contribuir para níveis elevados de inflação”, diz o comunicado. 

A inflação encerrou 2021 nos Estados Unidos em 7%, o nível mais elevado em quase 40 anos e também muito acima da meta de 2% ao ano.

Por trás dos sinais do Fed

Para Marcos Mollica, gestor do Opportunity Total, o Fed fez uma descrição do cenário econômico que mostra uma rápida aproximação dos seus objetivos de emprego e inflação. Em particular, indicou que irá utilizar “todas as suas ferramentas para garantir que a inflação não se torne arraigada à economia”.

"Portanto, embora a decisão tenha sido aproximadamente em linha com o esperado, a mensagem geral foi significativamente mais hawk [favorável ao aperto monetário]. Neste contexto, a pressão nas taxas intermediárias deve aumentar, uma vez que ainda precifica uma taxa de juros de fim de ciclo muito baixa, na nossa visão", disse.

João Beck, economista e sócio da BRA, alerta que sobre as chances de haver menos liquidez ao longo do ano e isso deve pesar nos mercados.

"Em outras ocasiões de ciclo de alta de juros, mercados norte-americanos performaram bem. Mas dessa vez a inflação ameaça de forma mais forte e já vemos alguns sinais de desaceleração da atividade econômica nos Estados Unidos (vide auxílio desemprego)", afirma.

O Goldman Sachs chama atenção para o fato de o Fomc divulgar um novo conjunto de princípios de normalização para reduzir o tamanho do balanço do Fed.

"Os princípios estabelecem que a redução do balanço terá início 'após o início do processo de aumento da faixa da para a taxa básica de juros', o que implica que o comitê pode decidir iniciar a normalização em qualquer reunião após março", diz.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BOMBOU NO SD

Banco do Brasil (BBAS3), ataque hacker, FII do mês e tarifas de 50% de Trump: confira as notícias mais lidas da semana

12 de julho de 2025 - 18:10

Temas da semana anterior continuaram emplacando matérias entre as mais lidas da semana, ao lado do anúncio da tarifa de 50% dos EUA ao Brasil

GUERRA COMERCIAL

Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil

12 de julho de 2025 - 14:36

Taxação pode ter impacto indireto na economia de emergentes ao afastar investidor gringo, mas esse risco também é limitado

OLHO POR OLHO?

Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’

12 de julho de 2025 - 11:28

Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana

MOTIVAÇÕES POLÍTICAS

Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo

11 de julho de 2025 - 19:30

A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções

TRUMP VS. EMERGENTES

O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo

11 de julho de 2025 - 17:25

Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto

APÓS ESCÂNDALO

Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso

11 de julho de 2025 - 14:01

Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender

11 de julho de 2025 - 7:02

Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA

SEM ENDEREÇO CERTO

De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação

10 de julho de 2025 - 18:59

Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção

GUERRA COMERCIAL

O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas

10 de julho de 2025 - 16:06

Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista

DISPUTA INTERNACIONAL, CRISE INTERNA

Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF

10 de julho de 2025 - 13:48

Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’

O QUE ESPERAR AGORA?

Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026

10 de julho de 2025 - 13:41

A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país

E AGORA, GALÍPOLO?

Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar

10 de julho de 2025 - 13:07

Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior

BC PRESSIONADO

Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país

10 de julho de 2025 - 9:39

Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo

LOTERIAS

Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)

10 de julho de 2025 - 7:01

Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa

PEGOU MAL PRA QUEM?

De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil

9 de julho de 2025 - 20:15

O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto

NÃO ESCAPAMOS

Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula

9 de julho de 2025 - 17:18

O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%

FÁCIL FALAR, DIFÍCIL CONTROLAR A INFLAÇÃO

Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”

9 de julho de 2025 - 15:14

O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível

LOTERIAS

Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam

9 de julho de 2025 - 6:36

Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje

NO LIMITE DA POTÊNCIA

Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora

8 de julho de 2025 - 19:01

Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019

“A META É TRÊS”

Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação

8 de julho de 2025 - 16:59

Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar