Na mesma moeda. É assim que os Estados Unidos pretendem responder à Rússia caso o presidente Vladimir Putin use armas de destruição em massa na guerra contra a Ucrânia.
A força da resposta, segundo o presidente norte-americano, Joe Biden, depende do tamanho das ações do líder russo.
“A natureza da resposta depende da natureza do uso”, afirmou ele, após uma maratona de reuniões nesta quinta-feira (24) com aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Bruxelas. Hoje, a invasão russa à Ucrânia completou um mês.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que o uso de armas químicas mudaria a natureza da guerra em curso na Ucrânia.
“Será uma violação flagrante do direito internacional e com consequências de longo alcance”, disse Stoltenberg, acrescentando que o uso de tais armas pode afetar os membros da Otan localizados próximos ao conflito.
Mas será que Putin vai usar?
A Rússia já usou armas químicas no campo de batalha, inclusive na Síria, contra o opositor do governo Alexei Navalny e contra o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia, em Londres.
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Aparentemente incomodado com o lento progresso na guerra da Ucrânia, Putin tem sinalizado cada vez mais a possibilidade de usar armas químicas ou biológicas para destruir cidades inteiras e forçar o país a se render.
No início da semana, Biden alertou Putin estava acusando falsamente Washington e Kiev de usar armas biológicas ou químicas para justificar o ataque da própria Rússia à Ucrânia.
Expulso pela guerra
O presidente norte-americano também disse que apoiaria um esforço para expulsar a Rússia do G-20, o grupo formado por 20 economias globais.
No início do dia, a Casa Branca anunciou que os Estados Unidos sancionarão cerca de 400 indivíduos e entidades russas, incluindo mais de 300 legisladores da Duma — a câmara baixa do parlamento russo, equivalente à nossa Câmara dos Deputados — e as elites do país.
Embora tenha se recusado a dizer se os Estados Unidos têm evidências de que a China ajudou a Rússia a evitar sanções, Biden afirmou que os líderes da Otan discutiram a necessidade de um sistema para revisar quaisquer violações às punições.