Bitcoin (BTC) mantém recuperação enquanto ethereum (ETH) rouba a cena e dispara 30% na semana
Ethereum segue surfando a onda da “grande fusão” ao dar mais um passo em direção à versão definitiva; veja também o desempenho do bitcoin e de outras criptomoedas
O martírio dos investidores em criptomoedas parece realmente ter chegado a um limite. Não que o bitcoin (BTC), o ethereum (ETH) e congêneres vão retornar às máximas históricas num piscar de olhos. No entanto, o pior parece realmente ter passado e os principais expoentes deste mercado acompanham a recuperação observada nas bolsas de valores internacionais.
Em um movimento iniciado ainda no fim de semana, o bitcoin recuperou hoje a faixa dos US$ 22 mil. Por volta das 11h07, o BTC operava em alta de 4,69% nas últimas 24 horas e acumulava alta de 8,81% na semana.
Entretanto, a recuperação do bitcoin não se compara à do ethereum. A segunda maior criptomoeda do mercado rouba a cena ao subir 9,82% nas últimas 24 horas e acumular alta de 30,02% nos últimos sete dias.
Veja também: O BITCOIN JÁ PASSOU PELO PIOR
O ethereum segue surfando a onda “grande fusão", também chamada de Ethereum 2.0. Trata-se de mais um passo em direção à sua versão definitiva — que chegou a “ficar ameaçada” por causa do do Longo Inverno Cripto.
“Minha opinião é que o ETH está subindo em antecipação ao Ethereum 2.0”, disse John Ng Pangilinan, sócio-gerente da rede de blockchain Signum.
Na quinta-feira, Tim Beiko, membro da Ethereum Foundation, fixou 19 de setembro como a data de lançamento provisória para a fusão. Desde então, ETH acumula valorização de cerca de 24,2%, de acordo com dados da CoinMarketCap.
O movimento influencia a maior parte das demais criptomoedas e elevou em aproximadamente 4,8% a capitalização de mercado, que avançou para US$ 1,02 trilhão.
Segundo informações do CoinMarketCap, a última vez que o mercado cripto superou o patamar de US$ 1 trilhão em valor de mercado foi em 13 de junho.
Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mercado hoje:
Nome | Preço | 24h % | 7d % |
---|---|---|---|
Bitcoin (BTC) | US$ 22.151,60 | +4,69% | +8,81% |
Ethereum (ETH) | US$ 1.476,05 | +9,82% | +30,02% |
Tether (USDT) | US$ 0,9998 | +0,02% | +0,04% |
USD Coin (USDC) | US$ 1,00 | +0,02% | +0,01% |
BNB (BNB) | US$ 261,27 | +3,97% | +12,57% |
XRP (XRP) | US$ 0,3645 | +4,57% | +11,91% |
Binance USD (BUSD) | US$ 1,00 | +0,21% | +0,02% |
Cardano (ADA) | US$ 0,4921 | +9,24% | +9,84% |
Solana (SOL) | US$ 42,03 | +6,28% | +18,89% |
Dogecoin (DOGE) | US$ 0,0667 | +4,81% | +3,23% |
O brilho do ethereum (ETH)
De acordo com os desenvolvedores, os testes realizados na rede paralela do ethereum — chamada de rede shadow ou também testnet — foram um sucesso.
A nona rodada de testes de estresse da rede antes da “grande fusão” (ou The Merge) aconteceu para examinar a eficiência do sistema MEV (maximal extractable value, ou valor extraível máximo, em tradução livre).
Em linhas gerais, o MEV serve para tornar a rede ainda mais descentralizada, dando autonomia para os indivíduos emitirem e manipularem novos tokens (criptomoedas) e priorizar transações mais urgentes na blockchain por meio da mudança do sistema de validação.
O que é "A Fusão" do Ethereum?
A expectativa é de que The Merge (“A Fusão”, em tradução livre) trará eficiência energética para a segunda maior criptomoeda do mundo, além de permitir a escalabilidade (crescimento) da rede de maneira mais segura — e é um dos destaques do segundo semestre para o mercado de moedas digitais. São três pontos principais:
- Eficiência energética, com a migração do sistema de proof-of-work (PoW, ou “prova de trabalho”) para proof-of-stake (PoS, ou “prova de participação”);
- Redução nas taxas de transação mais baixas, que podem chegar facilmente aos US$ 100 na média e dificultam o crescimento da rede;
- Maior velocidade de transação.
No cronograma de atualizações programado, o The Merge deve ser concluído em algum momento entre agosto e setembro deste ano.
A atualização não tem data certa para acontecer por causa dos sucessivos testes para manter a rede estável durante a fusão.
Os desenvolvedores permanecem preocupados com o risco de tirar, acidentalmente, a blockchain do ar, o que explica a demora.
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A mesma semana em que acontece o The Merge também é marcada por um elevado apetite de risco
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