Após três semanas fora do ar, Binance volta a negociar criptomoedas em reais; turbulências serão resolvidas com novo parceiro de pagamentos?
Em nota enviada à reportagem, a exchange afirma que “atua em total acordo com o cenário regulatório do Brasil”
A Binance anunciou na manhã desta quinta-feira (07) a retomada de saques e depósitos em reais com sua nova provedora de pagamentos local. A suspensão de negociações aconteceu pouco mais de um mês atrás, após problemas com o Capitual.
“Com a troca do provedor de pagamentos, a Binance vai oferecer uma solução melhor para os clientes, enquanto conduz o processo de aquisição da corretora local Sim;paul, empresa autorizada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), anunciado em março”, conclui a nota à imprensa da exchange.
Relembre o caso: Binance X Capitual
Os clientes brasileiros com contas na maior corretora de criptomoedas do mundo tiveram suas negociações suspensas no dia 17 de junho. A Binance alegava problemas com o Capitual, empresa que até então fazia a ponte de pagamentos com a exchange.
Uma semana depois, a Binance anuncia a Latam Gateway como nova parceira de pagamentos da corretora. À época, a reportagem tentou entrar em contato com a empresa, mas não obteve resposta.
Binance driblando a regulação?
Os problemas com o Acesso Bank e o Capitual começaram não por motivos internos entre as duas empresas, mas por uma determinação do próprio Banco Central para as instituições de pagamento.
A autoridade monetária lançou uma circular utilizando uma medida de combate à lavagem de dinheiro e crimes digitais. O acordo com a Latam Gateway deve servir de tampão enquanto a Binance migra suas operações para a Sim;paul, corretora regulada pelo BC adquirida em março deste ano.
Também entramos em contato com a Binance para esclarecer as questões de adequação da corretora à determinação do Banco Central. Em nota enviada à reportagem, a exchange afirma que “atua em total acordo com o cenário regulatório do Brasil e em permanente diálogo com as autoridades locais para desenvolvimento do setor no Brasil e no mundo”. Leia nossa análise completa do caso aqui.
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