🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

O raio não cai duas vezes no mesmo lugar: das big techs à PEC da Transição

Do lado das big techs, é difícil reconhecer o próximo bull market. Do lado da PEC da Transição, estamos emperrados no valor a ser considerado fora do teto e o prazo.

28 de novembro de 2022
19:50
Imagem de um raio caindo sob uma cidade
Imagem: Andre Furtado/Pexels

Em clima de Cyber Monday, lançamos a promoção dois por um. Este Day One trata de duas questões distintas. Sim, sim, você tem razão. Hoje falhamos em coesão. As ideias nos visitam quando elas querem. Quem poderá nos defender das avalanches psíquicas? Escrever também é um ato terapêutico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vamos para o primeiro tema. Coisa rápida.

Ao conversar com investidores, logo que penetramos o ambiente internacional pula a pergunta: “O que você acha das FAANGs?” Sejamos honestos: é muito difícil termos uma opinião qualificada sobre as FAANGs (sigla para Meta — dona do Facebook —, Apple, Amazon, Netflix e Alphabet — a dona do Google).

Deve haver centenas, talvez milhares de analistas debruçados sobre essas companhias, escrutinizando cada detalhe operacional, financeiro e da tecnologia dessas empresas. Em outras palavras, nesses nomes muito conhecidos ou estudados, o mercado deveria ser bastante eficiente.

Fora minha incapacidade de oferecer qualquer edge (vantagem informacional ou analítica) nas grandes empresas de tecnologia dos EUA, outra coisa chama atenção nesse enorme interesse em torno das FAANGs: a dificuldade de reconhecer que muito possivelmente o próximo bull market será diferente do anterior.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A onda já passou

A grande onda de valorização das empresas techs americanas já aconteceu. A tendência é de que a nova rodada ofereça outros clusters de supermultiplicação.

Leia Também

Historicamente, há raras evidências de repetição sucessiva do padrão do bull market anterior. Se, de alguma maneira, a história rima, deveríamos estar mais interessados no setor de energia e petróleo e nos mercados emergentes do que nas techs americanas. Ali, em termos de grandes tendências, já foi. Vamos para a próxima.

A ideia de que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar vale também para o governo eleito. Ninguém assalta o mesmo banco na sequência. Quando me falam dos temores do FIES ou do medo de um segundo Petrolão envolvendo a Petrobras, não me parece vir daí a fonte de potenciais problemas graves. O escrutínio sobre essas duas coisas seria enorme e as condições materiais hoje são diferentes.

O que vejo como bastante possível, talvez até provável de mudança na Petrobras, envolve uma entrada pesada em renováveis. Se vier algo nessa direção, poderíamos falar de um capex anual em torno de R$ 15/20 bilhões, o que representaria importante expansão da capacidade de eólica e solar, com impactos expressivos sobre oferta e, por conseguinte, os preços da energia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

PEC da Transição: um outro olhar

Então, chegamos ao segundo tema deste texto: a PEC da Transição, que, até por etimologia, deveria ser algo conjuntural. Aqui, no entanto, gostaria de olhar sobre uma perspectiva mais abrangente e estrutural.

Basicamente, nas negociações da PEC da Transição estamos emperrados no valor a ser considerado fora do teto e por quanto tempo. Pelo que se circula, não há consenso para votação do texto, cuja apresentação fica pra amanhã, algo ruim para quem corre contra o relógio. Cada dia conta.

O Congresso se organiza para barrar até mesmo o prazo de dois anos dentro da PEC da Transição, enfatizando apenas o prazo de um ano, com algo potencialmente em torno de R$ 130 bilhões fora do teto.

O PT alega, contudo, que o projeto mais social-democrata venceu a proposta liberal nas eleições. Sendo um desejo da sociedade, haveria de ser implementado. Portanto, as tais promessas de campanha, como Bolsa Família de R$ 600 mais o adicional de R$ 150 por filho, reajuste da tabela do IR, recomposição real do salário mínimo, entre outras coisas precisariam ser aprovados no Congresso, porque, segundo argumenta, os elementos teriam sido validados na eleição.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vejo um problema grave nessa argumentação. Na verdade, é só um caso particular de um problema geral, que, no meu entendimento, ajuda a explicar a crise das democracias.

Boa intenção precisa caber no orçamento

É verdadeiro que as tais promessas de campanha foram comunicadas à população e aprovadas. Contudo, essa aprovação se deu sob duas condições adversas.

A primeira: não houve qualquer tipo de informação a respeito das fontes de financiamento desses maiores gastos. Ninguém combinou esse jogo. Para aumentar esses dispêndios públicos, precisaríamos aumentar a carga tributária, emitir mais dívida ou cortar outros gastos. No mundo em que eu vivo, há restrição orçamentária para as coisas.

Como sabemos, o inferno está cheio das boas intenções. Essas boas intenções precisam caber no orçamento. Não há milagre da multiplicação do dinheiro da viúva. A esquerda precisa aprender a fazer conta. Se já aprendeu, haverá de comunicar isso devidamente à sociedade e negociar conflitos. Será que a eleição teria o mesmo resultado se falássemos em aumento da carga tributária, redução de outros gastos públicos ou ciclo vicioso de endividamento?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A segunda: os efeitos colaterais e as consequências indesejadas de primeira e segunda ordem dos maiores gastos públicos, muitas vezes, não são conhecidos do eleitor médio.

Eis um problema central da democracia (para ficar claro: não é uma defesa de qualquer regime diferente; não há saída além da democracia, mas isso não significa a inexistência de rachaduras importantes): você só pode escolher devidamente uma coisa (no caso, quem serão nossos representantes no Executivo e no Congresso, com seus respectivos projetos e suas agendas) diante de informação completa.

Na presença de assimetria de informação, como escolher bem? O eleitor pode gostar de mais gasto público. Ele entende isso. Foi devidamente comunicado sobre isso. Mas ele não gosta de mais imposto, dólar mais alto, inflação mais alta, juros mais altos, crise fiscal contratada pra frente e recessão. Os mercados já projetam a taxa básica de juro indo a 15% ao ano. O eleitor votou mesmo nesse projeto? Será? Ele foi avisado disso? Estava ciente?

Talvez isso explique um pouco o sucesso eleitoral de projetos populistas. A falta de conhecimento sobre os reais impactos e desdobramentos de suas políticas lhes confere uma vantagem. Efeitos secundários e indiretos são sempre mais difíceis de mensurar e identificar. Só o conhecimento poderia resolver essa lacuna, mas é um projeto a longuíssimo prazo, claro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por enquanto, temos um único alento: o eleitor entende a inflação. Isso tira voto. Lula, que, não é passageiro ou caronista, mas, sim, piloto, será o verdadeiro ministro da Fazenda. Ele é sensível a potenciais perdas de popularidade, que, por sua vez, podem derivar de uma inflação mais alta. Nova matriz econômica e inflação baixa são imiscíveis.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje

21 de outubro de 2025 - 8:00

Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem

21 de outubro de 2025 - 7:35

O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico

20 de outubro de 2025 - 19:58

Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje

20 de outubro de 2025 - 7:52

Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana

BOMBOU NO SD

CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana

19 de outubro de 2025 - 15:02

Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas

VISAO 360

Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas

19 de outubro de 2025 - 8:00

Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais

17 de outubro de 2025 - 7:55

O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje

SEXTOU COM O RUY

Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)

17 de outubro de 2025 - 6:07

Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos

VONTADE DOS CÔNJUGES

Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança

16 de outubro de 2025 - 15:22

Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje

16 de outubro de 2025 - 8:09

Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?

15 de outubro de 2025 - 19:57

Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)

15 de outubro de 2025 - 7:47

A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje

14 de outubro de 2025 - 8:08

Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China

14 de outubro de 2025 - 7:48

O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo

13 de outubro de 2025 - 19:58

Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?

13 de outubro de 2025 - 7:40

Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano

TRILHAS DE CARREIRA

ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho

12 de outubro de 2025 - 7:04

Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)

10 de outubro de 2025 - 7:59

No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação

SEXTOU COM O RUY

Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe

10 de outubro de 2025 - 6:03

Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)

9 de outubro de 2025 - 8:06

No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar