Um recado do Fed, a queda de Boris Johnson e outros destaques do dia

Os cintos estavam bem apertados, as máscaras de oxigênio pendiam do teto e os passageiros se agarravam aos bancos para minimizar o efeito da forte turbulência prolongada quando membros da tripulação conseguiram com sucesso acalmar os ânimos de todos.
“Ao que tudo indica, parece que o pouso da política monetária americana será suave”.
Os responsáveis por entregar o recado foram James Bullard e Christopher Waller, dirigentes do Federal Reserve — o Banco Central dos EUA.
Nesta tarde, os dois declararam que embora uma nova elevação de 0,75 ponto percentual provavelmente seja estudada no próximo encontro, a economia americana tem as ferramentas necessárias para que o “pouso seja tranquilo”.
Como a turbulência vinha sendo alimentada pelo medo de uma recessão, as declarações diluíram os temores e permitiram a Wall Street que as bolsas subissem mais de 1%. Os efeitos da calmaria também foram sentidos aqui no Brasil.
Com o minério de ferro e o petróleo mais uma vez em alta e o apetite por risco em Nova York, o Ibovespa acelerou em direção aos céus e recuperou o patamar dos 100 mil pontos, com uma alta de 2,04%, a 100.730 pontos. O dólar à vista caiu 1,42%, a R$ 5,3451.
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Os investidores a bordo respiram aliviados por hoje, mas a tendência é que esse sentimento não perdure se as turbulências vistas nas últimas semanas continuarem a indicar um risco maior de que a economia americana — e o resto do mundo — estão a caminho de uma grave recessão.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quinta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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