Bolsas sofrem com promessas de paz frustradas, Petrobras anuncia reajuste e Embraer despenca após balanço; confira os destaques desta quinta-feira
A guerra na Ucrânia saiu do palco principal e foram as suas consequências macroeconômicas que movimentaram as negociações
A realidade se provou bem mais dura do que o esperado e a euforia com a possibilidade de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia não durou mais que um dia. Os países encerraram outra etapa de negociação sem avanços, forçando o Ibovespa e os mercados globais a colocarem o pé no freio.
Os índices americanos e europeus fecharam no vermelho, mas a bolsa brasileira teve ganhos limitados, apoiada pelo desempenho da Petrobras e pelo setor de mineração e siderurgia. O Ibovespa encerrou a quinta-feira (10) em queda de 0,21%, aos 113.663 pontos. O dólar à vista avançou 0,11%, a R$ 5,0160.
A guerra na Ucrânia saiu do palco principal e foram as suas consequências macroeconômicas que movimentaram as negociações. Na Europa e nos Estados Unidos só se falou em inflação. Por aqui, o assunto também ganhou força, mas tem a assinatura de um grande vilão – o preço dos combustíveis.
A Petrobras anunciou que, a partir de amanhã, a gasolina, diesel e o gás de cozinha ficarão mais caros. Se, por um lado, a medida impulsionou as ações da estatal por mostrar o comprometimento da gestão com a política de preços e o retorno ao acionista, por outro, os economistas refizeram as contas e viram que o impacto da alta no IPCA pode obrigar o Banco Central a elevar a Selic acima do inicialmente planejado.
O reajuste coincidiu com a aprovação no Senado de dois pacotes que visam atenuar o peso no bolso do consumidor final e utilizar parte do lucro da petroleira para amortecer o aumento vista em escala global.
A soma dos fatores fez com que o Ibovespa perdesse mais de 1% pela manhã, enquanto o petróleo acabou fechando o dia em queda. A razão para a virada no humor da commodity hoje está na declaração do presidente russo Vladimir Putin, que afirmou que segue exportando energia pela Ucrânia.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quinta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
BALANÇO
Lucro da CSN (CSNA3) cai no 4T21, mas triplica em 2021; siderúrgica vai distribuir 25% do resultado em dividendos. Companhia registrou ganho de R$ 13,6 bilhões em 2021, um aumento de 217% em relação ao ano anterior; endividamento fica abaixo da meta.
VAI ARREMETER?
Embraer (EMBR3) despenca 15% após balanço, mas analistas recomendam compra da ação e veem potencial de alta de até 96%; confira as projeções. Estimativa mais fraca para 2022 pesou sobre a performance dos papéis da fabricante de jatos nesta quinta-feira (10); disparada do petróleo pode afetar negócios da companhia.
EIS A QUESTÃO
Via aprofunda queda anual com recuo de 4% hoje após balanço “misto” para os analistas; é hora de vender VIIA3? As ações da dona das Casas Bahia e do Ponto Frio já despencavam mais de 68% no último ano antes mesmo de divulgar os resultados do quarto trimestre.
A MODA MUDOU
Lojas Renner (LREN3) lança fundo de R$ 155 milhões para investir em startups de moda; conheça os critérios para receber o aporte. A gigante do varejo anunciou que pelo menos 10 empresas iniciantes do setor vão receber o investimento do RX Ventures.
VAREJISTAS EM APUROS
Magazine Luiza, Via e Americanas podem ter caminho difícil pela frente: dados do IBGE mostram que varejo ainda patina no Brasil. O volume vendido total subiu mas apenas três das oito atividades pesquisadas avançaram. Além de tudo, depois do ajuste nos dados, o desempenho positivo de janeiro não recupera nem a metade da perda de dezembro.
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