🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Complacência: Entenda por que é melhor investir em ativos de risco brasileiros do que em bolsa norte-americana

Uma das facetas da complacência é a tendência a evitar conflitos e valorizar uma postura pacifista, num momento de remilitarização do mundo, o que pode ser enaltecido agora

29 de agosto de 2022
11:25 - atualizado às 13:13
Meia bandeira do Brasil e meia bandeira dos Estados Unidos
Imagem: Shutterstock

“Complacência”, entre outras coisas, claro, é o nome de um bom livro de economia brasileira, escrito por Fabio Giambiagi e Alexandre Schwartsman. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Brasil parece destinado a ser, eternamente, o país do futuro porque evita enfrentar de frente seus problemas. 

Empurramos discussões difíceis para frente, como se esquecêssemos as necessidades de arbitrar conflitos. 

Como é difícil ser desagradável mediante as pressões de determinado grupo de interesses.

Alerta à complacência dos investidores

Curioso como essa disposição transbordou o território local e contaminou os mercados globais. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Day One da semana passada foi batizado “Blood Bath and Beyond”; servia como um alerta à complacência dos investidores diante dos riscos às vésperas do simpósio de Jackson Hole. 

Leia Também

Àquela altura, as cotações embutiam a visão predominante de que a atividade já desacelerava, a inflação tinha feito seu pico e o Fed não precisaria subir tanto sua taxa básica de juro.

Deu no que deu. 

Whatever it takes

Lembrando aquele discurso de Ben Bernanke sobre o “taper tantrum” em Jackson Hole, Jerome Powell castigou os mercados com palavras contundentes sobre o combate à inflação, quase em seu momento “whatever it takes” (fazer o que for necessário, em alusão à expressão de Mario Draghi). 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As apostas de um novo aumento de 75 pontos-base no juro básico norte-americano na próxima reunião do Fed subiram a 70% e a ideia do “Fed pivot” (mudança em direção a uma queda de juro em 2023) ficou mais longe. 

As bolsas derreteram lá fora, num movimento que se estende na manhã desta segunda-feira.

Um fim terrível ou um terror sem fim?

Sempre que estamos diante da escolha entre um “fim terrível” e um “terror sem fim”, prefiro o primeiro. 

O choque e a volatilidade são sempre duros, mas revelam a verdade e permitem que enfrentemos os desafios de frente. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O primeiro passo para a resolução de um problema é reconhecê-lo na íntegra. 

A alternativa implica empurrar para baixo do tapete, apenas escondendo a poeira em vez de eliminá-la de fato. 

Não lidar com um problema não significa que o problema deixa de existir. 

Duas misérias no mercado financeiro

Como miséria pouca é bobagem, na falta de uma escolha entre "fim terrível” e “terror sem fim”, estamos diante de duas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

01. Federal Reserve

A primeira é justamente o Fed. 

Reconhecer que a saída da atual crise inflacionária passa, necessariamente, por algum sacrifício parece superior a atrasar o inexorável aperto monetário. 

Estamos diante de um ciclo econômico clássico. Para combater a inflação, teremos de esfriar o mercado de trabalho, gerar desemprego e conter a demanda agregada. Isso vai conter os preços e permitir redução de juros lá na frente. Não há saída fácil. 

A alternativa é pior. A inflação persistiria, entraríamos na espiral preços e salários de forma mais contundente e o esforço no futuro seria ainda maior. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quanto antes o mercado encarar essa realidade, melhor. Tergiversar sobre as dificuldades ou as próprias mazelas será sempre um caminho tentador a curto prazo, mas não resolverá os problemas.

02. Eleições no Brasil

A segunda vem da eleição brasileira. 

O cenário de polarização excessiva com dois personagens personalistas em cada polo não oferece solução ótima. Ambas as lideranças estão aquém dos desafios que se colocam diante de nós. 

Nada do que é essencial para o crescimento da produtividade brasileira (isso é o que deveríamos estar perseguindo!) está sequer no debate — na Band ou seja lá onde. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O fim terrível se aproxima

A boa notícia aqui é que também o “fim terrível” se aproxima, superando a procrastinação eterna do “terror sem fim”. Por meses, talvez até anos, tememos essa eleição. 

Os prêmios de risco associados aos ativos brasileiros foram às alturas, flertando com máximas históricas. 

A eleição vai passar e vamos perceber que continuaremos sendo o mesmo país de sempre, em seus 200 anos de independência, complacência e mediocridade. 

Seja lá qual for o resultado do pleito, convergiremos à nossa média de sempre, superior à atual, sem falsas esperanças ou expectativas ingênuas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Brasil e a superação de adversidades

Curiosa e circunstancialmente, talvez possamos ser mais do que apenas o país do futuro, porque a superação de certas adversidades, ao menos em termos relativos, não depende tanto da gente; ela vem de fora, alimentada por fatores exógenos, sem que tenhamos de enfrentar conversas difíceis ou arbitrar conflitos. 

Encontramos um vento favorável das commodities em níveis elevados, melhorando nossos termos de troca. O mundo ocidental volta a valorizar democracias representativas diante da insurgência de autocracias beligerantes. 

Value sobre growth

Uma das facetas da complacência é a tendência a evitar conflitos e valorizar uma postura pacifista, num momento de remilitarização do mundo, o que pode ser enaltecido agora. 

A subida dos juros em âmbito global prioriza casos de value sobre growth (o Brasil, com seus bancos, suas commodities e seu mercado doméstico forte é um caso de value; com pouca tecnologia embarcada, sofremos menos do que a Nasdaq, por exemplo).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Reiteramos nossa visão construtiva para os ativos de risco brasileiros, que pode ser hedgeada (protegida) com uma posição vendida em bolsa norte-americana. Por incrível que pareça, a complacência está maior por lá. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?

11 de novembro de 2025 - 7:28

No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício

10 de novembro de 2025 - 19:57

Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje

10 de novembro de 2025 - 7:55

Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados

TRILHAS DE CARREIRA

Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas

9 de novembro de 2025 - 8:00

Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje

7 de novembro de 2025 - 8:14

Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde

SEXTOU COM O RUY

Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis

7 de novembro de 2025 - 7:03

Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR

6 de novembro de 2025 - 8:03

BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil

FII DO MÊS

É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar

6 de novembro de 2025 - 6:03

Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje

5 de novembro de 2025 - 8:04

Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje

4 de novembro de 2025 - 7:50

O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação

4 de novembro de 2025 - 7:10

Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998

3 de novembro de 2025 - 22:11

Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.

DÉCIMO ANDAR

Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários

2 de novembro de 2025 - 8:00

Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje

31 de outubro de 2025 - 7:58

A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi

SEXTOU COM O RUY

Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado

31 de outubro de 2025 - 6:07

A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje

30 de outubro de 2025 - 7:34

A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas

29 de outubro de 2025 - 20:00

Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje

29 de outubro de 2025 - 8:10

Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje

28 de outubro de 2025 - 7:50

A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul

28 de outubro de 2025 - 7:31

Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar