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Duas ações “à prova de Lula” para você investir na bolsa sem se preocupar com o risco político

Independente do que possa vir a acontecer no próximo governo Lula, as ações dessas duas empresas oferecem boas perspectivas

4 de novembro de 2022
6:11 - atualizado às 17:19
Lula veste terno azul, camisa listrada clara e faz sinal de positivo com as duas mãos. Ao fundo, um gráfico do mercado financeiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Imagem: Getty Images/Montagem: Julia Shikota

Depois da vitória de Lula no segundo turno, muita gente começou a se perguntar sobre o que esperar para a bolsa nos próximos anos — e, principalmente, se ainda vale a pena ter ações.

Para começar, independente do governo, eu entendo que se você quer construir um patrimônio e conquistar a sua liberdade financeira no longo prazo, sempre será necessário ter ações na carteira. O que deve mudar é a composição e o peso delas: mais defensivas em momentos de estresse, mais cíclicas em momentos de mercado aquecido.

Sendo assim, se você tem muitas preocupações com a bolsa e com uma possível derrocada pela frente por causa da troca do governo, talvez seja interessante colocar alguns nomes defensivos, com resultados estáveis e que costumam se dar bem em qualquer que seja o cenário.

A campeã do terceiro trimestre

Em todos os trimestres, Rodolfo Amstalden, Richard Camargo e eu elegemos os melhores resultados das ações que compõem a série Vacas Leiteiras. A temporada do terceiro trimestre nem terminou, mas já arrisco dizer que a campeã da nossa série será a Hypera (HYPE3), uma de nossas empresas preferidas.

Mesmo com a inflação atrapalhando o poder de compra e freando o consumo nos últimos trimestres, dá uma olhada no crescimento das vendas dos produtos fabricados pela companhia:

Fonte: Hypera (HYPE3)

Vale lembrar que esse é o crescimento orgânico das vendas nas farmácias, que desconsidera o efeito de aquisições de novas marcas da Buscopan, Sanofi e Takeda. Se formos considerar a receita líquida, que engloba essas aquisições, o crescimento na comparação com o terceiro trimestre de 2021 foi bem maior, de 25%.

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Mas é importante lembrar que essas novas marcas adquiridas não ajudam apenas na receita. Elas também trazem sinergias de custos e despesas.

Por exemplo: a Hypera pode continuar utilizando praticamente as mesmas equipes de marketing e de vendas para as novas marcas, de tal forma que as receitas tendem a crescer mais do que os gastos, proporcionando expansão de margem — exatamente o que aconteceu em julho e setembro deste ano.

Aliás, vale a pena observar o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) desde 2018. Olhando apenas para o Ebitda da companhia no gráfico abaixo, parece mesmo que a economia está sofrendo com inflação e juros elevados?

Fonte: Hypera (HYPE3); elaboração: Seu Dinheiro

E a Hypera quer mais: nos últimos trimestres, ela começou a investir em fórmulas de medicamentos que vão perder a patente; além disso, iniciou a venda direta para hospitais (institucional), que tem bastante potencial de crescimento.

Não sabemos o que vai acontecer com a bolsa nos próximos anos — há muitos fatores que podem afetar o mercado de ações, como a qualificação da nova equipe econômica ou o ritmo da atividade global, entre outros.

Mas, olhando para os resultados acima e para o ótimo crescimento do mercado farmacêutico, mesmo quando o PIB cai (gráfico abaixo), vemos que a Hypera é uma daquelas empresas que consegue atravessar períodos complicados com resultados bastante positivos.

Fonte: Hypera (HYPE3)

Além dessa estabilidade, nos próximos anos a companhia tende a aumentar o pagamento de dividendos, o que faz dela uma ótima ação para a série Vacas Leiteiras, que conta com uma outra ação que costuma se dar muito bem mesmo em ambientes adversos.

O melhor banco do país

O Itaú (ITUB4) é outro que faz parte de uma seleta lista de empresas que conseguem surfar bem qualquer cenário. Nos últimos 20 anos, tivemos governos de direita, esquerda, queda no PIB, crise financeira global, Covid-19 e vários outros problemas que nunca foram capazes de frear o ímpeto de crescimento do melhor banco do país.

Mesmo quando todos davam os bancões como ultrapassados e com os dias contados por conta do avanço das fintechs, o Itaú ressurgiu. Com investimentos em tecnologia, migrou o atendimento para um modelo híbrido (físico + digital), entrou em novos segmentos, aumentou a oferta de produtos e melhorou a experiência da área de investimentos.

O que vimos no segundo trimestre foi um ROE (retorno sobre o patrimônio) de mais de 20%, o mais elevado entre os bancões, enquanto a maior parte das fintechs não conseguiu nem dar lucro.

E a melhor parte é que o Itaú negocia hoje por apenas 9 vezes lucros, com uma estabilidade de resultados que poucas companhias no Brasil conseguem oferecer, além de bons dividendos.

Mas o que vai acontecer com a bolsa?

Hypera e Itaú são ótimas companhias para investidores que querem se defender de uma possível piora da economia e da Bolsa nos próximos anos. Mas quem disse que é isso o que vai acontecer? Como você pôde acompanhar nos últimos dias, o mercado reagiu relativamente bem após o resultado das eleições.

Não porque ele gosta do Lula, mas porque as nossas ações já estão extremamente baratas nos múltiplos atuais, e um pequeno sinal de estabilidade política, combinada com a queda da inflação e redução dos juros no ano que vem, já serviriam de combustível para fazer a nossa Bolsa subir.

Nesse cenário positivo, Hypera e Itaú serão beneficiadas também. Mas uma companhia do setor de construção civil, também presente na série Vacas Leiteiras, tende a se beneficiar muito mais.

Se quiser conferir a lista completa, deixo aqui o convite.

Um grande abraço e até a semana que vem!

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