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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: bolsas globais ensaiam recuperação, mas Ibovespa deve passar por ajustes após ‘quinta sangrenta’

O presidente do Fed, Jerome Powell, discursa em Washington e deve concentrar as atenções do mercado; por aqui, os investidores também precisarão se ajustar à decisão do Copom

Bolsas pelo mundo gráfico hoje mercados Ibovespa
Confira o que movimenta bolsas, Ibovespa e dólar hoje. - Imagem: Pixabay

Passado o feriado de Corpus Christi, a B3 e os mercados domésticos voltam a funcionar normalmente nesta sexta (17). E a parada foi providencial para a bolsa brasileira: Wall Street e as demais praças globais tiveram perdas expressivas na sessão de ontem, em meio à ressaca pós-Fed e o medo de uma recessão econômica no mundo.

S&P 500 e Nasdaq fecharam em baixa de mais de 3% na quinta-feira, enquanto o Dow Jones foi às mínimas desde janeiro de 2021 — as bolsas da Europa também tiveram um dia bastante negativo. Dito isso, o clima parece ser mais ameno hoje, com um tom ligeiramente positivo no velho continente e nos EUA.

Que timing o dos mercados brasileiros, não? Evitaram o pior e ainda vão surfar a melhora de humor nesta sexta!

Bem, não é tão simples assim. Por mais que a B3 estivesse fechada, os ativos relacionados ao Brasil que são negociados em Nova York tiveram um dia normal — e sentiram o baque da aversão ao risco. O EWZ, principal ETF brasileiro em Wall Street, despencou mais de 4% ontem.

E os recibos de ações (ADRs) de empresas nacionais negociados nos EUA também tiveram um dia ruim, acumulando perdas expressivas. Veja abaixo como ficaram alguns dos principais ativos dessa categoria ontem:

  • Petrobras (PBR): -5,33%
  • Vale (VALE): -4,55%
  • Itaú (ITUB): -4,53%
  • Bradesco (BBD): -3,55%
  • Gerdau (GGB): -5,19%
  • CSN (SID): -5,06%
  • Ambev (ABEV): -3,54%

Esses dados são importantes porque, em maior ou menor grau, a bolsa brasileira e suas ações deverão passar por um ajuste nesta sexta, de modo a refletir o desempenho de ontem dos ativos domésticos em Wall Street. Ou seja: por mais que o clima lá fora esteja melhor, o Ibovespa tende a sentir um tranco.

Isso não quer dizer que o dia esteja condenado por aqui: esse ajuste negativo pode ser suavizado ao longo da sessão, de acordo com o humor dos investidores domésticos e internacionais — dados econômicos e notícias políticas também podem fazer preço.

Mas, ao menos na abertura, é razoável esperar que uma pressão vendedora se faça presente nesta sexta.

Reagindo ao Copom

A sessão desta sexta também marcará a reação dos investidores à decisão de juros do BC — na noite da última quarta, o Copom elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, ao patamar de 13,25% ao ano, e deixou a porta aberta para novas elevações na reunião de agosto.

A movimentação da autoridade monetária era amplamente esperada pelo mercado: o BC cumpriu a promessa de tirar o pé do acelerador e subiu os juros numa magnitude menor que a vista na reunião passada — em março, o salto foi de 1 ponto. E, mais importante: o Copom deu a entender que o fim do ciclo de aperto está próximo.

Tanto é que bancos e casas de análise são quase unânimes em seus cenários: o BC deve elevar a Selic em mais meio ponto em agosto, ao nível de 13,75%, e finalmente interromper as altas nos juros — Itaú BBA, Bank of America e Goldman Sachs, entre outros, apostam nessa trajetória.

Sendo assim, os mercados devem se adequar a esse cenário, em especial o de juros: as curvas de curto prazo devem passar por ajustes para refletir o aparente término do ciclo de aperto monetário. Na bolsa, a Selic um pouco mais alta pode trazer cautela às ações de empresas e setores diretamente ligadas às taxas — bancos tendem a ter um impulso positivo, enquanto incorporadoras, varejo e tecnologia podem sofrer com uma pressão adicional.

Outros ativos

No mercado de câmbio, o DXY — índice que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, como o iene, o euro e a libra, entre outras — opera em alta de 0,6% nesta manhã, indicando um fortalecimento da divisa americana em relação aos seus pares; ontem, o DXY chegou a cair mais de 1%.

Entre as commodities, tanto o petróleo Brent quanto o WTI exibem altas modestas; os materiais básicos metálicos têm sinal oposto.

No lado das criptomoedas, o bitcoin (BTC) sobe 1% e o ethereum (ETH) fica praticamente estável; as duas principais moedas digitais do mundo sustentam-se acima dos suportes de US$ 20 mil e US$ 1 mil, respectivamente — esses níveis são vistos como cruciais por analistas e investidores.

Agenda econômica

Por mais que os mercados brasileiros reabram hoje, a agenda de divulgação de dados econômicos segue dormente por aqui: não há nenhum grande indicador doméstico a ser revelado nesta sexta-feira. Lá fora, no entanto, a história é diferente.

A começar pela zona do euro: por lá, foi divulgada mais cedo a inflação ao consumidor (CPI) em maio, que chegou ao nível recorde de 8,1% na base anual — mais um indício de que o ciclo de alta de juros no mundo tende a continuar de maneira firme, de modo a conter o avanço nos preços.

Nos EUA, a produção industrial de maio é o principal indicador do dia, a ser conhecido às 10h15. Mas, mais importante que esse dado é o novo discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, nesta manhã: ele falará em um evento em Washington D.C. e pode dar novas pistas quanto à postura do BC americano no curto prazo.

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