Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem mais de 2% antes da inflação dos EUA; Ibovespa acompanha disputas políticas da PEC dos Combustíveis
No panorama doméstico, os investidores ainda aguardam a divulgação do RTI e da Pnad Contínua

Todas as atenções do dia se voltam para a divulgação da inflação dos Estados Unidos nesta quinta-feira (30), que decidirá o futuro da alta de juros do Federal Reserve, o BC americano, e dará os contornos de um possível processo de recessão no mundo.
Os investidores não esperaram para despejar seus medos da contração da atividade econômica e penalizam os mercados acionários nas primeiras horas do dia. Os futuros de Nova York caem em média 1% com esse cenário.
Já a Europa recua 2% na média, acompanhando o desempenho dos futuros das bolsas em Wall Street. Na Ásia e Pacífico também não foi diferente, à exceção dos índices da China, que avançaram após dados locais do índice do gerente de compras (PMI, em inglês), que indicam expansão das atividades industriais.
Com o panorama externo desenhado, o investidor local volta seus olhos para o cenário doméstico.
A apresentação do relatório da PEC dos Combustíveis foi adiada mais uma vez. O texto segue para votação no Senado a partir das 16h de hoje — mas encontra forte resistência da oposição.
Além disso, a saída de Pedro Guimarães da presidência da Caixa e a nomeação de Daniella Marques para o posto também seguem abalando os corredores de Brasília. O ex-chefe da instituição financeira é acusado de assédio sexual.
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Este cenário fez o Ibovespa fechar o pregão da última quarta-feira (29) em queda de 0,96% aos 99.621 pontos, perdendo mais uma vez o patamar dos 100 mil. Já o dólar teve queda de 1,39%, a R$ 5,1930.
Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa hoje:
A inflação dos EUA e os temores da bolsa
Na última quarta-feira também aconteceu a tradicional reunião dos maiores banqueiros centrais do planeta.
O painel incluiu nomes como o da com presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, presidentes do Fed, Jerome Powell, e do Bank of England (BoE), Andrew Bailey, e do gerente geral do BIS, Agustín Carstens.
O encontro, no entanto, foi mais do mesmo: as autoridades concordaram que a política monetária precisa ser alterada em meio ao crescimento da inflação global.
Tanto a Europa quanto os Estados Unidos registram os maiores índices de preços em décadas, o que exige uma postura diferente dos BCs nesta situação.
PCE, o indicador preferido do Fed
O índice de preços ao consumidor (PCE, em inglês) é o dado preferido do Federal Reserve para balizar sua decisão de juros e política monetária. A inflação por lá acumula alta de 6,3% em 12 meses e deve avançar ainda mais nesta leitura.
O núcleo do PCE deve subir 0,4% e acumular avanço de 4,8% na base anual.
Correndo atrás do prejuízo
Enquanto o Banco Central tenta alcançar a inflação e fazê-la voltar para a meta de 2%, os representantes do Fed não poupam os investidores.
A presidente da distrital do Federal Reserve em Cleveland, Loretta Mester, afirmou que defenderá um novo aumento de juros de 75 pontos-base na reunião de política monetária de julho se as condições econômicas permanecerem as mesmas.
No último encontro, o Fed elevou os juros nessa mesma intensidade, algo que não acontecia desde 1994. O presidente do BC americano, Jerome Powell, defende que a economia dos EUA está forte o bastante para aguentar o ciclo de aperto.
Será mesmo?
O Departamento de Comércio dos EUA divulgou ontem os números da atividade econômica norte-americana. O PIB registrou queda de 1,6% no primeiro trimestre deste ano na terceira e última leitura do índice.
O resultado ficou abaixo da estimativa anterior e da previsão do The Wall Street Journal, que esperavam recuo de 1,5%.
Uma terra chamada Brasil — e um índice Ibovespa
Enquanto o exterior briga com o dragão, os investidores brasileiros precisam digerir a PEC dos Combustíveis, que virou um verdadeiro Frankenstein de propostas para tentar agradar a todos — recebendo assim o nome de “pacote de bondades”.
A proposta visa colocar cerca de R$ 38,75 bilhões fora do teto de gastos, zerar a fila do Auxílio Brasil e criar um bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil por mês, entre outras medidas que você confere aqui.
O governo estima que essas medidas devem manter o déficit esperado de R$ 65 bilhões nas contas públicas — ainda que as receitas extras vindas de dividendos pagos por estatais estejam na conta.
Oposição: aqui não!
O texto encontra resistência no Senado devido à Lei Eleitoral, que impede a criação e ampliação de novos benefícios no ano do pleito.
A Lei, no entanto, deixa margem para reajustes de benefícios já existentes. Ainda existe a possibilidade de o governo declarar estado de emergência para a criação de novos auxílios extra-teto e contornar a legislação.
Mais agenda no Brasil
Ainda hoje, o Banco Central divulga o Relatório Trimestral da Inflação (RTI), que trará um panorama do índice de preços nos últimos meses. A expectativa é de que a publicação também traga a visão da autoridade monetária brasileira sobre o avanço de preços para o próximo período.
Fica no radar também a divulgação da Pnad Contínua e da taxa de desemprego do trimestre.
Agenda do dia
- Banco Central: Divulgação do RTI (8h)
- IBGE: Pnad contínua e taxa de desemprego do trimestre até maio (9h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- Estados Unidos: PCE e Núcleo do PCE (9h30)
- Congresso Nacional: Senado tem sessão para votar PEC dos Combustíveis (16h)
- China: PMI industrial de junho (22h45)
- Espanha: Otan realiza cúpula (o dia todo)
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