A segunda-feira, que sucede a páscoa e abre mais uma semana curta por aqui, foi marcada pela entrada de capital estrangeiro ajudando o real a ganhar força frente ao dólar.
A moeda norte-americana fechou o dia negociada a R$ 4,6482, o que representa desvalorização de 1,02%. Já o euro vale R$ 5,0170.
Durante o dia, o dólar oscilou entre R$ 4,7088, na máxima, e R$ 4,6472 na mínima. O euro passou o dia negociado no intervalo entre R$ 5,0142 e R$ 5,0863.
Por aqui
Se a semana passada terminou com o Banco Central dando sinais de que poderia ter de rever sua posição de que este ciclo de altas se encerraria já na próxima decisão de taxa de juros, com mais uma alta de 1%, esta semana começou dando sinais de que a inflação pode continuar acelerada por algum tempo.
O IGP-10, índice de inflação, elaborado pela FGV, que serve como uma medida bastante abrangente do movimento de preços, subiu 2,48% em abril, em comparação com 1,18% em março.
Os preços no atacado subiram 2,81% em abril. Em março a elevação tinha sido de 1,44%. Os preços ao consumidor avançaram 1,67% neste mês, frente 0,47% em março. Já a construção civil viu seus preços subindo 1,17% em abril, comparado a 0,34% em março.
Segundo a FGV, aumentos nos preços da gasolina e energia elétrica acabaram pressionando a inflação ao consumidor dentro do IGP-10 de abril.
A trajetória dos gastos públicos também preocupa os investidores. Nesta segunda-feira, Esteves Colnago, secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, afirmou que o custo de reajustar os salários de servidores federais em 5% neste ano seria de R$ 12,6 bilhões.
Segundo o secretário, ainda não há definição sobre a proposta de 5%.
Enquanto isso, as greves de servidores continuam atrapalhando a divulgação de dados e informações sobre a economia brasileira e suas relações com outras moedas, como o dólar.
Nesta segunda-feira a balança comercial com dados até a terceira semana de abril será divulgada com atraso.
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Por lá
Fora do Brasil, a guerra na Ucrânia segue no centro das atenções dos agentes econômicos.
Apesar das muitas idas e vindas, a resolução do conflito ainda parece bastante distante, o que aumenta o temor de que aconteçam interrupções em cadeias produtivas, levando a inflação a persistir por mais tempo e limitando o raio de ação das autoridades monetárias.
O DXY, índice que compara o dólar aos seus ‘pares’, como é o caso do euro, teve um dia de alta, indicando que a moeda norte-americana ganha força frente ao mundo.
Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados para acompanhar o desempenho de bolsa, dólar e juros hoje. Confira também o fechamento dos principais contratos de DI:
- DI para janeiro/2023: 13,05% (ante 13,113%);
- DI para janeiro/2024: 12,675% (ante 12,803%);
- DI para janeiro/2025: 12,05% (ante 112,156%);
- DI para janeiro/2027: 11,77% (ante 11,86%).