Coloque um pé no futuro com os fundos de criptomoedas desta gestora
A inovação por trás dos criptoativos está apenas no início, e com os fundos desta edição da Lupa você pode ganhar exposição às principais tendências desse novo e efervescente mercado

O verdadeiro avanço na história monetária aconteceu quando as pessoas passaram a confiar em um dinheiro desprovido de valor inerente, mas que era mais fácil de armazenar e transportar.
A frase acima não faz parte de nenhum livro de economia, mas do best seller Sapiens - uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari.
Conta o historiador que uma das primeiras formas padronizadas de pagamento que se tem notícia foi o siclo de prata — que representava 8,33 gramas do metal — adotado na antiga Mesopotâmia.
O uso do metal como moeda de troca há pouco mais de cinco mil anos foi revolucionário porque não envolvia algo de comer ou de vestir.
Na nossa cabeça, o ouro e a prata são itens de valor porque fomos educados desta forma. Mas, se pararmos para pensar, nenhum dos dois tem muita serventia prática além da confecção de joias.
Nós valorizamos os metais preciosos basicamente por suas características de escassez e de facilidade de troca a partir de um formato predefinido — como fizeram nossos ancestrais na Mesopotâmia.
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Se você acha o comportamento dos humanos que habitaram o planeta antes de nós exótico, o que eles diriam de nós, que aceitamos pedaços de papel com animais da fauna estampados em troca do nosso trabalho?
As criptomoedas, e o bitcoin em particular, têm algumas das principais características que podem ser atribuídas a reservas de valor, como a quantidade limitada — teremos no máximo 21 milhões de BTC — e a possibilidade de transferência de um titular para outro.
Então eu encaro até com certa surpresa as críticas mais recorrentes às criptomoedas, como a de que elas “não têm valor”. Nesse caso, podemos chegar à mesma conclusão sobre sobre o dinheiro que usamos hoje.
As cédulas que temos na carteira e na conta bancária contam com a palavra dos governos como único lastro. E eles vem abusando dessa confiança em meio aos programas de estímulo para conter os danos da pandemia da covid-19 na economia.
A grande questão hoje não é mais se o bitcoin tem valor, mas o quanto de fato ele vale. Podemos estar tanto diante de uma tecnologia que vai mudar a forma como nos relacionamos com o dinheiro — como foi o siclo de prata há cinco mil anos — ou de uma onda que, por qualquer razão, pode vir a se quebrar.
Seja como for, a inovação por trás dos criptoativos está apenas no início, com aplicações que podem ir muito além de moeda ou reserva de valor. Com os fundos desta edição da Lupa, você pode ganhar exposição às principais tendências desse novo e efervescente mercado.
Por que via fundos
Você pode comprar diretamente não só o bitcoin como qualquer criptomoeda por meio das chamadas exchanges. Para quem quiser seguir por esse caminho eu indico a leitura do ebook produzido pela equipe do Seu Dinheiro.
Mas eu particularmente entendo que a melhor maneira de se ter exposição ao segmento é via fundos, principalmente se você não tiver familiaridade com o investimento em criptomoedas — que como quase tudo nesse mercado segue uma dinâmica própria.
Outra vantagem dos fundos é a exposição não apenas ao bitcoin como também a outros criptoativos, o que traz o sempre válido benefício da diversificação — o único almoço grátis que você vai encontrar no mercado, como diria o Nobel de Economia Harry Markowitz.
Tudo bem, nesse caso não é necessariamente grátis, já que os fundos cobram uma taxa de administração para cuidar de seus reais convertidos em criptomoedas. Por isso, o melhor a fazer é escolher um gestor que faça bem esse trabalho e com segurança. É aqui que eu entro para ajudar você.
Os fundos da Hashdex
Quando leu pela primeira vez o artigo de Satoshi Nakamoto, o pseudônimo do criador da tecnologia que viabilizou o surgimento dos criptoativos, Marcelo Sampaio teve uma epifania. A criptomoeda seria apenas a ponta de um iceberg de algo com potencial de revolucionar o mundo.
Nesse contexto, ele compara a inovação com a internet, que nasceu com o e-mail e hoje permite a você não apenas ler este texto, como também fazer atividades tão distintas como compras e fazer chamadas de vídeo com seus parentes.
“Esse mercado é maior do que só o bitcoin, que tende a perder predominância ao longo do tempo, quando nós teremos o 'Google' e a 'Amazon' de cripto resolvendo outras questões” — Marcelo Sampaio, Hashdex
Vidrado em tecnologia, Sampaio criou sua própria empresa de sistemas no começo da década passada e foi um dos primeiros investidores de várias startups que despontaram nos últimos anos, como o QuintoAndar, DogHero e Volanty.
Ele também passou por todas as fases do ciclo de um investidor de criptomoedas: comprou, ganhou e perdeu dinheiro e sofreu até ataque de hackers.
Foi para resolver o próprio problema de investir com segurança e ter uma carteira que representasse o mercado de criptoativos como um todo que ele resolveu criar a Hashdex.
A gestora surgiu no início de 2018, mesmo ano em que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permitiu o investimento de fundos em criptoativos, e hoje conta com R$ 900 milhões em ativos.
Invista em todo o mercado
Para entender a estratégia dos fundos da Hashdex, é mais fácil falar primeiro do Hashdex Digital Assets Index (HDAI). Trata-se de um índice criado pela gestora que calcula o desempenho do mercado com uma base em uma cesta de criptoativos.
Os três fundos da Hashdex indicados nesta edição da Lupa têm exatamente a mesma estratégia: seguir o desempenho dessa espécie de “Ibovespa das criptomoedas”. Ou seja, os investidores ganham exposição a uma cesta composta hoje por 14 criptoativos, com um valor de mercado da ordem de US$ 800 bilhões.
Para integrar o índice HDAI — e, por consequência, dos fundos — o ativo precisa passar por um funil que inclui ser negociado em uma corretora qualificada, ter um custodiante profissional e um volume médio diário de negociação de US$ 4 milhões. O que de cara já elimina a maioria das "roubadas" que vira e mexe surgem nesse mercado.
Como não podia ser diferente, o bitcoin hoje tem o maior peso, com quase 75% da carteira — confira aqui a composição completa. Mas a dinâmica do índice HDAI permite que o investidor dos fundos esteja sempre exposto aos principais criptoativos.
A diferença entre os fundos Discovery, Explorer e Voyager é o percentual do patrimônio investido em cripto. A limitação obedece as restrições impostas hoje pela CVM para investimentos no exterior.
O Discovery, disponível para qualquer investidor, tem uma alocação de 20% no índice de criptomoedas, enquanto que os outros 80% ficam aplicados no Tesouro Selic. Já no Explorer, essa relação fica em 40% e 60%, respectivamente.
O único fundo que pode deter 100% do patrimônio aplicado no índice HDAI é o Voyager. Mas para ter acesso a ele você precisa ser classificado como investidor profissional, o que nos critérios da CVM requer pelo menos R$ 10 milhões em investimentos.
A Hashdex também criou uma estrutura que traz mais segurança para os fundos. A gestora não tem acesso direto às chaves criptografadas que garantem a posse dos criptoativos e contratou para esse trabalho custodiantes reconhecidos como a Fidelity. Além disso, todas as posições contam com seguro.
Quanto investir?
A forte oscilação das criptomoedas — para o bem ou para o mal — demonstra que se trata de uma classe de investimentos de altíssimo risco. A perspectiva de retornos maiores, aliás, vem justamente daí.
Ainda assim, manter uma pequena parcela alocada em bitcoin pode trazer benefícios até mesmo para o investidor com perfil mais conservador, graças à baixa correlação com outras classes de ativos no mercado.
A Hashdex criou um simulador bem interessante que mostra o impacto teórico da inclusão de criptoativos no retorno total de sua carteira.
Um investidor com perfil moderado, por exemplo, conseguiria um retorno de 65,20% nos últimos quatro anos — contra 62,40% da carteira original — se tivesse uma pitada de 0,3% de criptomoedas. E o mais importante: sem aumentar a volatilidade do portfólio.
No mesmo caso, se o investidor com perfil moderado decidisse correr um pouco mais de risco e aplicasse 1% de seu patrimônio em cripto, teria acumulado um retorno de 71,89%.
O percentual de 1%, aliás, costuma ser apontado como "número mágico" para quem pretende colocar um pé no universo dos criptoativos.
Além da moderação, encare essa pequena parcela como um dinheiro que "aguenta desaforo". Ou seja, do qual você não vai precisar no curto prazo e que, no limite, aceita perder se por qualquer razão o futuro do bitcoin e das criptomoedas não for assim tão brilhante como esperam seus entusiastas.
Fundos na lupa
Hashdex Criptoativos Discovery FIC FIM (público geral)
- Aplicação mínima: R$ 500
- Estratégia: 20% no índice HDAI e 80% em renda fixa
- Taxa de administração total: 1,5% ao ano (sem taxa de performance)
- Resgate: 7 dias após o pedido
- Data de início: 01/07/2019
- Retorno desde o início: 40,70%
- Por onde investir: Ativa, BTG Pactual, Easynvest, Genial, Guide, Modalmais, Mycap, Necton, Órama, Rico, Terra, Warren, Vitreo e XP
Hashdex Criptoativos Explorer FIC FIM (investidor qualificado)
- Aplicação mínima: R$ 10 mil
- Estratégia: 40% no índice HDAI e 60% em renda fixa
- Taxa de administração total: 1,5% ao ano (sem taxa de performance)
- Resgate: 7 dias após o pedido
- Data de início: 10/12/2019
- Retorno desde o início: 113,57%
- Por onde investir: Ativa, BTG Pactual, Easynvest, Genial, Guide, Mycap, Necton, Órama, Terra, Warren e XP
Hashdex Criptoativos Voyager FIM IE (investidor profissional)
- Aplicação mínima: R$ 10 mil (pode variar de acordo com a plataforma)
- Estratégia: 100% no índice HDAI
- Taxa de administração total: 2% ao ano (sem taxa de performance)
- Resgate: 15 dias após o pedido
- Data de início: 31/07/2019
- Retorno desde o início: 302,73%
- Por onde investir: Ativa, BTG Pactual, Genial, Modalmais, Mycap, Necton, Órama e XP
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