Para Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central, crescimento do PIB em 2022 será praticamente zero
Em entrevista ao podcast RadioCash, o economista deu sua opinião sobre a atual política monetária do BC, a situação do câmbio e afirmou que o cenário está difícil para reformas
Um crescimento ínfimo, resultado apenas de um carregamento estatístico. Essa é a previsão de Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências Consultoria, para o PIB do Brasil em 2022. Para o economista, veremos um crescimento de apenas 1,5%, um número que é praticamente zero.
Acompanhado do PIB pouco expressivo e da inflação mais alta do que o esperado, um aumento dos juros por parte do BC também está no radar.
Essa visão um tanto quanto pessimista de Loyola está baseada em alguns sinais. Os efeitos da variante delta no exterior, os problemas de crédito com a incorporadora chinesa Evergrande e a queda no preço das commodities são alguns dos alertas externos. Em terras nacionais, a questão hídrica pressiona a inflação e a oferta de energia para os próximos meses.
“Apesar das crises globais, eu acho que a gente é muito mais responsável pelo que ocorre aqui [no Brasil] em termos de atividade, de inflação e de outros indicadores macroeconômicos e sociais do que o exterior. Não adianta ficar botando culpa que acontece no mundo” ‒ Gustavo Loyola, ex-presidente do BC
Gustavo Loyola foi o convidado da semana do Radio Cash, podcast especializado em mercado financeiro e negócios, apresentado por Felipe Miranda, sócio-fundador da Empiricus, e por Jojo Wachsmann, CIO da Vitreo. Ouça o episódio completo dando play abaixo:
Banco Central reage a dados, não a datas
Como ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola considera que a política monetária da instituição está no caminho certo, embora esteja mais sujeita a erros, devido às circunstâncias atuais. Para a Selic, ele prevê números por volta de 8,5% e 8,75% até o final do ano, com manutenção desse patamar para 2022.
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Apesar da previsão, o economista é cético quanto a datas: “Não adianta datar aí quando vai ser a decisão do Banco Central. Acho que na medida que os dados forem saindo, o BC vai agir de maneira adequada”.
Quanto ao principal risco para o Brasil no momento, Loyola considera que seja a questão hídrica, com impactos na inflação e também na atividade econômica. Para ele, as chances de haver um racionamento são grandes, a partir de novembro.
Real: vítima das incertezas
E se a crise hídrica pressiona a atividade econômica por aqui, a crise política tem impactos diretos na moeda brasileira. Para Gustavo Loyola, o real deveria estar mais valorizado, “em condições normais”. Mas os embates político-institucionais e a proximidade das eleições de 2022 impedem uma previsão mais certeira para o próximo ano.
“Em condições normais eu diria que a expectativa seria de uma apreciação da moeda brasileira. Agora, dadas as incertezas político-institucionais e eleitorais, é difícil fazer uma previsão pro ano que vem” ‒ Gustavo Loyola, em entrevista ao RadioCash.
A volta da inflação?
Para Loyola, a inflação global é consequência da atual conjuntura econômica. Os problemas de oferta assim como a demanda ‒ acelerada atualmente, devido ao cenário expansionista no mundo ‒ vão se normalizar. “Eu não acredito que nós estejamos diante de um fenômeno de volta generalizada de uma inflação mais desenfreada que exija uma restrição monetária mais drástica”, diz ele.
No caso do Brasil, que tem um histórico recente um tanto problemático com a inflação, o convidado do RadioCash afirma que o risco de voltar às taxas dos anos 70 é bem remoto.
Cenário brasileiro não está para reformas
Ao fim, o sócio da Tendências Consultoria também se revelou pessimista quanto às possíveis reformas para os próximos anos e diz que não gostou da reforma do IR: “Eu não gosto desse projeto do Imposto de Renda, acho que o governo inverteu prioridades. Imposto de renda pode melhorar, mas o grande problema do Brasil são os impostos sobre consumo.”
Para Loyola, o cenário no Brasil está inóspito para mudanças, uma vez que as preocupações do governo devem estar voltadas para o pleito do ano que vem. “A reforma administrativa está sendo tão diluída no Congresso que é preferível esperar um momento mais adequado pra fazer uma reforma mais robusta”, afirma.
Quer ouvir a análise completa de Gustavo Loyola sobre o cenário macroeconômico? Dê play abaixo ou busque por “RadioCash” na sua plataforma de podcasts de preferência:
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