Sem alarde, Silva e Luna ‘militariza’ cúpula da Petrobras (PETR4); veja quem entrou
O general já contratou ao menos seis militares para atuar em postos de apoio à presidência da estatal e da Transpetro, sua maior subsidiária
Em meio à disparada dos preços dos combustíveis no País e às benesses concedidas pelo presidente Jair Bolsonaro aos caminhoneiros, como o subsídio para o óleo diesel, uma mudança significativa na cúpula da Petrobras (PETR4) passou praticamente despercebida pelo público.
Sem alarde, o general Joaquim Silva e Luna, presidente da companhia, recheou a sua assessoria com colegas da caserna, em linha com a "militarização" ocorrida em outras estatais e na administração direta federal desde o início do atual governo, em 2019.
Segundo apurou o Estadão, Silva e Luna já contratou pelo menos seis militares para atuar em postos de apoio à presidência da Petrobras e da Transpetro, a maior subsidiária da estatal, desde que assumiu o comando, em meados de abril. O general substituiu o economista Roberto Castello Branco, defenestrado por Bolsonaro por se opor a interferências no preço do diesel e até por trabalhar em home office na pandemia.
Com as novas contratações, o número de oficiais abrigados na cúpula da empresa chega a pelo menos dez, incluindo o próprio Silva e Luna, mais do que o triplo do que havia na gestão anterior.
A Petrobras (PETR4) está entregando bons dividendos? Confira uma análise dos resultados divulgados pela empresa neste segundo trimestre e inscreva-se no canal do Seu Dinheiro no YouTube para mais conteúdos sobre investimentos:
A nova cúpula
Fazem parte da lista de novatos o coronel Ricardo Pereira de Araújo Bezerra, o major Ângelo Martins Denicoli e os capitães Luiz Sérgio Mendes e Arceli Pedrozo de Oliveira, contratados como assessores da presidência, além do coronel Jorge Ricardo Áureo Ferreira, chefe de gabinete de Silva e Luna.
Leia Também
O sexto integrante do grupo é o almirante Ilques Barbosa Júnior, alocado como assessor da presidência da Transpetro, voltada às operações de importação e exportação de petróleo e produtos derivados, gás e etanol.
A nova tropa se une a outros três militares abrigados na direção da estatal desde os tempos de Castello Branco, por indicação do próprio Bolsonaro, que continuam em seus cargos: o almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que teve seu nome aprovado em assembleia de acionistas realizada na semana passada para seu terceiro mandato como presidente do conselho de administração, o capitão-tenente Carlos Victor Guerra Nagem, contratado para a assessoria da presidência com salário de R$ 55 mil por mês, e o coronel Ricardo Silva Marques, que assumiu a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa.
"A Petrobras está ficando militarizada", disse um ex-executivo da empresa ao Estadão. "O presidente do conselho de administração é um almirante. O presidente da companhia é um general. Ele é assessorado por coronéis e capitães e colocou um almirante como assessor na Transpetro."
De fã da cloroquina à compensação por demissão
Os seis militares contratados por Silva e Luna exerceram outros cargos no governo antes de ir para a estatal. Os coronéis Ferreira e Bezerra e os capitães Mendes e Oliveira trabalharam com ele quando estava à frente da Itaipu Binacional, entre fevereiro de 2019 e abril deste ano, e migraram com o chefe para a Petrobras.
Denicoli era o diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS) na gestão do general Eduardo Pazuello no ministério da área, quando se tornou conhecido pela defesa entusiasmada que fazia do "tratamento precoce" contra o coronavírus, à base de cloroquina, apoiado por Bolsonaro.
Demitido pelo atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Denicoli não ficou ao relento e foi "premiado" pelos serviços prestados com um posto na assessoria de Silva e Luna.
Já o almirante Ilques, como é mais conhecido, era o comandante da Marinha até o fim de março e deixou o posto, junto com os chefes do Exército e da Aeronáutica, em solidariedade ao general Fernando Azevedo e Silva, então ministro da Defesa, demitido por Bolsonaro por ter se recusado a aceitar, como os seus subordinados, a politização das Forças Armadas e uma eventual ruptura institucional insinuada pelo presidente suas falas.
Como uma espécie de compensação, acabou convidado por Luna e Silva para aportar na Transpetro. Defensor do aumento de investimentos públicos na indústria naval, como aconteceu nos governos Dilma e Lula, é tido nos bastidores como potencial substituto do atual presidente da empresa, Gustavo Raposo.
Questões técnicas
Procurada para comentar o assunto, a Petrobras negou, por e-mail, que tenha havido uma "militarização" na cúpula da companhia na atual gestão. "Sob qualquer ótica de comparação, não há o que se falar sobre uma suposta militarização da Petrobras, uma empresa com 39 mil empregados próprios", diz a mensagem enviada pela assessoria de imprensa, em resposta às perguntas feitas por escrito pela reportagem.
De acordo com a mensagem, 4.452 pessoas ocupam hoje funções gerenciais na companhia, das quais apenas sete, o equivalente a 0,16% do total, são militares, e não há nenhum militar entre os oito diretores executivos indicados por Silva e Luna e aprovados pelo conselho de administração. Na atual gestão, segundo a empresa, o número de assessores civis e militares caiu de 23 para oito, e o número de consultores, de dois para zero.
"Os assessores da presidência limitam-se a assessorar o presidente em questões técnicas e não têm, entre suas atribuições, a prerrogativa de decidir sobre a gestão. É importante ressaltar que os empregados a quem a reportagem se refere passaram para a reserva das Forças Armadas e, nesta condição, como cidadãos brasileiros, não há impedimento para que assumam funções em empresas estatais ou privadas."
'Não devemos ficar em berço esplêndido, temos de fazer um esforço fiscal maior', diz Alckmin
“Nós estamos num momento importante, com 5,4% de desemprego, o menor da série histórica, e com 4,4% de inflação, caindo, isso é raro”, afirmou o vice-presidente
Mega-Sena 2949 distribui R$ 20 milhões hoje, mas Timemania rouba a cena e dispara para R$ 61 milhões; veja os prêmios das loterias da Caixa
Confira os valores oferecidos pela Mega-Sena, Timemania, +Milionária, Lotofácil e demais modalidades da Caixa nos sorteios desta terça (9) e quarta-feira (10)
A nova compra do Itaú (ITUB4), que envolve cartões de Casas Bahia (BHIA3), GPA (PCAR3) e Assaí (ASAI3)
O maior banco privado do país adquiriu as participações de três varejistas na Financeira Itaú CBD; entenda a operação
O ano dos bilionários: nunca houve tantos super-ricos quanto em 2025, e eles nunca foram tão endinheirados
Os quase 3 mil bilionários do planeta concentram fortunas de US$ 15,8 trilhões; alta é decorrente do crescimento das empresas ligadas à inteligência artificial
Loterias da Caixa: Quina sorteia R$ 7,5 milhões nesta segunda; Timemania, com R$ 61 milhões, lidera premiações da semana
Com dezembro avançando e a Mega da Virada no horizonte, prêmios se acumulam e movimentam apostadores de todo o país
Super Quarta no radar: EUA e Brasil decidem juros em semana de IPCA; confira a agenda econômica dos próximos dias
O calendário também conta com publicação de dados dos Estados Unidos de meses anteriores, já que a paralisação do governo norte-americano interrompeu a divulgação de indicadores importantes
Representante dos EUA diz que compromissos comerciais da China estão ‘indo na direção certa’
O fluxo entre os dois países já caiu cerca de 25%, afirma o representante comercial dos EUAZ. “Provavelmente precisa ser menor para que não sejamos tão dependentes uns dos outros”
Mega-Sena: Ninguém acerta as seis dezenas e prêmio vai a R$ 20 milhões
Quarenta e dois apostadores acertaram a quina e vão receber, cada um, R$ 42.694,24
Renda da população deve continuar subindo no curto prazo: isso é bom ou ruim para a economia? Veja qual o impacto na inflação e nos juros
Mesmo com desaceleração da atividade econômica, renda deve continuar em alta; no entanto, isso não preocupa tanto os economistas
XP vê início dos cortes da Selic em março, mas não descarta começo mais cedo: sinais são positivos, e um dado atrapalha
Com a desaceleração da inflação e valorização do câmbio, BC pode começar ciclo de cortes da Selic, mas gastos do governo ainda preocupam
Ao Cade, entidades se posicionam contra fusão Petz (PETZ3) e Cobasi, que criaria gigante de R$ 7 bilhões
Além disso, alegam que a fusão Petz-Cobasi eleva em 35% o risco de fechamento de pet shops de bairro
Relator de PL sobre fim da escala 6×1 apresenta novo texto, com jornada de no máximo 40 horas semanais
Prates também colocou um dispositivo que dá a possibilidade de regime de trabalho na escala 4×3, com limite máximo de 10 horas diárias
Metrô de SP testa operação 24 horas, mas só aos finais de semana e não em todas as linhas; veja os detalhes
Metrô de SP amplia operação aos fins de semana e avalia se medida tem viabilidade técnica e financeira
Salário mínimo de 2026 será menor do que o projetado; veja valor estimado
Revisão das projeções de inflação reduz o salário mínimo em R$ 3 a estimativa do piso nacional para 2026, que agora deve ficar em R$ 1.627
A nova elite mundial: em 2025, 196 bilionários surgiram sem herdar nada de ninguém — e há uma brasileira entre eles
Relatório da UBS revela que 196 bilionários construíram fortuna sem herança em 2025, incluindo uma brasileira que virou a bilionária self-made mais jovem do mundo
Banco Central desiste de criar regras para o Pix Parcelado; entenda como isso afeta quem usa a ferramenta
O Pix parcelado permite que o consumidor parcele um pagamento instantâneo, recebendo o valor integral no ato, enquanto o cliente arca com juros
FII com dividendos de 9%, gigante de shoppings e uma big tech: onde investir em dezembro para fechar o ano com o portfólio turbinado
Para te ajudar a reforçar a carteira, os analistas da Empiricus Research destrincham os melhores investimentos para este mês; confira
Quina faz um novo milionário; Lotofácil e Dia de Sorte também têm ganhadores
Enquanto a Quina, a Lotofácil e a Dia de Sorte fizeram a festa dos apostadores, a Mega-Sena e a Timemania acumularam nos sorteios da noite de quinta-feira (4).
Mercado aposta em corte da Selic em janeiro, mas sinais do Copom indicam outra direção, diz Marilia Fontes, da Nord
Para a sócia da Nord, o BC deve manter a postura cautelosa e dar sinais mais claros antes de fazer qualquer ajuste
Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos
Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência