Não vai ter briga pela Hering: Arezzo desiste de cobrir oferta da Soma
Dona das marcas Reserva e Anacapri tinha demonstrado primeiro interesse, mas foi superada pela dona da Animale num curto espaço de tempo

Para quem esperava ver a Arezzo (ARZZ3) e a Soma (SOMA3) se digladiando numa longa batalha para ver quem ficaria com a Cia. Hering (HGTX3), ao melhor estilo Stone versus Totvs (TOTS3) pela Linx (LINX3), melhor deixar a pipoca e as expectativas para outra novela corporativa.
A dona da Reserva e das marcas de sapato e acessórios Anacapri e Schutz informou ao mercado nesta terça-feira (27) que não vai apresentar uma nova proposta, depois de sua oferta ter sido superada em R$ 1,8 bilhão pela controladora das marcas Farm e Animale.
“A Arezzo&Co informa que não fará uma nova oferta para combinação de negócios com a Cia. Hering e ressalta que seguirá fiel à sua bem-sucedida estratégia de crescimento, orgânico e por aquisições, sempre observando a racionalidade e a defesa dos interesses de todos os seus acionistas”, diz trecho do comunicado.
Como chegamos até aqui?
A reviravolta ocorreu rapidamente. A oferta da Arezzo foi tornada pública em 14 de abril, quando a Cia. Hering anunciou que rejeitou os termos, detalhados no dia seguinte. E 12 dias depois, ficamos sabendo que a Hering aceitou a proposta da Soma.
Dois fatores pesaram na decisão. Primeiro tem o aspecto financeiro. O Grupo Soma avaliou a Cia Hering em R$ 5,1 bilhões, atribuindo um valor de R$ 33,00 por ação ON da companhia — um prêmio de quase 50% em relação ao fechamento da última sexta-feira (23).
A proposta foi muito superior à da Arezzo, que avaliou a Hering em R$ 3,3 bilhões, ou cerca de R$ 20,00 por ação. Quando usamos como referencial o nível de preço do começo do mês, o prêmio oferecido pelos donos da Farm e da Animale é de quase 90%.
Leia Também
O segundo fator que pendeu para o lado da Soma foi a parte de governança. No desenho da Arezzo, cerca de 20% da nova companhia ficaria com os acionistas da empresa catarinense; na oferta da Soma, essa fatia é de 35%.
Além disso, Fabio e Thiago Hering, os dois principais executivos da centenária empresa têxtil, manterão posições ativas na estrutura administrativa do novo conglomerado.
Uma união estratégica
A junção de Cia. Hering e Soma deve resultar numa companhia com a quarta maior receita anual entre as varejistas de roupas da bolsa e líder no número de lojas.
Para a Soma, a chegada da Cia. Hering reforça seu portfólio, adicionando um dos nomes mais famosos do segmento de moda básica e casual do país, que hoje não é preenchido por nenhuma das lojas pertencentes ao grupo.
Para a Hering, a junção com o Grupo Soma pode promover uma guinada em seus produtos e em sua penetração no mundo virtual, duas áreas em que a Soma tem expertise reconhecida.
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos
“A Selic vai aumentar em 2025 e o Magazine Luiza (MGLU3) vai se provar de novo”, diz executivo do Magalu, após 5º lucro consecutivo no 4T24
A varejista teve lucro líquido de R$ 294,8 milhões no quarto trimestre de 2024, um avanço de 38,9% no comparativo com o ano anterior
Ação da Casas Bahia (BHIA3) tomba 13% após prejuízo acima do esperado: hora de pular fora do papel?
Bancos e corretoras reconhecem melhorias nas linhas do balanço da varejista, mas enxergam problemas em alguns números e no futuro do segmento
Da explosão do e-commerce à recuperação extrajudicial: Casas Bahia (BHIA3) deixou o pior para trás? Prejuízo menor no 4T24 dá uma pista
As ações da varejista passam por um boom na bolsa, mas há quem diga que esse movimento não está ligado diretamente com a recuperação do setor; confira o desempenho da companhia entre outubro e dezembro deste ano
Ações da Casas Bahia dobram de valor antes do balanço do 4T24 — e short squeeze pode estar por trás do salto de BHIA3
Segundo analistas da Genial Investimentos, houve um aumento dos custos para manter posição vendida em papéis da Casas Bahia e do Magalu desde fevereiro
Bateu Azzas (AZZA3) e não voou: ações lideram perdas do Ibovespa após balanço fraco. O que desagradou o mercado?
A varejista registrou uma queda de 35,8% no lucro líquido do quarto trimestre de 2024 na comparação anual, para R$ 168,9 milhões. Veja os destaques do balanço
Americanas (AMER3) cobra indenização de ex-CEO e diretores acusados de fraude em novo processo arbitral; ações sobem na B3
O objetivo da ação é “ser integralmente ressarcida de todos os danos materiais e imateriais sofridos em decorrência dos atos ilícitos praticados”, segundo a varejista
Magazine Luiza (MGLU3) reorganiza lideranças sob o comando de André Fatala, com foco na expansão do digital
Na visão da varejista, essa nova estrutura será importante para acelerar o crescimento e fortalecer os serviços para parceiros e vendedores
Quem são as 5 varejistas com maior potencial de short squeeze na B3 — e em quais delas o JP Morgan recomenda investir
Essa análise decorre do patamar elevado de vendas a descoberto que algumas ações do setor varejista apresentam; entenda o que isso significa
É hora de comprar C&A (CEAB3): ações da varejista de moda saltam 8% em meio à perspectivas mais otimistas do BTG
O BTG Pactual elevou a recomendação do papel para compra e aumentou o preço-alvo, de R$ 15,00 para R$ 17,00
É hora de vender Magazine Luiza? Ações MGLU3 caem no Ibovespa em meio a rebaixamento pelo JP Morgan
O banco norte-americano revisou para baixo a indicação para o Magalu, de neutro para “underweight”, e cortou o preço-alvo para R$ 7,50 por ação
Ação da Lojas Marisa (AMAR3) nas alturas: a decisão que agradou o mercado e faz os papéis dispararem mais de 7%
Enquanto o Ibovespa amarga perdas superiores a 1%, os ativos da varejista do vestuário sobem forte na esteira de um aval do Banco Central
Entre a crise e a oportunidade: Prejuízo trimestral e queda no lucro anual da Petrobras pesam sobre o Ibovespa
Além do balanço da Petrobras, os investidores reagem hoje à revisão do PIB dos EUA e à taxa de desemprego no Brasil
Do varejo à nuvem: como o Magazine Luiza (MGLU3) quer diversificar seus negócios e crescer em um mercado dominado por big techs
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Christian “Kiko” Reis, diretor do Magalu Cloud, afirma que a empresa quer capturar oportunidades no setor em expansão com serviços mais baratos que os das empresas tradicionais
Lojas Renner na zona de rebaixamento: Itaú BBA corta recomendação para as ações LREN3 — e aqui estão os motivos
Para o banco, diante de ventos macroeconômicos contrários e indicadores como margens brutas e crescimento de vendas sob pressão, há pouco espaço para atualizações de lucros no curto prazo
BB-BI reduz preço-alvo da Casas Bahia (BHIA3) quase à metade e mantém recomendação de venda; saiba o que esperar da varejista
Ação da varejista caiu 65% nos últimos 12 meses por conta da alta da taxa Selic, que afeta principalmente empresas endividadas e mais sensíveis à economia
JP Morgan ‘volta atrás’ e eleva o preço-alvo de Mercado Livre — mas ainda não recomenda a compra da ação do e-commerce
Resultados robustos no quarto trimestre de 2024 deram uma injeção de otimismo nos analistas
Lojas Renner tenta apaziguar ânimos do mercado após anúncio de bônus gordo em 2024, mas ações LREN3 estendem queda na B3
A varejista distribuirá R$ 150,7 milhões a aproximadamente 21 mil colaboradores por meio do programa de participação nos resultados (PPR) do ano anterior
Fora de moda? Ação da Lojas Renner cai 14% e é a maior queda do Ibovespa após balanço do 4T24; saiba se ainda vale a pena comprar LREN3
A varejista de moda teve lucro líquido de R$ 487,2 milhões no quarto trimestre de 2024, recuo de 7,5% ano a ano e abaixo da expectativa média do mercado
Mercado Livre (MELI34) supera expectativas e registra lucro 287% maior no 4T24; veja os destaques do balanço da gigante do varejo
O Meli registrou um lucro líquido de US$ 639 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, bem acima das estimativas do mercado