Analistas demonstram pessimismo com as perspectivas da Yduqs para 2021
Resultados do quarto trimestre e de 2020 foram duramente prejudicados pela pandemia, e analista não veem situação melhorando em 2021
O ano passado foi bastante duro para todo mundo, mas algumas empresas e setores sentiram os efeitos da crise da covid-19 muito mais que outros.
Um dos segmentos mais atingidos foi o de educação. As medidas de combate à pandemia forçaram o fechamento de escolas e universidades. A situação foi parcialmente compensada pela tecnologia, impulsionando o ensino a distância (EAD), mas a maioria não estava preparada para uma guinada tão forte em suas atividades.
A Yduqs (YDUQ3) foi um dos nomes que penou em 2020, como pode ser visto no balanço do quarto trimestre, divulgado na quarta-feira (17) à noite. O desempenho decepcionou o mercado e aponta para mais um trimestre de dificuldades por conta da pandemia de covid-19.
O que aconteceu?
A dona da rede de faculdades Estácio fechou os últimos três meses de 2020 com um prejuízo de R$ 102,6 milhões, revertendo o lucro de R$ 58,1 milhões do mesmo período de 2019, ainda que a receita tenha crescido 14,4%, para R$ 963 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 51%, a R$ 114,2 milhões.
No acumulado do ano, a companhia registrou uma queda de 85% no lucro líquido, para R$ 98,2 milhões, enquanto a receita cresceu 8%, para R$ 3,58 bilhões, e o Ebitda recuou 29%, a R$ 895,3 milhões.
Segundo a empresa, além dos efeitos diretos da pandemia, como a necessidade de aplicar descontos nas mensalidades em função da promulgação de leis e liminares para evitar reajustes, também exerceram forte pressão sobre o desempenho itens não recorrentes ligados à própria pandemia ou aos processos de integração dos grupos Adtalem e Athenas e a redução da oferta de financiamento público, pelo Fies.
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Falta de perspectiva
A maioria dos relatórios comentando os resultados da Yduqs destaca o forte aumento das despesas com provisão para devedores duvidosos no trimestre, que subiram 89,2%, para R$ 156 milhões – excluindo as aquisições, a alta foi de 72,3%, a R$ 142,1 milhões.
De acordo com a companhia, a alta foi motivada pela redução do número de alunos do Fies, uma vez que o programa garante um fluxo de recursos por ser financiado pelo governo, além da questão da crise econômica, que impactou a arrecadação corrente bem como o patamar de negociações de mensalidades em atraso.
A PDD, somada aos descontos concedidos, apresentou um aumento de 54% em 2020, totalizando R$ 647 milhões, representando 17% da receita líquida de 2020, um crescimento de 5,0 pontos percentuais (p.p) ante 2019.
Para Samuel Alves e Yan Cesquim, do BTG Pactual, este é um ponto preocupante, porque a PDD pode demorar a cair, considerando que a pandemia ainda não terminou.
“Os baixos resultados do quarto trimestre são um testemunho do fato que o atual cenário pode ser realmente duro para nomes de educação como Yduqs, e nós não vemos nenhum ponto claro de inflexão no curto prazo”, diz trecho do relatório. A recomendação para as ações está em neutro e o preço-alvo em R$ 30,00.
Os analistas Mauricio Cepeda e William Barranjard, do Credit Suisse, também citaram a questão da PDD como um ponto negativo e destacaram ainda a questão do baixo número de novas matrículas. A base de estudantes cresceu 34% em 2020 porque considera os efeitos das aquisições. Em termos orgânicos, o número de alunos presenciais caiu 7,4%.
O ponto positivo, para eles, foi o crescimento de 50% de pessoas inscritas em cursos de ensino a distância (EAD).
“Para nós, os efeitos da pandemia continuarão impactando o ensino superior em 2021. Vai demorar para os fundamentos de crescimento da Yduqs sejam totalmente refletidos nos resultados. Mesmo assim, continuamos a acreditar no potencial de geração de caixa da companhia, apesar do cenário adverso”, diz trecho do relatório. O banco recomenda a compra das ações, com preço-alvo de R$ 38,00.
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