O fim está próximo? Mais dirigentes do Fed defendem o término dos estímulos monetários
Os presidentes das distritais de Dallas e do Kansas afirmam ver sinais de que a economia norte-americana está pronta para a redução da compra de ativos

Após o presidente da distrital do Federal Reserve (Fed) em Dallas, Robert Kaplan, questionar a eficácia dos estímulos econômicos, mais um dos dirigentes do banco central dos Estados Unidos defendeu publicamente o fim da política de compras de ativos.
A presidente da distrital de Kansas, Esther George, afirmou, nesta quarta-feira (11), ver sinais de que a economia norte-americana já atingiu os "progressos substanciais adicionais" estabelecidos pela autoridade monetária. "Eu apoio o fim das compras de ativos sob essas condições", declarou durante evento virtual.
Como evidência para a afirmação, a dirigente citou o fortalecimento da demanda, a recuperação do mercado de trabalho e o avanço das expectativas de inflação. Para ela, com a retomada em curso, é preciso fazer a transição para configurações políticas "mais neutras".
Compra de ativos vs taxa de juros
George, contudo, esclareceu que ainda há uma série de incertezas, sobretudo com desequilíbrios entre oferta e demanda, que elevam os preços. "A economia apertada de hoje sinaliza que o tempo chegou para reduzir os instrumentos", destacou.
Para ela, a discussão sobre a redução do relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) "não está mecanicamente conectada" com os ajustes na taxa de juros. Em sua visão, o caminho para a normalização monetária será "longo e acidentado".
A líder do Fed de Kansas acrescentou que pode demorar algum tempo até que haja uma recuperação plena do emprego nos EUA. "Este não é um argumento para manter as taxas de juros inalteradas, mas garantir acomodação se ajusta à medida que a economia se expande, evitando desequilíbrios e instabilidades que podem descarrilar tais ganhos", explicou.
Leia Também
Dirigente do Fed de Dallas ataca novamente
Em entrevista a rede norte-americana CNBC, o dirigente do Fed em Dallas, Robert Kaplan, também voltou a falar sobre a política de compra de ativos hoje. Kaplan defendeu que a autoridade monetária anuncie a retirada de estímulos na reunião de setembro e comece a reduzir as compras em outubro.
Para Kaplan, as compras de ativos não são "adequadas" para o ambiente atual da economia, marcado por problemas de oferta, não de demandas. No entendimento dele, o "tapering" - como é conhecida a retirada de estímulos - deve acontecer de forma gradual, em um cronograma de cerca de oito meses.
Selo Biden de aprovação
Para fechar o dia movimentado no noticiário do Federal Reserve, o presidente dos EUA, Joe Biden, deu uma demonstração de apoio às decisões monetárias. Biden declarou que seu governo "confia" que o Fed tomará as ações necessárias para conter a inflação se necessário.
Durante pronunciamento, o democrata destacou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho confirmou a desaceleração esperada: "os empregos estão em alta e a inflação está desacelerando nos EUA".
O indicador subiu 0,5% no mês passado, na comparação com junho, em linha com a mediana do Projeções Broadcast. No acumulado em 12 meses, o CPI permaneceu em 5,4%.
Mesmo assim, Biden disse que a Casa Branca monitora a inflação "de perto" e tem tomado ações para aliviar os gargalos na cadeia produtiva.
Quer investir em empresas dos EUA? Conheça BDRs para incluir em seu portfólio em 2021 e inscreva-se no canal do Seu Dinheiro no Youtube para mais vídeos exclusivos sobre investimentos:
*Com informações do Estadão Conteúdo
Banco do Brasil (BBAS3), ataque hacker, FII do mês e tarifas de 50% de Trump: confira as notícias mais lidas da semana
Temas da semana anterior continuaram emplacando matérias entre as mais lidas da semana, ao lado do anúncio da tarifa de 50% dos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil
Taxação pode ter impacto indireto na economia de emergentes ao afastar investidor gringo, mas esse risco também é limitado
Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’
Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana
Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo
A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções
O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo
Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA
De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação
Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista
Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF
Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’
Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026
A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país
Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar
Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior
Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país
Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo
Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)
Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa
De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil
O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto
Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%
Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”
O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível
Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam
Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje
Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora
Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019
Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação
Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”