O desafio da Black Friday: inflação de dois dígitos às vésperas do evento limita promoções e leva varejistas a projetarem vendas ‘mornas’
Com preços em alta acelerada, descontos de fazer saltar os olhos dificilmente darão o ar da graça no evento da última semana de novembro

Os descontos de fazer saltar os olhos dificilmente darão o ar da graça na Black Friday deste ano.
Tudo por causa dos efeitos da inflação às vésperas de um evento que nos últimos anos vinha fazendo a cabeça do consumidor brasileiro.
Com a disparada dos preços – a inflação oficial bateu 10,67% no acumulado em 12 meses até outubro –, os comerciantes terão dois grandes desafios na Black Friday de 2021:
- mostrar ao consumidor que os preços serão menores do que os de um passado recente;
- fazer a oferta caber no bolso do brasileiro, cuja renda está corroída.
“O consumidor perdeu a referência de comparação de preços por causa da inflação elevada”, diz o diretor de Varejo da consultoria GFK, Fernando Baialuna.
Melhor que o Natal
A Black Friday já supera o Natal na comercialização de eletroeletrônicos desde 2014 e já responde por um quinto dos negócios anuais desses itens, em valor. Este ano será mais desafiador.
Por causa da pressão de custos em razão da escassez de matérias-primas e alta do câmbio, desde o início da pandemia houve um reajuste médio de 30% nos preços dos eletroeletrônicos ao consumidor.
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“O produto que custava R$ 100 dois anos atrás agora sai por R$ 130 e, com o desconto da Black Friday, vai para R$ 110”, compara. Isso quer dizer que, mesmo com o desconto, em muitos casos, o preço será superior ao pré-pandemia.
Esforço extra
Diante da dificuldade de cortar preços, as varejistas estão promovendo a forma de pagamento para tornar a compra mais compatível com a renda.
A Via, dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, já está parcelando em até 30 vezes no cartão próprio as compras da Black Friday.
A Lojas Cem é outra grande rede varejista que pretende ampliar a quantidade de parcelas sem juros para tentar encaixar a prestação no orçamento do consumidor.
“O consumidor está sem dinheiro: o custo de vida com produtos básicos, como combustível, comida, subiu muito e sobram menos recursos para a compra de outros itens”, diz o supervisor-geral da rede, José Domingos Alves.
Black Friday morna
A expectativa é de uma Black Friday morna.
“Vamos vender um pouquinho mais em valor em relação à Black Friday do ano passado, mas a quantidade de produtos será menor.”
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