Não há espaço para mais estímulos sem contrapartida fiscal, diz presidente do BC
Campos Neto disse, porém, entender a necessidade de novas medidas, mas ressaltou a necessidade de contrapartidas.

Questionado nesta terça-feira, 9, sobre o debate para uma nova rodada de auxílio emergencial, fora do teto de gastos, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu que não há nenhum espaço para novas medidas fiscais sem que haja contrapartida fiscais.
Leia também:
- Congresso quer auxílio emergencial fora do teto e sem corte de despesas
- XP revisa recomendações do varejo e coloca Americanas em destaque
- Gestora Hashdex e Nasdaq lançam o primeiro ETF de criptomoedas do mundo
"É preciso tomar ações para que a dívida não continue crescendo. A reação dos mercados nos mostra que a fragilidade fiscal pesa mais do que os eventuais benefícios de se colocar mais dinheiro na economia. Pode acabar tendo o efeito contrário, de contração da economia", afirmou, em evento virtual promovido pelo Observatory Group.
Campos Neto disse, porém, entender a necessidade de novas medidas, mas ressaltou a necessidade de contrapartidas. "Há consenso no Executivo e no Legislativo de que, se algo for feito, tem que ser com disciplina fiscal", completou.
Falências
O presidente do Banco Central apontou também que o número de falências de empresas no Brasil tem se mantido estável, mas alertou que as companhias que atuam no Brasil seguem com dívidas muito grandes. "Por isso, há dúvidas se veremos uma grande quantidade de falências nos próximos meses", afirmou.
Destacou ainda que o sistema financeiro brasileiro segue capitalizado e com liquidez.
Leia Também
Campos Neto repetiu que, com a vacinação contra a covid-19 em curso, os mercados globais estão começando a ver uma luz no fim do túnel.
Ele destacou que a curva de juros brasileira continua bastante inclinada devido ao risco fiscal. Campos Neto citou ainda o movimento de retorno de investidores ao País no fim de 2020, embora ainda em volume insuficiente para reverter a saída no começo da pandemia.
PIB
O presidente do Banco Central avaliou também que o primeiro trimestre de 2021 ainda será "fraco" em termos de atividade econômica no Brasil e apontou que o segundo trimestre dependerá justamente da velocidade do programa de vacinação contra a covid-19. "Acreditamos que no segundo semestre do ano estaremos melhores", afirmou.
Ele apontou dados sobre a confiança de empresas e consumidores que mostram correlação com a evolução da pandemia no País.
Inflação e emprego
Campos Neto citou ainda novamente a influência da inflação de alimentos sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2020 e destacou que esse movimento foi visto também em outros países emergentes.
O presidente do BC apontou que o mercado de trabalho formal no País está se recuperando rapidamente, mas reconheceu que os trabalhadores informais terão mais dificuldades para retomarem suas atividades.
Destacou ainda o crescimento do mercado de crédito em 2020, enquanto as taxas de juros do Brasil se mantiveram em seus menores níveis históricos.
Reformas
O presidente do Banco Central disse que a nova composição dos comandos da Câmara e do Senado deve dar impulso às propostas de reformas que tramitam no parlamento. "Temos agora no Congresso uma situação mais favorável para a aprovação de reformas. Isso deve reduzir um pouco os prêmios de risco e ajudar a reduzir a volatilidade no câmbio", afirmou, no evento virtual promovido pelo Observatory Group.
Campos Neto admitiu que a volatilidade do real ante o dólar é maior, mas avaliou que intervir na volatilidade do câmbio é muito mais difícil do que intervir no nível da moeda.
"Entendemos que parte dessa volatilidade está relacionada com o risco de longo prazo do País. Por isso é importante aprovar reformas que possam mitigar esse risco fiscal", enfatizou.
Mais uma vez, o presidente do BC lembrou que o Brasil não tem espaço fiscal para estimular a economia por meio de investimentos públicos. Assim, o crescimento da atividade deve vir por meio de investimentos do setor privado, que exigem credibilidade da política fiscal. "Precisamos de reformas para gerar confiança e fazer o setor privado investir. A resposta é credibilidade, credibilidade e credibilidade", completou.
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista
Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF
Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’
Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026
A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país
Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar
Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior
Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país
Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo
Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)
Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa
De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil
O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto
Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%
Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”
O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível
Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam
Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje
Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora
Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019
Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação
Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”
Investidores sacam R$ 38 bilhões de fundos no ano, e perdem a oportunidade de uma rentabilidade de até 35,8% em uma classe
Dados da Anbima mostram que a sangria dos multimercados continua, mas pelo menos a rentabilidade foi recuperada, superando o CDI com folga
Cury (CURY3): ações sobem na bolsa depois da prévia operacional do segundo trimestre; bancos dizem o que fazer com os papéis
Na visão do Itaú BBA, os resultados vieram neutros com algumas linhas do balanço vindo abaixo das expectativas. O BTG Pactual também não viu nada de muito extraordinário
Bolsa, dólar ou juros? A estratégia para vencer o CDI com os juros a 15% ao ano
No Touros e Ursos desta semana, Paula Moreno, sócia e co-CIO da Armor Capital, fala sobre a estratégia da casa para ter um retorno maior do que o do benchmark
Lotofácil inicia a semana com um novo milionário; Quina acumula e Mega-Sena corre hoje valendo uma fortuna
O ganhador ou a ganhadora do concurso 3436 da Lotofácil efetuou sua aposta em uma casa lotérica nos arredores de São Luís do Maranhão
Cruzar do Atlântico ao Pacífico de trem? Brasil e China dão primeiro passo para criar a ferrovia bioceânica; entenda o projeto
O projeto pretende unir as ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) e Centro-Oeste (Fico) e a Ferrovia Norte-Sul (FNS) ao recém-inaugurado porto de Chancay, no Peru.
Primeira classe só para Haddad: Fazenda suspende gastos em 2025; confira a lista de cortes da pasta
A medida acontece em meio à dificuldade do governo de fechar as contas públicas dentro da meta fiscal estabelecida para o ano
Bolsa, bancos, Correios e INSS: o que abre e fecha no feriado de 9 de julho em São Paulo
A pausa pela Revolução Constitucionalista de 1932 não é geral; saiba como funciona a Faria Lima, os bancos e mais
Agenda econômica: IPCA, ata do Fed e as tarifas de Trump; confira o que deve mexer com os mercados nos próximos dias
Semana marcada pelo fim do prazo para as tarifas dos EUA em 9 de julho, divulgação das atas do Fed e do BoE, feriado em São Paulo e uma série de indicadores-chave para orientar os mercados no Brasil e no mundo