Governo aumenta previsão de inflação em 2021, de 3,2% para 4,4%
Estimativa ainda está abaixo do que espera o mercado; Ministério da Economia manteve a projeção de crescimento de 3,20% do PIB

O Ministério da Economia revisou para cima sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021, mas manteve a projeção de crescimento de 3,20% para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2021.
Segundo a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano passou de 3,23% para 4,42%. Para 2022, a projeção é de 3,50%.
"O principal responsável pela elevação da projeção foi o preço dos alimentos. Todavia, as expectativas a partir de 2022 apontam convergência da inflação para o centro da meta", destacou a Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta.
No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram que o IPCA deve acumular alta de 4,60% em 2021 e de 3,50% em 2022. As expectativas de inflação já preocupam o mercado, que espera uma elevação da taxa básica de juros nesta quarta, de 2% para 2,5%.
Para o governo, todas projeções para a inflação em 2021 estão dentro da meta deste ano, cujo centro é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,25% a 5,25%). No caso de 2022, a meta é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (2,00% a 5,00%).
O governo também atualizou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) utilizado para a correção do salário mínimo. A estimativa para a alta do indicador neste ano passou de 3,20% para 4,27%. Para 2022, a projeção é de 3,50%.
Leia Também
Já a estimativa da Economia para a alta do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2021 passou de 4,38% para 5,06%. Para o próximo ano, a projeção é de 3,57%.
Projeção de PIB na mesma
O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira que a manutenção da projeção do PIB "mostra de cautela em meio a um aumento de incertezas".
O secretário reconheceu que o aumento recente das medidas de restrição à circulação de pessoas por ocasião do recrudescimento da pandemia tem impacto sobre a atividade, um cenário cujas chances de acontecer foram classificadas no ano passado como "baixíssimas" pelo secretário de Política Econômica Adolfo Sachsida.
"Assim como no ano passado houve um conservadorismo e transparência da metodologia e a SPE manteve a projeção de queda de 4,70%, somente alterando no final para uma queda menor quando as estimativas do mercado já haviam tido grande redução, aqui temos também conservadorismo para este cálculo", explicou Rodrigues.
Ele afirmou que a nova rodada de pagamento do auxílio emergencial, embora deva ter impacto fiscal bem menor do que o visto no ano passado, ajudará na recuperação econômica, além de proteger os cidadãos mais vulneráveis, "uma diretriz inabalável deste governo".
Apesar disso, o secretário ressaltou que as projeções podem ser alteradas "conforme novos fatos sejam revelados".
*Com Estadão Conteúdo
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano
Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos
A bolsa de Nova York sangra: Dow Jones cai quase 1 mil pontos e S&P 500 e Nasdaq recuam mais de 2%; saiba o que derrubou Wall Street
No mercado de câmbio, o dólar perde força com relação a outras moedas, atingindo o menor nível desde março de 2022
Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado
Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
IPCA de março é o mais alto para o mês desde 2023, mas esse ativo pode render acima da inflação; conheça
Com o maior IPCA registrado para o mês de março desde 2023, essa estratégia livre de IR pode ser ainda mais rentável que a inflação, aponta EQI
Show de ofensas: a pressão total de Donald Trump sobre o Fed e Jerome Powell
“Terrível”, “devagar” e “muito político” foram algumas das críticas que o presidente norte-americano fez ao chefe do banco central, que ele mesmo escolheu, em defesa do corte de juros imediato
Por essa nem o Fed esperava: Powell diz pela primeira vez o que pode acontecer com os EUA após tarifas de Trump
O presidente do banco central norte-americano reconheceu que foi pego de surpresa com o tarifaço do republicano e admitiu que ninguém sabe lidar com uma guerra comercial desse calibre
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump
Bitcoin (BTC) sustenta recuperação acima de US$ 84 mil — mercado cripto resiste à pressão, mas token Mantra despenca 90% sob suspeita de ‘rug pull’
Trégua nas tarifas de Trump e isenção para eletrônicos aliviam tensões e trazem respiro ao mercado cripto no início da semana
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Países do Golfo Pérsico têm vantagens para lidar com o tarifaço de Trump — mas cotação do petróleo em queda pode ser uma pedra no caminho
As relações calorosas com Trump não protegeram os países da região de entrar na mira do tarifaço, mas, em conjunto com o petróleo, fortalecem possíveis negociações
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento