🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Como Sérgio Moro pode se tornar o candidato dos sonhos do mercado financeiro nas eleições 2022

Ex-juiz tem chances de chegar à presidência, mas precisa de uma estratégia para firmar-se como ‘terceira via’ a Lula e Bolsonaro

12 de dezembro de 2021
7:15 - atualizado às 14:26
O ex-ministro Sergio Moro
O ex-ministro Sergio Moro - Imagem: Shutterstock

Até algumas semanas atrás, as pesquisas de intenção de voto para Presidente de República nas eleições do ano que vem apontavam uma ida para o segundo turno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do atual, Jair Bolsonaro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Cogitava-se também da hipótese de Lula vencer no 1º turno, uma vez que, a cada pesquisa que sai, a rejeição a Bolsonaro aumenta.

Havia outros candidatos, é claro, a chamada terceira via. Entre esses nomes, algumas figurinhas carimbadas, como Ciro Gomes, além dos governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Essa última disputa já foi decidida, com a vitória de Doria sobre Leite nas primárias do PSDB.

Não ficava só nesses. Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, e diversos outros nomes que o eleitor pouco ou nunca ouviu falar também se apresentaram. Com pouquíssima repercussão, diga-se de passagem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas e o Moro?

A esta atura, o leitor pode estar me perguntando: “E o ex-juiz Sergio Moro? Ele não está no título desta crônica? Homem conhecido em todo o Brasil?”

Leia Também

Verdade. Deixei Moro por último justamente porque este texto tem como tema a pré-candidatura dele, lançada há duas ou três semanas, pelo Podemos.

Pois bem,  Moro já partiu beirando dois dígitos (algo em torno de dez por cento) nas primeiras consultas populares.

Com certeza, a primeira meta do ex-juiz é chegar na frente de Bolsonaro no primeiro turno para encarar Lula no segundo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para que isso aconteça, é preciso que a terceira via se concentre em Moro, seja por renúncia de Ciro, Doria e Mandetta, seja por uma migração espontânea das dezenas de milhões de pessoas que se alinham ao slogan: “Nem Lula, nem Bolsonaro.”

Quem precisa desistir

Mandetta é fácil desistir. Sua popularidade se deu no auge da pandemia, quando, no cargo de ministro da Saúde, aparecia na TV diariamente, usando um emblema do SUS na camisa e defendendo medidas de distanciamento e uso de máscaras.

Hoje pouca gente se lembra dele e a Covid-19 está se tornando um assunto menos impactante, mesmo com o surgimento da Ômicron, que parece ser mais contagiosa mas menos letal. O Brasil está bem ranqueado no item vacinação e preparado para enfrentar a nova cepa.

Ciro e Doria só desistirão se os resultados das pesquisas indicarem um forte esvaziamento de suas candidaturas. Dificilmente, penso eu, se sujeitarão a fazer o papelão de Geraldo Alckmin e Marina Silva nas eleições presidenciais de 2018, quando o primeiro, mesmo dispondo do maior tempo de propaganda na TV, obteve apenas 4,78% dos votos e a segunda, mísero 1%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A popularidade de Moro

Sérgio Moro já foi a pessoa mais popular do país, no auge das investigações e do julgamento da Lava-Jato. Era aplaudido na rua e nos aviões.

Só mesmo os petistas o rejeitavam, por motivos óbvios.

Seu prestígio se estendeu ao exterior, onde constantemente dava palestras, não raro se expressando em inglês.

Quando Moro aceitou ser ministro da Justiça de Bolsonaro, abriu mão de 24 anos de carreira de magistrado, e de todas as vantagens que isso representa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em contrapartida, exigiu autonomia no cargo, verdadeiro cheque em branco que incluía, entre outras coisas, ter sob suas ordens a Polícia Federal e o COAF (Controle de Atividades Financeiras), órgão importante no combate ao crime organizado por lidar, entre outras coisas, com lavagem de dinheiro.

Como esses dois órgãos, PF e COAF, poderiam, “digamos”, constranger a “primeira família”, o capitão-presidente tinha de se livrar de seu ministro mais popular.

Jair Bolsonaro não precisou demitir Sergio Moro. Coube a este pedir exoneração, numa coletiva de imprensa impactante e assistida por todo o país.

Tudo pode mudar

Antes que eu me esqueça, um detalhe: faltando ainda dez meses para o primeiro turno das eleições, os fatos descritos acima podem mudar completamente. Já aconteceu antes e pode acontecer novamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Só para ficar num episódio, uma semana antes da primeira rodada das eleições de 2018 para governador do Rio de Janeiro, o candidato Wilson Witzel era um ilustre desconhecido.

Bastou um debate, unzinho só, no qual falou “A polícia vai mirar na cabecinha (dos bandidos) e... fogo”, para Witzel ultrapassar diversos concorrentes, entre eles o senador Romário, e ir para o segundo turno contra Eduardo Paes, até então favorito absoluto.

Das desvantagens do multipartidarismo

Não raro, a maioria dos eleitores rejeita dois candidatos e são justamente eles que vão para o segundo turno.

Trata-se de uma das desvantagens do multipartidarismo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Exemplo disso foram as eleições municipais de 2016 no Rio de Janeiro.

O prefeito Eduardo Paes era altamente popular por causa da quantidade de obras que a cidade recebeu para sediar os Jogos Olímpicos: pontes, túneis, viadutos, Museu do Amanhã, obras do porto etc.

Acontece que ele (Paes) apoiava três candidatos. Ou três candidatos o apoiavam. Ou ambas as coisas. Isso não altera o raciocínio.

Eram eles: Carlos Osorio (PSDB), Índio da Costa (PSD) e Pedro Paulo (PMDB).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ao invés de os três se reunirem, e optarem por um nome (nem que fosse por intermédio de um jogo de palitinhos – porrinha, no popular), brigaram entre si. Pior, um falando mal do outro nos programas de propaganda política na TV.

Resultado: os votos dos adeptos de Eduardo Paes se dividiram e os três egoístas dançaram.

Foram para a final Marcelo Freixo (PSOL) e o evangélico Marcelo Crivella, sendo este o eleito.

A estratégia de Moro

Sergio Moro quer evitar que os votos anti-Bolsonaro e anti-Lula se distribuam entre Ciro Gomes, João Doria e ele próprio, Moro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesse caso teremos o embate Lula/Bolsonaro no segundo turno, já que a presença de Moro nas eleições praticamente tira a chance de Lula se eleger no primeiro turno.

Um outro item, de enorme importância para os eleitores das classes menos favorecidas, principalmente os do Nordeste, poderia tirar votos de Moro.

Refiro-me ao Bolsa Família, ou Auxílio Brasil, o nome não interessa. O importante é que os favorecidos pelo programa jamais votariam num candidato que pudesse significar (mesmo que apenas no imaginário das pessoas) um possível fim do benefício.

O Congresso Nacional está livrando Sergio Moro desse imbróglio, ao tornar o auxílio permanente. Melhor (para os que o recebem), com correção monetária anual.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O máximo que pode acontecer é Lula dizer “dou quinhentos”, Bolsonaro “dou seiscentos”, e assim por diante, num leilão que, se a promessa for cumprida, quebrará o já combalido Tesouro Nacional.

Sergio Moro poderá rebater com críticas à inflação e ao desemprego, marcas (agora estou pensando com a cabeça do candidato e as de seus marqueteiros) registradas do governo Jair Bolsonaro.

Evidentemente, o adversário ideal para Lula no segundo turno é Jair Bolsonaro. O mesmo acontece com o capitão. Quer Lula como oponente.

O fator rejeição

Sérgio Moro, embora as pesquisas ainda não confirmem isso, tem enorme chance de ganhar de qualquer um dos dois num combate singular.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nessa hipótese, prevalecerá a rejeição a Lula ou a Bolsonaro, quesito no qual os dois são campeões.

Tanto um como o outro já estão descendo o sarrafo no ex-juiz, sem dó nem piedade.

Numa live exibida em rede social na semana passada, o capitão disse que o ex-ministro (seu ministro, por sinal, mas esse detalhe não foi mencionado) é uma pessoa sem caráter.

Falta de caráter é o mínimo que posso falar desse cara. Fazer campanha na base da mentira? Aprendeu rápido a velha política, hein, Moro?”, vituperou literalmente o presidente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Deu como exemplo a troca de ideias de Sergio Moro com os procuradores da Operação Lava-Jato. “Uma vergonhosa troca de informações”, foi uma das expressões usadas pelo chefe de estado.

Desfecho dos sonhos para o mercado

Para grande parte do mercado financeiro, assim como para as classes empresariais, uma eventual eleição de Sergio Moro para presidente da República será o desfecho dos sonhos na próxima eleição.

Nesse caso, teremos Bolsa para cima e dólar para baixo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)

15 de outubro de 2025 - 7:47

A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje

14 de outubro de 2025 - 8:08

Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China

14 de outubro de 2025 - 7:48

O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo

13 de outubro de 2025 - 19:58

Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?

13 de outubro de 2025 - 7:40

Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano

TRILHAS DE CARREIRA

ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho

12 de outubro de 2025 - 7:04

Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)

10 de outubro de 2025 - 7:59

No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação

SEXTOU COM O RUY

Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe

10 de outubro de 2025 - 6:03

Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)

9 de outubro de 2025 - 8:06

No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: No news is bad news

8 de outubro de 2025 - 19:59

Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)

8 de outubro de 2025 - 8:10

No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje

7 de outubro de 2025 - 8:26

No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso

7 de outubro de 2025 - 7:37

Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard

6 de outubro de 2025 - 20:00

O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)

6 de outubro de 2025 - 7:54

No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas

DÉCIMO ANDAR

Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?

5 de outubro de 2025 - 8:00

Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)

3 de outubro de 2025 - 8:06

Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos

SEXTOU COM O RUY

Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento

3 de outubro de 2025 - 7:03

Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)

2 de outubro de 2025 - 8:04

No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses

1 de outubro de 2025 - 20:00

Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar