Uma frase atribuída ao sociólogo e filósofo Zygmunt Bauman diz que não são as crises que mudam o mundo, mas a reação que elas causam na sociedade. Essa relação pode ser trazida para o mundo dos negócios.
A situação imposta pela pandemia do coronavírus revelou uma série de vulnerabilidades nas mais diversas áreas e o segmento varejista também sofreu os impactos desse cenário caótico.
Uma publicação da McKinsey sobre as mudanças nos hábitos de consumo causadas pela Covid-19 e a importância estratégica da cadeia de suprimentos para superar esse momento mostra que os desafios se intensificaram.
O consumidor se tornou mais exigente e novos meios de compra e venda pressionaram as empresas a buscar alternativas que, quase sempre, têm a tecnologia como protagonista.
Diante desse cenário, ferramentas de big data e inteligência artificial, que são capazes de aumentar vendas e rentabilidade de varejos, indústrias e distribuidores ganham destaque.
A Neogrid, por exemplo, entrega inteligência embarcada em tecnologia para sincronizar os elos da cadeia de suprimentos. O objetivo é acompanhar os clientes em sua jornada digital para conquistar novos patamares de excelência operacional.
Essa jornada passa por fornecedores, pontos de venda, promoções e otimização dos estoques, evitando as faltas e os excessos de produtos armazenados, o que, por consequência, favorecem a geração de caixa.
Um estudo da EY realizado com 2.900 executivos, em 46 países, revela que o mercado de abastecimento ficou extremamente exposto nessa pandemia.
Para minimizar os possíveis efeitos negativos em seus negócios, 52% dos participantes afirmaram que devem revisitar sua cadeia global, 41% estão reavaliando a automatização de processos e 38% consideram acelerar a transformação digital em sua cadeia de suprimentos.
Esses movimentos chancelam a importância da disponibilização de dados para prover integração, fluidez, controle, engajamento e, como resultado, garantir a satisfação do cliente
Se antes era vista como custo, agora, a gestão na cadeia de suprimentos é tida como investimento. As decisões dessa área impactam o estratégico, tático e operacional das organizações.
Sendo assim, a otimização de fluxos e informações gera oportunidades de negócios, além de permitir que os devidos ajustes sejam feitos, em tempo real, para mitigar possíveis prejuízos e potencializar os lucros.
As expectativas para o desenvolvimento do Supply Chain Management são bastante promissoras. A área tende a ganhar cada vez mais importância dentro das organizações, independentemente do segmento, porte ou região de atuação. Isso será um diferencial mercadológico interessante.
Quem apostar em uma gestão eficiente e digital, conquistará resultados muito satisfatórios, em um espaço de tempo relativamente curto, pois estará passos à frente da concorrência em um mercado extremamente competitivo.
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