Quase na chegada da sede da B3, no centro de São Paulo, um painel digital na frente do prédio da Associação Comercial traz um número enorme e que não para de aumentar. É o chamado “impostômetro”.
Com a pandemia, ficou mais difícil conferir o placar pessoalmente. Mas também é possível checar online o quanto deixamos na mão do governo na forma de impostos.
No momento em que escrevo esta newsletter, nosso “sócio” já havia levado mais de R$ 1,1 trilhão, de acordo com o placar do impostômetro.
Não contente em cobrar muito, o governo ainda cobra mal, com uma série de subsídios e isenções que favorecem alguns setores em detrimento de outros.
A maneira como nossos investimentos são tributados sintetiza a bagunça. Dependendo do prazo e do produto, você pode tanto ser “isento” como pagar uma alíquota de 22,5% sobre o rendimento. Ou ainda pagar um “pedágio” antes mesmo de sacar os recursos.
Repare que a palavra isento do parágrafo acima não veio entre aspas à toa. Afinal, na maioria dos casos, parte do imposto que você deixa de pagar nos investimentos acaba parando nas mãos dos bancos.
É sobre esse verdadeiro vespeiro que o governo pretende avançar agora. O ministro Paulo Guedes anunciou recentemente a intenção de acabar com a maioria das isenções e com as alíquotas diferenciadas conforme o prazo do investimento.
Mas como isso mexe com o seu bolso? A Julia Wiltgen preparou uma reportagem especial que traz as mudanças previstas e os impactos no impostômetro dos investimentos.
O que você precisa saber hoje
MERCADOS
O que move os seus investimentos ao longo desta semana? Logo mais, às 9h30, o Victor Aguiar troca uma ideia com você ao vivo no nosso Instagram sobre os assuntos que estão na pauta do mercado. Participe com a gente!
A semana deve ser marcada por dados da inflação, tanto aqui como nos Estados Unidos. As falas de Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, durante o final de semana sobre a fase “transitória” de alta nos preços não convenceu os investidores. Confira a agenda completa na coluna Segredos da Bolsa.
Se você investe ou quer investir em criptomoedas, uma das tarefas obrigatórias é acompanhar o twitter do bilionário Elon Musk. Mas será que as declarações do dono da Tesla ajudam ou atrapalham o mercado? Veja o que pensa a Binance, uma das principais corretoras de criptomoedas.
Para quem se interessa mais por ações, especialmente aquelas que estão fora do Ibovespa, a XP fez algumas alterações em sua carteira de recomendações de small caps para o mês de junho. Confira as mudanças e os detalhes da lista.
EMPRESAS
Um grupo liderado pelo fundo Blackstone se aproxima da aquisição da gigante de equipamentos médicos Medline Industries, avaliada em US$ 30 bilhões. Veja os detalhes do negócio, um dos mais alavancados (com o uso de dívida) desde a crise financeira de 2008.
Mais uma venda à vista? A Vila Velha, que detém 21,52% do capital social da Unipar, analisa oportunidades de operação potencial para a companhia. A empresa informou que consultou seus assessores financeiros para organizar um processo competitivo.
ECONOMIA
PIB em alta… e inflação também. Fatores como a crise hídrica e o aumento dos preços das commodities fazem com que a expectativa para o IPCA deste ano fique cada vez mais longe do teto da meta. Saiba o que os especialistas esperam para o comportamento dos preços.
OPINIÃO
Uma empresa pode crescer muito, mas não é isso que a torna exponencial. O nosso colunista Richard Camargo conta para você quatro características de companhias que têm potencial para multiplicar de tamanho em um cenário global de mudanças constantes e rápidas.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.