No mundo corporativo, quem não diversifica, se trumbica
De uns tempos para cá, uma antiga fala de Warren Buffett tem pipocado nas minhas redes. Nela, o megainvestidor diz que “diversificação não faz sentido para quem sabe o que está fazendo” — e ele, naturalmente, se coloca como um sábio.
Longe de mim querer contrariar o oráculo do mercado financeiro, mas é preciso tomar cuidado com essa fala. Afinal, há uma diferença enorme entre saber o que está fazendo e achar que sabe o que está fazendo.
O comentário de Buffett nada mais é do que uma variação do bom e velho “em time que está ganhando, não se mexe” — o que até pode fazer sentido para um gestor de investimentos, mas costuma resultar em tragédia para um administrador de empresas.
Afinal, não se mexer costuma resultar em tragédia num ambiente em constante evolução. De nada adianta chegar ao topo e achar que o sucesso é eterno; o consumidor muda de hábitos, o mercado passa por reviravoltas e o concorrente trabalha duro para roubar a liderança.
E duas gigantes da bolsa se movimentaram hoje. Veja a BRF: líder no setor de frios, margarinas e embutidos, ela percebeu que o setor de pets tem crescido como nunca. A saída, então, foi diversificar: a empresa comprou o grupo Hercosul, produtor de ração para cães e gatos, e criou uma nova avenida de crescimento.
Num universo completamente diferente, a Yduqs também buscou uma maneira de ampliar seu leque de atuação. A companhia adquiriu a Qconcursos e entrou com tudo nos cursos preparatórios para concursos públicos, saindo da zona de conforto do ensino superior.
Leia Também
Empreendedora já impactou 15 milhões de pessoas, mercado aguarda dados de emprego, e Trump ameaça Powell novamente
Felipe Miranda: 10 surpresas para 2026
Warren Buffett pode ter toda a confiança do mundo em seu portfólio restrito; mas, para as empresas, diversificação é a alma do negócio.
MERCADOS
• As decisões de juros no Brasil e nos EUA não foram exatamente uma surpresa, mas a mudança no tom e nas projeções dos comunicados mexeram com os investidores. Além disso, o novo capítulo na novela da privatização da Eletrobras também agitou os mercados por aqui. Veja como foi a semana na cobertura completa da Jasmine Olga.
EMPRESAS
• Nós te contamos ontem que, depois de uma votação cercada de polêmicas e com placar justo, o texto-base da MP da Eletrobras foi aprovado no Senado. Mas, apesar dessa vitória, os obstáculos até a privatização ainda não acabaram — veja os detalhes nesta matéria.
• Duas gigantes do setor de saúde também estão mais próximas de finalizar um movimento importante. A Hapvida divulgou hoje que sua fusão com a NotreDame Intermédica foi aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Agora falta apenas uma etapa para concluir a união.
• Com as malas prontas e cheias de maquininhas vermelhas para espalhar pelo mundo, a Getnet se prepara para desbravar a Europa em 2022 e, no ano seguinte, os Estados Unidos. O presidente da empresa, Pedro Coutinho, conta quais serão os desafios dessa jornada.
ECONOMIA
• Quando o maior fundo de criptomoedas do mundo fala, os investidores ficam em alerta. Hoje o Grayscale anunciou que está de olho em 13 novos ativos digitais para seu portfólio — e o Renan Sousa, nosso especialista no mercado cripto, te conta quais são.
• Você acredita que os bancos tradicionais continuarão sendo ameaçados pelas fintechs? Dois especialistas da gestora de recursos Opportunity pensam que sim e comentam sobre a discussão na última edição do Tela Azul, podcast da Empiricus.
POLÍTICA
• Apesar das ausências, respostas vagas e entraves políticos, a CPI da Pandemia segue a todo vapor. O relator da comissão, Renan Calheiros, apresentou 14 nomes, incluindo membros do alto escalão do governo, que agora estão sob investigação. Veja a lista completa.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
De Volta para o Futuro 2026: previsões, apostas e prováveis surpresas na economia, na bolsa e no dólar
Como fazer previsões é tão inevitável quanto o próprio futuro, vale a pena saber o que os principais nomes do mercado esperam para 2026
Tony Volpon: Uma economia global de opostos
De Trump ao dólar em queda, passando pela bolha da IA: veja como o ano de 2025 mexeu com os mercados e o que esperar de 2026
Esquenta dos mercados: Investidores ajustam posições antes do Natal; saiba o que esperar da semana na bolsa
A movimentação das bolsas na semana do Natal, uma reportagem especial sobre como pagar menos imposto com a previdência privada e mais
O dado que pode fazer a Vale (VALE3) brilhar nos próximos dez anos, eleições no Brasil e o que mais move seu bolso hoje
O mercado não está olhando para a exaustão das minas de minério de ferro — esse dado pode impulsionar o preço da commodity e os ganhos da mineradora
A Vale brilhou em 2025, mas se o alerta dessas mineradoras estiver certo, VALE3 pode ser um dos destaques da década
Se as projeções da Rio Tinto estiverem corretas, a virada da década pode começar a mostrar uma mudança estrutural no balanço entre oferta e demanda, e os preços do minério já parecem ter começado a precificar isso
As vantagens da holding familiar para organizar a herança, a inflação nos EUA e o que mais afeta os mercados hoje
Pagar menos impostos e dividir os bens ainda em vida são algumas vantagens de organizar o patrimônio em uma holding. E não é só para os ricaços: veja os custos, as diferenças e se faz sentido para você
Rodolfo Amstalden: De Flávio Day a Flávio Daily…
Mesmo com a rejeição elevada, muito maior que a dos pares eventuais, a candidatura de Flávio Bolsonaro tem chance concreta de seguir em frente; nem todas as candidaturas são feitas para ganhar as eleições
Veja quanto o seu banco paga de imposto, que indicadores vão mexer com a bolsa e o que mais você precisa saber hoje
Assim como as pessoas físicas, os grandes bancos também têm mecanismos para diminuir a mordida do Leão. Confira na matéria
As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA
Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?
Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026
Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg
O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026
Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas
Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas
O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário
A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje
A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade