No mundo corporativo, quem não diversifica, se trumbica
De uns tempos para cá, uma antiga fala de Warren Buffett tem pipocado nas minhas redes. Nela, o megainvestidor diz que “diversificação não faz sentido para quem sabe o que está fazendo” — e ele, naturalmente, se coloca como um sábio.
Longe de mim querer contrariar o oráculo do mercado financeiro, mas é preciso tomar cuidado com essa fala. Afinal, há uma diferença enorme entre saber o que está fazendo e achar que sabe o que está fazendo.
O comentário de Buffett nada mais é do que uma variação do bom e velho “em time que está ganhando, não se mexe” — o que até pode fazer sentido para um gestor de investimentos, mas costuma resultar em tragédia para um administrador de empresas.
Afinal, não se mexer costuma resultar em tragédia num ambiente em constante evolução. De nada adianta chegar ao topo e achar que o sucesso é eterno; o consumidor muda de hábitos, o mercado passa por reviravoltas e o concorrente trabalha duro para roubar a liderança.
E duas gigantes da bolsa se movimentaram hoje. Veja a BRF: líder no setor de frios, margarinas e embutidos, ela percebeu que o setor de pets tem crescido como nunca. A saída, então, foi diversificar: a empresa comprou o grupo Hercosul, produtor de ração para cães e gatos, e criou uma nova avenida de crescimento.
Num universo completamente diferente, a Yduqs também buscou uma maneira de ampliar seu leque de atuação. A companhia adquiriu a Qconcursos e entrou com tudo nos cursos preparatórios para concursos públicos, saindo da zona de conforto do ensino superior.
Leia Também
Warren Buffett pode ter toda a confiança do mundo em seu portfólio restrito; mas, para as empresas, diversificação é a alma do negócio.
MERCADOS
• As decisões de juros no Brasil e nos EUA não foram exatamente uma surpresa, mas a mudança no tom e nas projeções dos comunicados mexeram com os investidores. Além disso, o novo capítulo na novela da privatização da Eletrobras também agitou os mercados por aqui. Veja como foi a semana na cobertura completa da Jasmine Olga.
EMPRESAS
• Nós te contamos ontem que, depois de uma votação cercada de polêmicas e com placar justo, o texto-base da MP da Eletrobras foi aprovado no Senado. Mas, apesar dessa vitória, os obstáculos até a privatização ainda não acabaram — veja os detalhes nesta matéria.
• Duas gigantes do setor de saúde também estão mais próximas de finalizar um movimento importante. A Hapvida divulgou hoje que sua fusão com a NotreDame Intermédica foi aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Agora falta apenas uma etapa para concluir a união.
• Com as malas prontas e cheias de maquininhas vermelhas para espalhar pelo mundo, a Getnet se prepara para desbravar a Europa em 2022 e, no ano seguinte, os Estados Unidos. O presidente da empresa, Pedro Coutinho, conta quais serão os desafios dessa jornada.
ECONOMIA
• Quando o maior fundo de criptomoedas do mundo fala, os investidores ficam em alerta. Hoje o Grayscale anunciou que está de olho em 13 novos ativos digitais para seu portfólio — e o Renan Sousa, nosso especialista no mercado cripto, te conta quais são.
• Você acredita que os bancos tradicionais continuarão sendo ameaçados pelas fintechs? Dois especialistas da gestora de recursos Opportunity pensam que sim e comentam sobre a discussão na última edição do Tela Azul, podcast da Empiricus.
POLÍTICA
• Apesar das ausências, respostas vagas e entraves políticos, a CPI da Pandemia segue a todo vapor. O relator da comissão, Renan Calheiros, apresentou 14 nomes, incluindo membros do alto escalão do governo, que agora estão sob investigação. Veja a lista completa.
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