Ação da Moura Dubeux caiu 50% desde o IPO. Ficou barata?
O ano de 2020 começou promissor para a economia brasileira e com boas perspectivas para a chegada de novas empresas à bolsa. A temporada de IPOs se iniciou nos primeiros dias de fevereiro, com a estreia da construtora Mitre, seguida da empresa de tecnologia Locaweb.
Mais para meados do mês, vimos a abertura de capital da construtora Moura Dubeux e da empresa de serviços industriais Priner. Em seguida, saímos para pular Carnaval e aí… a pandemia de coronavírus virou nossas vidas de pernas para o ar.
As então novatas da bolsa aproveitaram um excelente momento do mercado de ações brasileiro para vender participações a novos sócios. Porém, mal conseguiram sentir o gostinho de terem suas ações negociadas em um mercado saudável.
A crise do coronavírus levou à bolsa uma volatilidade inesperada e machucou para valer as ações das estreantes. Três das quatro companhias que abriram capital logo antes do pânico dos mercados viram suas ações acumularem perdas de dois dígitos do IPO até agora.
Considerando todas as empresas que estrearam na B3 de fevereiro de 2020 para cá, esses papéis figuram justamente entre os que mais se desvalorizaram desde que começaram a ser negociados.
Exceção honrosa para as ações da Locaweb, as que mais subiram desde a estreia, acumulando uma alta de 530%.
Leia Também
De Volta para o Futuro 2026: previsões, apostas e prováveis surpresas na economia, na bolsa e no dólar
Tony Volpon: Uma economia global de opostos
Já a lanterninha do ranking foi a Moura Dubeux, construtora de Recife focada em imóveis residenciais para os segmentos de média e alta renda do Nordeste. Os papéis acumulam queda de mais de 50% desde a abertura de capital.
Eu imagino que os executivos e conselheiros da empresa, para não dizer os sócios, devam estar um pouco injuriados. Tanto é que a empresa anunciou, ontem à noite, um programa de recompra de ações.
Em geral, as companhias lançam mão desse recurso quando julgam que o mercado não está precificando corretamente os seus papéis, que se encontrariam baratos demais. Por isso, as recompras costumam ser bem recebidas pelo mercado.
Mesmo assim, os preços das ações da Moura Dubeux não reagiram com muita animação no pregão de hoje. Oxe, mas será que esse desconto todo se justifica? As ações da companhia merecem todo esse desaforo, ou estão mesmo baratas e é hora de comprar?
De fato, as empresas que fizeram parte da leva de “IPOs do fim do mundo” não tiveram muita sorte, pois foram completamente atropeladas pelos acontecimentos e acabaram ficando em segundo plano com tudo que se passou de março de 2020 até agora.
Mas este não é o único motivo para a queda acumulada das ações da Moura Dubeux. O Victor Aguiar levantou algumas das possíveis razões e responde à pergunta: afinal, essa desvalorização se justifica ou, ao contrário, seria hora de comprar? Recomendo a leitura!
MERCADOS
• Tem uma sexta-feira nesta terça! Com o clima de véspera de feriado, nem mesmo o tão esperado fim do impasse do Orçamento 2021 impediu que o Ibovespa caísse 0,72%, aos 120.061 pontos, no final da sessão. O dólar também não se animou muito e encerrou o dia com leve alta de 0,01%, a R$ 5,55. Veja o que afetou os mercados na matéria da Jasmine Olga.
• Terminou hoje o prazo para investidores interessados em um IPO pouco comum, o do primeiro fundo de investimento de índice em criptomoedas da B3. O ETF HASH11 replicará um índice desenvolvido pela Nasdaq com a gestora brasileira Hashdex e entra em operação na volta do feriado. Saiba mais.
• Mais um banco se rendeu ao gigante asiático. Um dia após o Bradesco, o Itaú também anunciou que vai criar, até o final de abril, um fundo para que brasileiros possam investir em empresas chinesas.
EMPRESAS
• 2021 será o ano em que o Carrefour Brasil dominará o varejo alimentar? O desempenho operacional positivo de todos os segmentos de atuação da companhia no primeiro trimestre parece indicar que sim.
• O governo federal pode dizer adeus à expectativa de uma privatização discreta e sem polêmicas para a Eletrobras. Será realizada, a pedido do deputado Rubens Otoni (PT-GO), uma audiência pública para tratar dos riscos e detalhes envolvidos na operação.
• Dois homens morreram após um veículo elétrico fabricado pela Tesla sair da pista e colidir com uma árvore. Com os investidores reagindo negativamente a uma possível falha da tecnologia de piloto automático, Elon Musk precisou partir para o resgate dos papéis da empresa.
OPINIÃO
• Após entrevistar o renomado gestor Howard Marks, conhecido por ser o “guru de Warren Buffett”, Felipe Miranda reuniu os principais pontos dessa conversa, que, segundo ele, são dignos de reflexão profunda, em sua coluna no Seu Dinheiro.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
As vantagens da holding familiar para organizar a herança, a inflação nos EUA e o que mais afeta os mercados hoje
Pagar menos impostos e dividir os bens ainda em vida são algumas vantagens de organizar o patrimônio em uma holding. E não é só para os ricaços: veja os custos, as diferenças e se faz sentido para você
Rodolfo Amstalden: De Flávio Day a Flávio Daily…
Mesmo com a rejeição elevada, muito maior que a dos pares eventuais, a candidatura de Flávio Bolsonaro tem chance concreta de seguir em frente; nem todas as candidaturas são feitas para ganhar as eleições
Veja quanto o seu banco paga de imposto, que indicadores vão mexer com a bolsa e o que mais você precisa saber hoje
Assim como as pessoas físicas, os grandes bancos também têm mecanismos para diminuir a mordida do Leão. Confira na matéria
As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA
Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?
Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026
Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg
O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026
Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas
Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas
O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário
A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje
A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
