🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Fundos de investimento são como jogo de damas: o tempo muda, as regras, não

28 de maio de 2021
10:37 - atualizado às 13:18
Imagem de um tabuleiro de damas de madeira e uma pessoa movimentando uma peça
Fundos de investimentos são como um jogo de damas - Imagem: Shutterstock

“[O tabuleiro de xadrez] é um mundo inteiro em 64 quadrados. Eu me sinto segura nele. Posso controlar, dominar. E é previsível. Se me machucar, a culpa é só minha.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa frase foi dita por Beth Harmon, jovem prodígio do xadrez e protagonista da série “O Gambito da Rainha”, da Netflix, que é também minha recomendação cultural para o fim de semana.

Para os iniciantes em xadrez, o jogo reserva algumas similaridades com o conhecido jogo de damas: um tabuleiro quadrado com 64 casas claras e escuras alternadas, peças pretas e brancas para distinguir os jogadores e o jogador das brancas é o que faz o primeiro movimento.

As similaridades acabam aí. Damas são jogadas com 24 peças, enquanto o xadrez tem 32. E, diferentemente do primeiro, em que todas as peças seguem as mesmas regras, no xadrez cada uma tem a sua regra.

Essas diferenças fazem do xadrez um jogo muito mais complexo que o de damas. Em vez de apenas sete movimentos iniciais possíveis, no xadrez existem 20. Esses números aumentam conforme a partida progride.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Investir em fundos tradicionais como de renda fixa, multimercados, de ações ou cambiais é como jogar damas: apesar das diferentes possibilidades de estratégia, ao longo do tempo as regras são essencialmente as mesmas.

Leia Também

A tomada de decisão de investir em qualquer fundo sempre começa com as análises quantitativa e qualitativa. Seguindo a analogia, uma boa análise quantitativa pode definir quão bem o jogador consegue ler as jogadas passadas do gestor, identificar sua habilidade e ter uma ideia melhor da estratégia de seu jogo; já uma análise qualitativa diferenciada representa a profundidade com que você entende como o gestor pensa.

Nos últimos cinco anos, o número de ferramentas de análise quantitativa disponíveis se multiplicou e o investidor pessoa física já consegue fazer muita coisa por conta própria. Além disso, o acesso a relatórios de casas de análise, lives, podcasts e entrevistas aproxima o investidor dos grandes gestores, permitindo uma melhor análise qualitativa. Quando combinados com dedicação e diligência, o entendimento das estratégias do jogo e o conhecimento de seu oponente podem te fazer um ótimo jogador de damas.

Mas os juros estruturalmente mais baixos deixaram os investidores menos animados com os retornos desses fundos tradicionais. Isso abriu caminho para que uma classe de ativos bastante comum no exterior se tornasse o foco de desejo do brasileiro: o private equity, a compra de participação em empresas privadas, ou seja, que não são negociadas em Bolsa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Esse investimento via fundos, até meados do ano passado, era praticamente exclusivo a grandes investidores estrangeiros, fundos de pensão, family offices, investidores institucionais e detentores de grandes fortunas. Nos últimos meses, temos visto cada vez mais produtos da classe sendo distribuídos em plataformas digitais, o que nos deixou felizes, mesmo que continuem restritos a investidores considerados qualificados (aqueles com mais de R$ 1 milhão em investimentos financeiros) ou para os profissionais (aqueles com mais de R$ 10 milhões) por conta da regulação da CVM.

Por mais que essa guinada para a pessoa física tenha nos agradado no começo, percebemos que os investidores estavam focando em dois fatores:

1) retorno, com métricas diferentes dos fundos tradicionais, sem histórico público e ausência de padrão; 2) senso de urgência, criando investidores desesperados e em busca de uma indicação às pressas, com medo de perder uma possível oportunidade por conta das janelas curtas de captação e das poucas ofertas disponíveis.

Um termo apropriado para o comportamento resultante desses fatores é FOMO (“fear of missing out”). O medo de ficar de fora pode levar as pessoas a tomarem decisões impulsivas e, muitas vezes, ficarem cegas para os riscos existentes, como o de liquidez, pois, quando você investe em um fundo de private equity, o comprometimento costuma ser de quase uma década; ou seja, sem chance de resgate.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mesmo quando está claro para o investidor o risco de liquidez, este continua sem perceber outros riscos existentes, porém ocultos, por assumir que as regras do jogo de investir em private equity são as mesmas das de investir nos fundos tradicionais.

Além da liquidez, os cálculos das taxas de administração e performance são diferentes do que estamos acostumados, sem falar da menor transparência e do pouco acesso ao histórico de retorno dos gestores. Soma-se a isso a ausência de marcação a mercado e o período de silêncio pelo qual as próprias gestoras precisam passar durante a captação do fundo, o que cria um terreno fértil para a assimetria de informação.

Esses exemplos são apenas uma gota de água no oceano de diferenças entre os fundos tradicionais e os de private equity. Se os primeiros são como um jogo de damas, facilmente aprendido e compreendido, o segundo se aproxima do xadrez.

Você já viu gestores de private equity fazendo live ou comentando suas posições no Twitter? Pois é, sem o acesso aos gestores e sem informações públicas completas de retorno, a conclusão só pode ser uma: o investidor está jogando xadrez às cegas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nada contra a modalidade em que o jogador disputa sem olhar o tabuleiro, apenas ouvindo os movimentos, mas, sem conhecer as regras, vencer fica bem mais difícil.

Nos últimos seis meses, desde que separamos uma pequena parcela da carteira principal da série Os Melhores Fundos de Investimento para private equity, temos atuado em três frentes.

A primeira é o combate ao FOMO criado em torno da classe. Você não quer tomar decisões para dez anos de forma precipitada. Em paralelo a isso, nos aproximamos das gestoras, aplicando nossa diligência profunda em busca apenas das oportunidades que pareçam as melhores da indústria e não aquelas que estão disponíveis no momento. E, por fim, oferecemos aos nossos assinantes didática e transparência sobre as diferenças entre as classes, riscos, tipos de análise e todas as informações que habilitam o investidor do varejo estar no mesmo patamar de informação de um investidor private.

Na última semana, o investidor recebeu um reforço de peso nessa última frente. A gestora de fundos de private equity Spectra, em parceria com o Insper e a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), divulgou um estudo que compara práticas adotadas por fundos da classe no Brasil com as melhores práticas mundiais recomendadas pela Institutional Limited Partners Association (ILPA).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Esse estudo vem em um formato bem didático e mostra o quão diferentes são os fundos de private equity, mesmo quando comparados entre si. Além disso, o estudo revela que os fundos da classe estão cada vez mais alinhados às melhores práticas globais, mas que ainda há divergências e pontos de atenção a serem observados.

Ao abrir um pouco seus olhos para essas diferenças e analisar melhor as ofertas que virão a mercado nos próximos meses, temos um único objetivo em mente: que você nunca mais jogue xadrez às cegas.

Afinal, essa não parece ser uma boa escolha para o seu dinheiro, não é? 

Um grande abraço.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?

18 de novembro de 2025 - 6:03

Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje

17 de novembro de 2025 - 7:53

Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos

VISÃO 360

Direita ou esquerda? No mundo dos negócios, escolha quem faz ‘jogo duplo’

16 de novembro de 2025 - 8:00

Apostar no negócio maduro ou investir em inovação? Entenda como resolver esse dilema dos negócios

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Esse número pode indicar se é hora de investir na bolsa; Log corta dividendos e o que mais afeta seu bolso hoje

14 de novembro de 2025 - 8:24

Relação entre preço das ações e lucro está longe do histórico e indica que ainda há espaço para subir mais; veja o que analistas dizem sobre o momento atual da bolsa de valores brasileira

SEXTOU COM O RUY

Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam

14 de novembro de 2025 - 6:55

Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje

13 de novembro de 2025 - 7:57

Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?

12 de novembro de 2025 - 19:54

Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje

11 de novembro de 2025 - 8:28

Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?

11 de novembro de 2025 - 7:28

No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício

10 de novembro de 2025 - 19:57

Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje

10 de novembro de 2025 - 7:55

Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados

TRILHAS DE CARREIRA

Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas

9 de novembro de 2025 - 8:00

Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje

7 de novembro de 2025 - 8:14

Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde

SEXTOU COM O RUY

Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis

7 de novembro de 2025 - 7:03

Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR

6 de novembro de 2025 - 8:03

BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil

FII DO MÊS

É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar

6 de novembro de 2025 - 6:03

Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje

5 de novembro de 2025 - 8:04

Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje

4 de novembro de 2025 - 7:50

O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação

4 de novembro de 2025 - 7:10

Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998

3 de novembro de 2025 - 22:11

Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar