As bolsas deixaram os fundamentos de lado esta semana — mas você não deve!

A semana é de resultados, mas não se fala em outra coisa a não ser na alta de juros, após reunião do Copom que levou a Selic para 3,5% ao ano. Além disso, a inflação americana, que veio acima da expectativa, elevou as estimativas de juros futuros nos Estados Unidos.
Com isso, mesmo empresas com fundamentos sólidos tiveram seus preços penalizados.
Explico. (E perdão pelo adendo técnico em plena sexta-feira.)
Parênteses
Companhias com perspectivas de alto crescimento, principalmente as de tecnologia, têm previsão de fluxos de caixa positivos somente para um futuro distante. Muitas delas dão prejuízo no presente.
Para fazer as contas de valuation e, em última instância, chegar a um “preço justo” para as ações das empresas, os investidores descontam esses fluxos para o valor presente usando taxas que incorporam os juros atuais.
Para essas empresas, com fluxos relevantes somente no futuro, pequenas variações nos juros fazem bastante diferença nos montantes a valor presente, dado o grande lapso de tempo em que a taxa de desconto vai se acumulado. Com efeito, a conta resulta em preços justos mais baixos.
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Voltando
Daí veio o caos.
Nasdaq caiu. NYSE caiu. Bovespa derreteu.
E os fundamentos?
Ah, sei lá...
Será que faz diferença?
A lógica top-down tomou conta até dos investidores mais escolados no bottom-up.
Antes disso, o mercado vinha quente. Empresas com histórias bem contadas, com alto crescimento em qualquer métrica que fosse, dominavam os portfólios e a lista de IPOs. Seja na Faria Lima, seja em Wall Street.
Não que esse bolo de empresas contenha só teses fajutas. Longe disso.
Observe o caso de MercadoLibre. Um dos meus professores prediletos, cuja experiência é maior que minha própria idade, disse-me uma vez que a empresa foi piada nos círculos financeiros à época do seu IPO, em 2007.
E veja onde esse foguete chegou: em 2020, processou R$ 100 bilhões em valor bruto de mercadorias (GMV). No primeiro trimestre deste ano, R$ 34 bilhões, alta anual de inebriantes 110%. Veja, essa taxa não é comum para uma empresa que fatura R$ 24 bilhões anualmente.
E não é que dá prejuízo. No ano passado, o MercadoLibre teve um lucro operacional de R$ 664 milhões. Gerou um fluxo de caixa livre para os acionistas de R$ 5 bilhões. Isso representou um free cash flow yield de 1% — não é um yield de empresa de energia, mas, com o crescimento que tem, diria que ela pode vir a se tornar, para quem entra cedo.
Amazon vai na mesma linha. Méliuz também, numa escala bem menor.
Todos esses são casos sólidos.
Todavia...
Essas empresas acabam atraindo também investidores que não se atentam a esses detalhes. Entram nesses papéis — o pacote padrão do investimento de alto crescimento — na base da análise setorial, quando muito. Com efeito, inflam os preços.
Não há demérito nenhum nessa abordagem. Há quem prefira procedimentos mais temáticos. Sem juízo de valor.
O problema é que, quando o tema sai de moda, esse grupo, de novo em bloco, sai desesperadamente da cesta de tecnologia. E acaba deixando para trás um rastro de prejuízo para quem está comprado pelo fundamento.
O reajuste de preço, quase sempre, vem exagerado, para depois se equilibrar. Vide as recuperações da Bovespa e de Wall Street ontem.
Paciência… Aliás, essa é uma das virtudes de um bom investidor.
Não resisto em citar um já desgastado bordão de Warren Buffett: “Seja medroso quando os outros estão gananciosos, e ganancioso quando os outros estão medrosos”.
Ultimamente, tem sido raro ouvir sobre os clichês do Oráculo de Omaha. Na recente euforia dos mercados, o velhinho já estava quase fora de moda. Pior que ele está quase sempre certo. Eu não consigo não gostar dele...
Enfim.
Não siga movimentos de manada. Vá a fundo. Atente-se, sempre, aos fundamentos.
E vamos juntos, navegando em meio aos caprichos do Sr. Mercado, maravilhosamente retratado por John Brooks em seu clássico “Aventuras Empresariais”.
Tudo bem.
Mar calmo não faz bom marinheiro.
Um abraço.
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