Como usar os ETFs para escapar do risco Brasil e investir nas bolsas globais sem sair da B3
Qualquer investidor com uma conta em corretora pode ter acesso hoje mesmo a uma cesta de ativos que representa as ações das maiores empresas do mundo

A derrocada das ações da Petrobras na segunda-feira com a polêmica troca no comando da estatal deixou o mercado financeiro e milhares de investidores com os nervos à flor da pele. Sabe quem não perdeu o sono (e nem o cabelo) por preocupação com isso? Quem tem a carteira de ações diversificada com ativos internacionais.
Manter uma parcela do portfólio fora do país já foi uma tarefa bem complicada, mas hoje qualquer investidor com uma conta em corretora pode ter acesso a uma cesta de ativos que representa as ações das maiores empresas do mundo. Como? A resposta é está na sigla ETF.
Caso você tenha se esquecido, ETFs são fundos negociados em bolsa que buscam replicar o desempenho de algum índice.
Além dos indicadores nacionais, como o Ibovespa, a B3 também possui ETFs internacionais listados para negociação. Eles não só podem, como devem ser uma bela opção para que você não tenha que se preocupar com essas variações gigantescas que no fim do dia só vão ter servido para te estressar.
Lá na primeira matéria, te expliquei sobre os ETFs que replicam o Ibovespa e qual seria o melhor para que você tenha na carteira. Para os internacionais, isso fica ainda mais interessante, já que não existe um melhor em si, mas objetivos diferentes para cada um deles.
Na B3, temos quatro ETFs internacionais e que você consegue comprar em reais: IVVB11 e SPXI11 (EUA), XINA11 (China) e EURP11 (junção de vários índices da Europa). Pegue sua passagem e bora viajar com esses índices internacionais que te farão esquecer se deve (ou não) investir em uma Petrobras.
Leia Também
Must-Have (essenciais): IVVB11 e/ou SPXI11
De acordo com Rodrigo Knudsen, gestor da Vitreo e responsável pelo fundo Tech Ásia, a alocação básica em um portfólio internacional precisa ter o S&P500 (índice das 500 principais ações dos Estados Unidos. “É o mercado onde tem as maiores inovações e uma alocação grande em tecnologia."
O primeiro da nossa lista é o tradicional IVVB11, que é o mais popular e conhecido ETF para a exposição do seu capital ao mercado de capitais norte-americano. O foco desse ativo é replicar o comportamento do S&P500.
A gestão do IVVB11 é realizada pela BlackRock e cobra como taxa de administração pelos serviços prestados uma taxa de 0,24% ao ano. O que esse ETF faz é comprar cotas do IVV, que é um ativo listado nos Estados Unidos e que oferece empresas como: Apple, Amazon, Facebook, Coca-Cola, Microsoft e Alphabet (Google).
- Ano de criação: 2014
- Fundador: BlackRock
- Taxa de administração: 0,24% a.a
Já o SPXI11 é o grande concorrente do IVVB11 para o investidor brasileiro. Lançado em 2015, um ano após o da BlackRock, o ETF é gerido pelo Itaú Unibanco. No início, a taxa de administração cobrada era de 0,27%. Contudo, recentemente ela baixou para 0,21% visando dar maior competitividade ao ETF.
Outra diferença é que, apesar de ambos os ativos terem por objetivo replicar o S&P 500, as estratégias são diferentes. Em vez de investir no ETF IVV, o SPXI11 aloca o capital dos seus cotistas em outro ETF americano, o VOO Vanguard S&P 500.
- Ano de criação: 2015
- Fundador: Itaú Unibanco
- Taxa de administração: 0,21% a.a
Leia também:
- B3 lança o ETF internacional de ouro no Brasil, o GOLD11
- Primeiro ETF do Índice de Fundos Imobiliários começa a ser negociado
- Receita Federal altera regras para declaração de Imposto de Renda de Bitcoin e criptoativos
增添你的錢包 (Apimentando a sua carteira): XINA11
Enquanto os EUA são o mercado clássico, o primeiro ponto de parada para quem deseja diversificar seus investimentos no mercado internacional de ações, a China proporciona o exótico. O que no mundo dos investimentos se trauz em maior risco e, consequentemente, mais chance de retornos altos.
O XINA11 é o primeiro ETF do mercado brasileiro focado no mercado da China e busca replicar o índice MSCI China, composto por mais de 600 companhias chinesas. O fundo possui uma taxa de administração de 0,30% ao ano, é gerido pela XP Investimentos e tem exposição ao dólar.
"Existe um mercado consumidor gigante na China, que é um país de alta tecnologia e ainda está expandindo sua economia”, explicou Knusden.
Mas para quem deseja ter uma exposição internacional no portfólio para fugir da intervenção estatal, o ETF chinês talvez não seja a melhor opção. O recente caso do cancelamento do IPO da AntGroup, do grupo do bilionário Jack Ma, é um bom exemplo da mão pesada do Estado na economia e nos mercados, segundo o especialista da Vitreo.
- Ano de criação: 2020
- Fundador: XP Investimentos
- Taxa de administração: 0,30% a.a
Diversifica il tuo portafoglio (Diversifique sua carteira): EURP11
Você também pode ter uma carteira com ações do Velho Mundo sem precisar sair da B3 com o EURP11.
Criado em janeiro deste ano pela XP e com taxa de administração de 0,39% a.a, o primeiro ETF do Brasil focado em ações europeias segue o Trend ETF MSCI Europa, índice que engloba mais de 1000 empresas de média e alta capitalização de mercado da Europa.
No índice, há uma exposição a países como: Reino Unido (24,2%), França (15,7%), Suíça (14,6%), Alemanha (14,1%), Suécia (6,5%), Holanda (6,1%) e Itália (4%).
- Ano de criação: 2021
- Fundador: XP Investimentos
- Taxa de administração: 0,39% a.a
Ambipar (AMBP3): CVM manda gestora lançar oferta por ações após disparada sem precedentes na B3
CVM entendeu que fundos que têm como cotista o empresário Nelson Tanure atuaram em conjunto com o controlador da Ambipar na compra em massa que resultou na disparada das ações na B3
Hora de comprar: o que faz a ação da Brava Energia (BRAV3) liderar os ganhos do Ibovespa mesmo após prejuízo no 4T24
A empresa resultante da fusão entre a 3R Petroleum e a Enauta reverteu um lucro de R$ 498,3 milhões em perda de R$ 1,028 bilhão entre outubro e dezembro de 2024, mas bancos dizem que o melhor pode estar por vir este ano
Agora vai, Natura (NTCO3)? Mercado não “compra” a nova reestruturação — mas ações tomam fôlego na B3
O mercado avalia que a Natura vivencia uma verdadeira perda, dada a saída de um executivo visto como essencial para a resolução da Avon. O que fazer com as ações NTCO3 agora?
Efeito Starbucks? Zamp (ZAMP3) tomba 11% na bolsa; entenda o que impactou as ações da dona do Burger King e do Subway
Empresa concluiu aquisição de Starbucks e Subway no Brasil no quarto trimestre e trocou de CEO no mês passado
Vida nova: por que a CCR (CCRO3) quer mudar de nome e virar Motiva
O ticker da empresa na bolsa também deve mudar, assim como a identidade visual da marca
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Deixou no chinelo: Selic está perto de 15%, mas essa carteira já rendeu mais em três meses
Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada — é até saudável que você tenha as duas classes na carteira
Natura (NTCO3): a proposta de incorporação que pode dar um pontapé para uma nova fase
Operação ainda precisa ser aprovada em assembleia e passar pelo aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
Sequoia (SEQL3): Justiça aprova plano de recuperação extrajudicial — e acionistas agora deverão votar a emissão de novas ações
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo aprovou nesta quinta-feira (20) o processo de reestruturação com credores não financeiros do Grupo Move 3 Sequoia
Hapvida (HAPV3) abre em forte queda, depois vira e opera em alta; entenda o que motivou esta montanha-russa
Papéis caíram mais de 8% nos primeiros momentos do pregão, mas no começo da tarde subiam 3,5%
Ação da Minerva (BEEF3) dispara na bolsa mesmo após frigorífico sair de lucro para prejuízo; qual foi a boa notícia então?
Balanço foi o primeiro após empresa concluir aquisição de ativos da Marfrig no Brasil, Argentina e Chile
CEO da Lojas Renner aposta em expansão mesmo com juro alto jogando contra — mas mercado hesita em colocar ações LREN3 no carrinho
Ao Seu Dinheiro, o presidente da varejista, Fabio Faccio, detalhou os planos para crescer este ano e diz que a concorrência que chega de fora não assusta
Decisão do Federal Reserve traz dia de alívio para as criptomoedas e mercado respira após notícias positivas
Expectativa de suporte do Fed ao mercado, ETF de Solana em Wall Street e recuo da SEC no processo contra Ripple impulsionam recuperação do mercado cripto após semanas de perdas
Nova York vai às máximas, Ibovespa acompanha e dólar cai: previsão do Fed dá força para a bolsa lá fora e aqui
O banco central norte-americano manteve os juros inalterados, como amplamente esperado, mas bancou a projeção para o ciclo de afrouxamento monetário mesmo com as tarifas de Trump à espreita
A bolsa da China vai engolir Wall Street? Como a pausa do excepcionalismo dos EUA abre portas para Pequim
Enquanto o S&P 500 entrou em território de correção pela primeira vez desde 2023, o MSCI já avançou 19%, marcando o melhor começo de ano na história do índice chinês
Vivara (VIVA3) brilha na B3 após praticamente dobrar lucro no 4T24 e anunciar expansão de lojas em 2025. É hora de comprar as ações?
Junto ao balanço forte, a Vivara também anunciou a expansão da rede de lojas em 2025, com a previsão de 40 a 50 aberturas de unidades das marcas Vivara e Life
Nem os dividendos da Taesa conquistaram o mercado: Por que analistas não recomendam a compra de TAEE11 após o balanço do 4T24
O lucro líquido regulatório da empresa de energia caiu 32,5% no quarto trimestre. Veja outros destaques do resultado e o que fazer com os papéis TAEE11 agora
O que o meu primeiro bull market da bolsa ensina sobre a alta das ações hoje
Nada me impactou tanto como a alta do mercado de ações entre 1968 e 1971. Bolsas de Valores seguem regras próprias, e é preciso entendê-las bem para se tirar proveito
Mercado Livre (MELI34) recebe o selo de compra da XP: anúncios e Mercado Pago são as alavancas de valor
Analistas esperam valorização da ação e indicam que o valuation no curto prazo aponta para um preço 40% abaixo da média histórica de 3 anos
Yduqs nas alturas: YDUQ3 sobe forte e surge entre as maiores altas do Ibovespa. O que fazer com a ação agora?
A empresa do setor de educação conseguiu reverter o prejuízo em lucro no quarto trimestre de 2024, mas existem pontos de alerta nas linhas do balanço