🔴 ESTA FERRAMENTA PODE MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 285% – SAIBA MAIS

Estadão Conteúdo
investigação

MP estima que Capitão Adriano repassou mais de R$ 400 mil para contas de Queiroz

Ex-PM é apontado como operador financeiro de organização criminosa instalada no gabinete do senador Flávio Bolsonaro quando deputado estadual no Rio

Estadão Conteúdo
19 de junho de 2020
13:40 - atualizado às 14:29
Fabrício Queiroz em entrevista -

O Ministério Público no Rio de Janeiro (MP-RJ) estima que o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, possa ter transferido mais de R$ 400 mil para as contas de Fabrício Queiroz, ex-PM apontado como operador financeiro de organização criminosa instalada no gabinete do senador Flávio Bolsonaro quando deputado estadual no Rio.

A indicação consta na decisão do juiz Flávio Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Rio, que mandou prender Queiroz e sua mulher Márcia Oliveira de Aguiar. O ex-assessor do filho "01" do presidente Jair Bolsonaro foi encontrado na manhã desta quinta-feira, 18, em uma casa em Atibaia (SP) de propriedade d Frederick Wassef, advogado de Flávio. Márcia é considerada como foragida pelo MP-RJ. Queiroz está preso no Rio.

Adriano foi morto em fevereiro deste ano pela polícia da Bahia, no município de Esplanada. Era apontado por investigadores do Rio como chefe do Escritório do Crime, grupo de pistoleiros da milícia na zona oeste da capital fluminense. Quando ainda era policial militar - chegou a ser capitão do Bope -, Adriano trabalhou com Queiroz no batalhão de Jacarepaguá, também na zona oeste. Ele respondem juntos a um homicídio registrado como "auto de resistência".

A ex-mulher do miliciano, Danielle Mendonça da Nóbrega, e sua mãe Raimunda Veras Magalhães eram empregadas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. Juntas as duas receberam R$ 1 milhão em salários e devolveram pelo menos R$ 202 mil em transferências identificadas para conta de Queiroz e outros R$ 200 mil ainda não identificados.

Segundo dados de geolocalização obtidos pelos investigadores a partir do rastreio do celular de Raimunda, ela jamais teria aparecido nas cercanias da Alerj no período em que deveria exercer a função pública.

Na representação enviada à Justiça para deflagração da Operação Anjo - que mirou ainda ex-assessores da Alerj, um servidor que foi afastado e um advogado - o Ministério Público do Rio de Janeiro indicou que há registros nos dados bancários de Queiroz que indicam que uma pizzaria administrada por Raimunda Veras Magalhães, mãe de Adriano, e uma outra pizzaria administrada pelo próprio miliciano, transferiram R$ 69,2 mil para o suposto operador financeiro de Flávio Bolsonaro.

"Não se pode perder de vista que no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017 foram efetuados 17 depósitos em espécie na conta corrente de Fabrício Queiroz, totalizando R$ 91.796, na agência Rio Comprido do Banco Itaú, localizada na mesma rua dos restaurantes administrados por Raimunda Veras Magalhães", registra ainda a decisão de Nicolau.

Orientações e 'influência' na milícia

O suposto repasse de R$ 400 mil de Adriano para Queiroz foi apontado como um de dois aspectos da relação de Queiroz com grupos paramilitares, ligado à parte econômica, em razão de um suposto enriquecimento associado à milícia carioca. O outro aspecto destacado pelos investigadores é político e foi levantado a partir de suposta "influência" exercida pelo ex-assessor entre os grupos de milicianos.

Em mensagens trocadas com a mulher, Márcia Aguiar, o ex-assessor parlamentar se compromete a "interceder pessoalmente" junto a milicianos em favor de um homem que pede sua ajuda após receber ameaças de paramilitares no Itanhangá, também na zona oeste carioca.

Os promotores também apontaram que em dezembro de 2019, Queiroz sua mulher e o advogado Luiz Gustavo Botto Maia, também ligado ao filho mais velho do presidente teriam orientado a mãe do Capitão Adriano, a ficar "escondida".

Compartilhe

Radiocash

Consumidores prestam atenção em pessoas e não em anúncios, diz sócio-fundador da Adventures

3 de novembro de 2021 - 16:13

A agência criada há um ano para revolucionar não apenas o mercado publicitário, mas, com a própria forma como as companhias concebem e lançam novos produtos

Radiocash

O homem que ajudou a eleger Bolsonaro diz que liberalismo de Paulo Guedes foi “desfigurado” pelo governo

26 de outubro de 2021 - 13:05

Luciano Bivar, presidente do União Brasil, criado a partir da fusão entre o PSL e o DEM, diz que o partido vai apresentar nome para a “terceira via” nas eleições de 2022

Caso Queiroz

MP denuncia Flávio Bolsonaro e Queiroz por ‘rachadinhas’ na Alerj

4 de novembro de 2020 - 7:53

Após mais de dois anos de investigação, MP do Rio denunciou filho do presidente Bolsonaro por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa

primeira-dama

Extratos bancários de Queiroz provam depósitos de 21 cheques a Michelle Bolsonaro

7 de agosto de 2020 - 15:33

Extratos bancários de Queiroz anexados a investigação sobre suposto esquema de rachadinha revelam 21 depósitos em cheques em nome de Michelle Bolsonaro

solicitação ao STJ

PGR pede retorno de Queiroz e Márcia à prisão para ‘resgatar bom nome da justiça’

3 de agosto de 2020 - 18:47

Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, Queiroz é apontado por investigadores como operador financeiro de esquema de ‘rachadinha’ no gabinete de Flávio enquanto deputado estadual no Rio

filho 01

Flávio Bolsonaro nega ter sido avisado sobre Operação Furna da Onça

20 de julho de 2020 - 20:21

O procurador disse que Flávio confirmou participação em uma reunião com Marinho e advogados

caso queiroz

Citados em ‘rachadinha’ continuam com cargos

12 de julho de 2020 - 12:04

Ex-assessores fazem parte de uma lista de 69 pessoas que trabalharam com Flávio Bolsonaro e tiveram sigilo bancário e fiscal quebrados por decisão da Justiça em abril do ano passado

caso das rachadinhas

Presidente do STJ decide colocar Queiroz em prisão domiciliar

9 de julho de 2020 - 18:41

O caso tramita sob segredo de Justiça. Preso desde 18 de junho, Queiroz é apontado como operador de um suposto esquema de “rachadinhas” – apropriação de salários de funcionários – no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro

Fake news

Facebook derruba rede de fake news ligada ao PSL e à família Bolsonaro

8 de julho de 2020 - 18:32

Segundo a Atlantic Council, o envolvimento de funcionários de gabinetes pode indicar que a operação usou recursos públicos

de quando era deputado

Flávio Bolsonaro presta depoimento ao MP no Rio no inquérito da ‘rachadinha’

8 de julho de 2020 - 6:57

Esquema consistiria na devolução de parte dos salários dos assessores; depoimento desta terça-feira foi prestado a pedido do próprio senador

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar