No verdadeiro xadrez que virou a disputa pela empresa de tecnologia Linx, a Stone fez mais um movimento que pode lhe garantir o xeque-mate. A poucas horas da assembleia de acionistas da Linx, a empresa elevou novamente a proposta pela companhia, agora para R$ 38,06 por ação.
O valor é 8,77% superior do que a cotação das ações da Linx (LINX3) no fechamento de ontem na B3 (R$ 34,99) e equivale a quase R$ 6,7 bilhões. Logo após a notícia, a negociação com os papéis da empresa na B3 foi suspensa. Na volta, passaram a subir 3,14%, a R$ 36,09.
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Com a nova proposta, cada acionista da Linx receberá R$ 33,56 em dinheiro mais 0,0126774 ações classe A da Stone. A empresa de maquininhas de cartão e meios de pagamento disputa a Linx com a Totvs, cuja proposta envolve uma parcela maior em ações como moeda.
A Stone obteve outra peça importante nesse xadrez na sexta-feira com a decisão do colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de liberar os fundadores da Linx – Alberto Menache, Nércio Fernandes e Alon Dayan – para votar na assembleia de acionistas marcada para hoje.
A decisão reverteu o entendimento da área técnica da autarquia, que recomendou que os fundadores da Linx, que possuem quase 15% do capital da empresa, fossem impedidos de votar. A assembleia da companhia está marcada para esta terça-feira, às 14h.