Fundadores da Linx devem ser impedidos de votar sobre oferta da Stone
CVM encaminhou ofício com entendimento de que os fundadores não podem votar na assembleia de acionistas que analisar a proposta, segundo notícia do Valor Econômico
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu que Alberto Menache, Nércio Fernandes e Alon Dayan, sócios e fundadores da Linx, devem ser impedidos de votar na assembleia de acionistas da companhia que decidir sobre a proposta de venda para a Stone.
A decisão foi informada em um ofício encaminhado pela área técnica da autarquia, de acordo com informação do Valor Econômico. Procurada pelo Seu Dinheiro, a CVM ainda não se manifestou. Os fundadores ainda podem recorrer ao colegiado da autarquia, responsável pela palavra final.
A proposta da Stone para incorporar a empresa de tecnologia para o varejo foi duramente criticada no mercado por envolver um pagamento diferenciado ao trio de fundadores, que detém 14,41% do capital da Linx.
Relembrando a polêmica, a Stone fez duas propostas pela empresa, a última no total de R$ 6,28 bilhões, o equivalente a R$ 35,10 por ação. Esse é o valor que os acionistas irão receber caso a proposta seja aprovada em assembleia.
O problema é que a Stone também acertou um pagamento adicional com os fundadores da empresa em contratos de "não-competição". A assembleia em que a oferta será colocada em votação foi marcada para o dia 17 de novembro.
A empresa de software Totvs também formalizou uma oferta pela Linx, que avalia a companhia em R$ 6,1 bilhões e, ao contrário da Stone, não prevê pagamento adicional a conselheiros da empresa.
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Caso os acionistas rejeitem a proposta na assembleia de novembro, a Linx poderá conversar com a Totvs. O problema é que o acordo com a Stone prevê uma multa caso a oferta não seja aprovada pelos acionistas.
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