CRASH IMINENTE? Quebradeira de bancos cria impacto que pode te atingir. Descubra detalhes aqui. 

Cotações por TradingView
2020-12-22T15:06:45-03:00
Estadão Conteúdo
entrevista

‘Não vou esperar empresa estrangeira ser protagonista do digital no Brasil’, diz CEO do Magazine Luiza

Depois de mais recente aquisição, Frederico Trajano diz em entrevista que estratégia de compras se concentra em um só objetivo: a conquista da liderança do mundo digital brasileiro

Estadão Conteúdo
22 de dezembro de 2020
8:20 - atualizado às 15:06
frederico-trajano
Frederico Trajano - Imagem: Werther Santana/Estadão Conteúdo

O período de pandemia foi agitado para o Magazine Luiza, que em 2020 foi às compras para reforçar sua operação digital, da logística à oferta de produtos, passando pela publicidade e pelas finanças.

Ao todo, foram 11 aquisições. E, ontem, a companhia anunciou a maior delas: pagou R$ 290 milhões pela fintech Hub, que foi fundada pelo empresário Carlos Wizard Martins há oito anos.

Em entrevista ao Estadão, o presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, disse que a heterogênea estratégia de compras se concentra em um só objetivo: a conquista da liderança do mundo digital brasileiro.

"Não vou esperar uma empresa estrangeira ser protagonista digital no Brasil, seja ela chinesa, argentina ou americana", disse o executivo, referindo-se às gigantes Alibaba, Mercado Livre e Amazon. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:

Qual é a importância da Hub para o sistema digital do Magazine Luiza?

É muito importante. Ela tem acesso ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e também ao PIX, pois, desde julho, tem autorização do Banco Central como instituição de pagamento. Ter isso dentro de casa reduz a nossa necessidade de contratar prestadores de serviço, reduzindo as fricções do cliente nas operações. Isso vai ajudar tanto o MagaluPay, voltado ao público em geral, que lançamos em julho, quanto o Magalu Pagamentos, voltado para os vendedores do nosso marketplace, que existe desde abril. E vamos ter uma equipe de 250 pessoas adicionada ao nosso time, incluindo cem desenvolvedores.

Por que esse ambiente de pagamentos é tão importante para a estratégia de superapp?

A Hub se encaixa como uma luva na nossa estratégia, pois a conta de pagamentos é elo fundamental de todos os superapps da China - como o WeChat, que tem o WeChatPay, e o Alibaba, que tem o AliPay.

Isso vai acelerar o crescimento do Magalu na área?

O crescimento em ritmo chinês já faz parte da nossa estratégia. O que a gente quer aumentar é a penetração desses serviços (na vida das pessoas). Hoje, temos 2 milhões de clientes com contas abertas no MagaluPay, mas nem todos são ativos. A ideia é ampliar a oferta de produtos financeiros em todo o ecossistema. E é também uma oportunidade de monetizar e gerar mais resultados em todas essas transações.

Com isso, o Magalu poderá ajudar os desbancarizados?

A gente já ajuda a bancarizar no Brasil, com o LuizaCred, temos 4 milhões de cartões emitidos, o que é mais do que o Nubank ou o Carrefour. A Hub é uma empresa de tecnologia que vai se conectar tanto com a operação de varejo quanto ao LuizaCred. Ela vai fazer toda essa ligação do sistema (financeiro) que a gente já tem, ampliando possibilidades.

Qual é o balanço das aquisições deste ano?

A gente tem cinco pilares estratégicos: o superapp, a entrada em novas categorias de produtos, agilização das entregas, crescimento exponencial do negócio e pensar o Magalu como um provedor de serviços. Todas as 11 aquisições seguem esse direcionamento. São peças que se encaixam perfeitamente a essa estratégia.

Com o repique de covid-19, está difícil prever o ano de 2021?

O Brasil é volátil por natureza. Se nem o Banco Central consegue prever o que vai acontecer, não é a gente (que vai conseguir). Tenho de preparar meu time para que a gente cresça independentemente do cenário. Um modelo de negócios mais amplo, por exemplo, reduz riscos. E uma coisa não vai mudar: o Brasil ficou mais digital, mas a fatia (nas vendas) subiu de 5% para 10% (na pandemia). Tem muito espaço para crescer, pois na China esse porcentual é de 30%. E queremos ser protagonistas no digital. Não vou esperar uma empresa estrangeira ser protagonista digital no Brasil, seja ela chinesa, argentina ou americana.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

MAIS UM NA MIRA

Investigado pela CVM, Sergio Rial diz que contrato com a Americanas (AMER3) era regular; ex-CEO foi responsável por descoberta de rombo contábil na varejista

18 de março de 2023 - 15:17

A CVM analisa eventuais irregularidades a respeito do recebimento por Rial de remuneração paga pela varejista no período entre o anúncio de sua escolha como CEO e sua efetiva posse no cargo

MAIS UMA BATALHA

Esh Capital volta a pedir responsabilização de Nelson Tanure por suspostos prejuízos à Gafisa (GFSA3) em nova assembleia; relembre a disputa entre construtora e gestora

18 de março de 2023 - 12:35

O próximo encontro de acionistas deliberará sobre suspostos prejuízos causados à companhia na aquisição da Bait e alienação do Hotel Fasano

VALE OURO

Vivara apresenta uma joia de balanço — e ações brilham na B3. É hora de colocar VIVA3 na caixinha de ações?

17 de março de 2023 - 14:27

A rede de joalherias viu o lucro líquido subir 24% no quarto trimestre de 2022 em base anual e 21% no ano passado como um todo

MINERADORA EM FOCO

É hora de comprar VALE3? Vale é a mineradora favorita do Itaú BBA e ação pode subir até 15% neste ano

17 de março de 2023 - 13:02

A Vale foi eleita a escolha favorita do Itaú BBA no segmento de siderúrgicas e mineradoras na América Latina e agora possui recomendação de “outperform” pela casa de análise

SEGUE O JOGO

Petrobras não vai “rasgar contrato” e dá sequência a venda de ativo para 3R Petroleum (RRRP3); ações disparam

17 de março de 2023 - 10:37

A paralisação da venda do Polo Potiguar da Petrobras preocupou o mercado porque a 3R Petroleum já havia até pago por parte do ativo

DEMANDA INTEGRAL

Casino emplaca lote extra e levanta R$ 4 bilhões em venda de mais uma fatia no Assaí (ASAI3)

17 de março de 2023 - 7:12

Operação vai reduzir de 30,51% para 11,7% a participação do grupo francês na rede brasileira de atacarejo Assaí

ATENÇÃO, ACIONISTA!

Dividendos e JCP: Renner (LREN3) pagará mais de R$ 170 milhões em proventos; confira os prazos da distribuição

16 de março de 2023 - 20:25

Serão exatos R$ 174.230.454,63 a serem pagos na forma de JPC, ou R$ 0,182327 por ação. Vale lembrar que quando se trata de juros sobre capital próprio há a incidência de 15% de imposto de renda retido na fonte.

CRESCENDO MAIS

Mercado Livre anuncia investimento de R$ 19 bilhões no Brasil

16 de março de 2023 - 19:00

Dentre as frentes que serão impulsionadas estão as áreas de tecnologia e logística do Mercado Livre, além da publicidade e banco digital

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies