Governo extingue empresa de silos agrícolas; veja próxima estatal que deve liquidada
Casemg fechou as portas porque o governo considerava que a companhia não exercia mais a função de entregar serviços públicos relevantes; há outros processos em análise
O governo anunciou nesta terça-feira (17) que fechou as portas da estatal Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Casemg). O processo de extinção da companhia, chamado tecnicamente de liquidação, demorou dois anos.
A Casemg foi criada em 1957 para armazenagem e ensilamento de produtos do agronegócio. Em 2016, a empresa tinha 18 unidades armazenadoras, com seis delas registrando contas no azul.
Durante o processo de liquidação, houve alienação de sete bens imóveis, totalizando R$ 32,8 milhões em vendas, além de destinação dos bens móveis, levantamento do contencioso judicial e extrajudicial e arquivamento e organização de todo o acervo documental da empresa.
O patrimônio remanescente será assumido pela Secretaria de Patrimônio da União (bens imóveis), Advocacia-Geral da União (passivo judicial e extrajudicial) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (acervo documental e obrigações referentes ao pagamento de pensões).
Por que liquidar
Em nota, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord, afirmou que o governo liquida uma empresa quando ela não exerce uma função de entrega de serviços públicos relevantes.
O governo também leva em consideração quando o setor privado não tem interesse em absorver aquela atividade da empresa, seja porque ela não é economicamente viável ou por causa do grau de insolvência.
Segundo o Ministério da Economia, a Casemg, com prejuízo de R$ 16,8 milhões entre 2011 e 2016, representava um alto custo aos cofres da União, mesmo após o início do processo de liquidação.
Pelos cálculos do governo, a média anual de gastos, entre 2017 e 2020, foi de R$ 19 milhões, considerando as despesas administrativas e os custos operacionais.
Somente no ano passado, o custo com pessoal e encargos, por exemplo, foi de R$ 8,8 milhões - cerca de 44,2% do total de despesas da empresa.
Estatais em análise
As 46 estatais federais de controle direto passam por análise. O processo vai verificar aquelas que se enquadram nos critérios combinados de não entregarem serviços públicos e de não terem atratividade econômica para o setor privado.
A próxima empresa que deverá ser liquidada é a Ceitec, estatal que fabrica chip de boi.
A primeira empresa liquidada pelo governo Bolsonaro foi a Companhia Docas do Maranhão (Codomar), em setembro passado, depois de ser esvaziada da sua principal função há 20 anos.
Privatizações do governo
A extinção da estatal ocorre num cenário de grande dificuldade para o programa de privatização do governo, considerado estratégico pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
O governo vê o processo como importante para a redução da dívida pública. No entanto, as privatizações não engataram passados quase dois anos do início da gestão Jair Bolsonaro.
Na semana passada, Guedes adiou para 2021 as privatizações do Porto de Santos, dos Correios, da Eletrobras e a da PPSA, estatal que opera a parte da União no pré-sal.
*Com Estadão Conteúdo
Vem oferta de ações da Caixa Seguridade (CXSE3) por aí? Caixa autoriza estudos para possível venda de papéis da seguradora
A Caixa é dona de 82,75% do capital da seguradora, mas o possível follow-on não teria como objetivo alterar o controle da empresa
Surpresa de Páscoa: TIM Brasil (TIMS3) pagará R$ 1,31 bilhão em dividendos nos próximos meses; veja quem tem direito
Pagamento de cerca de R$ 0,54 por ação será efetuado nos meses de abril, julho e outubro
Lucro da Taurus (TASA4) desaba com “efeito Lula” — mas CEO revela como empresa quer se “blindar” dos ventos contrários em 2024
Salesio Nuhs contou para o Seu Dinheiro as principais apostas da fabricante de armas para este ano — e deu um “spoiler” sobre o que esperar dos dividendos em 2024
Grupo GPS (GGPS3) chega ao “bandejão da firma” com aquisição e adiciona bilhões em receita; ações sobem forte na B3
Com a GRSA, o Grupo GPS amplia a oferta no “cardápio” de serviços que oferece. A empresa vem enfileirando aquisições desde o IPO, em 2021
Conseguiu uma boa grana: Cemig (CMIG4) pode pagar mais dividendos após acordo bilionário com a Vale (VALE3), diz XP
Para a corretora, anúncio de venda da Aliança Energia para a Vale não surpreende, mas valor obtido pode turbinar dividendos da Cemig
Oi (OIBR3) tem prejuízo, queda de receita e Ebitda negativo no 4T23; empresa propõe novo grupamento para deixar de ser “penny stock”
Oi (OIBR3) teve prejuízo líquido de R$ 486 milhões nos últimos três meses de 2023 e fechou o ano com dívida líquida de mais de R$ 23 bilhões
Acordo bilionário da Vale (VALE3): por que a mineradora pagou US$ 2,7 bilhões por 45% da Cemig GT que ainda não tinha
Desse montante, segundo a Cemig, serão abatidos dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) distribuídos ou aprovados até o fechamento da operação
Klabin (KLBN11) ou Suzano (SUZB3)? Uma delas está barata. Itaú BBA eleva preço-alvo das duas ações e conta qual é a oportunidade do momento
Tanto as units da Klabin como as ações da Suzano operam em alta na bolsa brasileira nesta quarta-feira (27), mas só uma delas é a preferida do banco de investimentos; descubra qual
Finalmente, um oponente à altura da Nvidia? Empresas de tecnologia se unem para combater hegemonia da gigante de IA
A joia da coroa da Nvidia está muito menos exposta: é o sistema plug and play da empresa, chamado CUDA, e é com ele que o setor quer competir
Sete anos após o Joesley Day, irmãos Batista retornam à JBS (JBSS3); ação reage em queda ao resultado do 4T23
A volta de Joesley e Wesley, que foram delatores da Lava Jato, acontece após uma série de vitórias judiciais da JBS e dos empresários
Leia Também
Mais lidas
-
1
Ações da Casas Bahia (BHIA3) disparam 10% e registram maior alta do Ibovespa; 'bancão' americano aumentou participação na varejista
-
2
O carro elétrico não é essa coisa toda — e os investidores já começam a desconfiar de uma bolha financeira e ambiental
-
3
Acordo bilionário da Vale (VALE3): por que a mineradora pagou US$ 2,7 bilhões por 45% da Cemig GT que ainda não tinha