A empresa fabricante de carros elétricos do bilionário Elon Musk, a Tesla, anda tendo razões de sobra para comemorar e parece que as novidades positivas ainda não acabaram.
Um e-mail enviado por Musk vazou para a imprensa e fez com que as ações da companhia, que já subiram mais de 150% neste ano, disparassem mais 8% na última terça-feira (30), fazendo com que a empresa batesse mais um recorde intraday, a US$ 1.087,50. avaliada em US$ 201 bilhões, a Tesla se aproxima do valor de mercado da Toyota, a mais bem avaliada empresa da indústria automobilística.
No e-mail, o bilionário mostrou otimismo com os resultados do segundo trimestre e com a possibilidade da empresa atingir o break even, ou seja, o ponto de equilíbrio entre custo e receita da companhia. Os resultados da Tesla devem ser divulgados ainda nesta semana, antes do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos. A divulgação foi feita primeiramente pela Electrek.
"O break even está super próximo. Cada carro que vocês constroem e entregam realmente faz a diferença. Por favor, façam o possível para a vitória". - E-mail enviado aos funcionários da Tesla por Musk

Parte do bom desempenho das ações da Tesla em 2020 é justificado pelos resultados do primeiro trimestre. A empresa apresentou números melhores do que o esperado. Mesmo com fábricas fechadas por conta da pandemia do coronavírus, a companhia aumentou o número de entregas de veículos e teve lucro durante o período.
Para o segundo trimestre, a empresa deve refletir também a retomada da produção em suas fábricas nos Estados Unidos.
A boa fase das ações da companhia vem engordando o bolso de Elon Musk. Segundo o Bloomberg Billionaires Index, Musk já ficou US$ 24,2 bilhões mais rico em 2020.
10 anos na Bolsa
No dia 29 de junho, a empresa de Elon Musk comemorou uma nova marca histórica: 10 anos desde a estreia na Nasdaq, em Nova York.
Em sua oferta inicial de ações, em 2010, a empresa captou cerca de US$ 226 milhões, ao preço de US$ 17. A performance da companhia nos últimos anos superou todas as maiores empresas de tecnologia e da indústria automobilística, subindo mais de 4.125% desde o IPO.
Mas o caminho até os novos recordes históricos não foi fácil. Em 2018, a empresa chegou a cair 30% em apenas um mês, após tuítes de Elon Musk. Na ocasião, o bilionário afirmou que tinha um financiamento garantido para fechar o capital da companhia. A SEC (a Comissão de Valores Imobiliários americana) alegou que as publicações enganavam o público e tanto Musk quanto a Tesla foram obrigados a pagar US$ 20 milhões em multas.