Selic precisa cair para perto de 2%, diz ex-diretor do BC
Para Luiz Fernando Figueiredo, BC se preocupa com a questão política só na dimensão em que isso tem impacto nas reformas fiscais

Ex-diretor de política monetária do Banco Central entre os anos de 1999 e 2003 e hoje presidente da Mauá Capital, Luiz Fernando Figueiredo diz que a instituição acelerou o passo com o corte de 0,75 ponto porcentual na taxa de juros Selic. No entanto, para ele, há espaço para reduzir ainda mais. "Eu iria para próximo de 2% muito mais rapidamente. Mesmo sendo mais agressivo, o BC ainda está com uma postura mais cautelosa", afirma.
A seguir, os principais trechos da entrevista.
Como o sr, avalia esse novo corte da Selic?
Esse corte era mais do que esperado. Na verdade, hoje o mercado entende que precisamos de mais. Então, o que todos acreditam, e eu inclusive, é que virão novos cortes. Para dar uma ideia, a taxa de inflação no início do ano era projetada em 3,50%, 3,70%. Hoje, ela está muito mais para 1,5%. A nossa taxa de juros acabou ficando muito alta.
Qual é o espaço para novas quedas?
A taxa de juros deveria ir para perto de 2% neste ano. Na minha visão, o BC acelerou o passo acertadamente. E deixou a porta aberta para outro corte e, já na próxima, pode vir novo corte de 0,75 ponto porcentual, indo já para 2,25%.
Leia Também
A crise política influenciou a decisão?
Parece que não. A decisão do Copom já estava tomada antes dessa crise política, da saída do Sérgio Moro do governo. O BC se preocupa com a questão política só na dimensão em que isso tem impacto nas reformas fiscais que, no final, acabam tendo impacto na inflação lá na frente. É nessa direção que ele olha. Não é um fato ou outro que vá mudar a postura do Banco Central, mas um conjunto de coisas. De certa forma, essa crise política, que não chega a ser nova, já estava incorporada nas decisões.
Por que, na opinião do sr., o BC não foi ainda mais agressivo?
O Banco Central tem primado por ser cauteloso. Eu iria para próximo de 2% muito mais rapidamente, mas essa é um pouco a maneira segundo a qual o nosso Banco Central tem preferido atuar. Mesmo sendo mais agressivo, ele ainda está com uma postura mais cautelosa. E até difere de muitos bancos centrais pelo mundo, inclusive de países emergentes.
Essa queda acentuada deve aumentar a pressão sobre o dólar, que já se valorizou quase 42% frente ao real neste ano?
Essa é uma questão que todos os analistas têm levantado. Na prática, o câmbio tem ficado muito pressionado. Nossa moeda é, talvez, a pior do mundo em 2020. A nossa moeda foi por muitos anos dependente de uma taxa de juros mais alta. Hoje, essa dependência caiu brutalmente. O que tem afetado mais a nossa moeda tem sido esse próprio barulho político e o receio de que a política fiscal no futuro não seja responsável. Isso tem impactado no câmbio muito mais do que os juros mais baixos.
O BC tem conseguido responder com eficiência ao desafio que se apresenta desde a escalada da covid-19?
Com relação às questões de liquidez e de segurança do sistema financeiro, o BC está agindo muito bem, minha nota é muito alta com relação a isso. Não só pelo tamanho da expansão, que é da ordem de R$ 1,2 trilhões, mas porque o BC está fazendo de uma maneira inteligente para que não sejam desperdiçados recursos. Já na política monetária, mesmo com o passo de agora, eu acho que estamos muito lentos, dada a magnitude da queda de atividade e de demanda.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
MEC Enem: app gratuito traz simulados, corrige redações, monta plano de estudos e ajuda na preparação para exame
Ferramenta do Ministério da Educação reúne inteligência artificial, trilhas de estudo e plano de revisão personalizado a menos de um mês do exame
Mega-Sena 2928 acumula e prêmio em jogo se aproxima de R$ 50 milhões; ‘fermento’ do final 5 infla bolada na Quina
Além da Mega-Sena 2928, outras três loterias sorteadas ontem à noite acumularam, com destaque para o salto no prêmio da Quina
Lotofácil volta a brilhar sozinha e faz um novo milionário em SP
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta sexta-feira (17) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3515
Este é o menor país da história a se classificar para uma Copa do Mundo, tem metade da seleção nascida no exterior e convocação feita pelo LinkedIn
Com metade do elenco nascido fora e um jogador convocado pelo LinkedIn, o arquipélago africano faz história ao conquistar vaga inédita na Copa do Mundo de 2026
“Faz um Pix”: o Mercado Pago quer transformar esse pedido em rotina com o novo assistente de inteligência artificial
A fintech aposta na inteligência artificial para simplificar o dia a dia dos clientes — e o Brasil será o primeiro laboratório dessa revolução
Entenda a Operação Alquimia, deflagrada pela Receita para rastrear a origem do metanol em bebidas alcoólicas
Desdobramento das operações Boyle e Carbono Oculto, a nova ofensiva da Receita Federal mira a rota clandestina do metanol
Na onda da renda fixa, fundos de pensão chegam a R$ 1,3 trilhão em ativos, mas Abrapp alerta: “isso é a foto, não o filme”
Do total de R$ 1,3 trilhão em ativos dos fundos de pensão, cerca de R$ 890 bilhões estão em títulos públicos. Para Abrapp, isso não é bom sinal para o Brasil: “é preciso diversificar”, diz diretor-presidente
Trabalho em ‘home office’ é ‘coisa de rico’, aponta IBGE
Dados preliminares do Censo 2022 revelam desigualdade também no home office: brasileiros que ganham acima de R$ 7,5 mil por mês são os que mais exercem suas atividades sem sair de casa
Quina 6853 faz o único milionário da noite nas loterias da Caixa
Depois de acumular por três sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio da noite de quarta-feira (15) entre as loterias da Caixa
Lotofácil 3513 deixa mais dois apostadores perto do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quinta-feira (16) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3514
Carteira Nacional Docente já está disponível; veja como emitir e descubra quais benefícios terão os professores
Documento tem validade de 10 anos e garante acesso a benefícios do programa Mais Professores, com descontos, meia-entrada e mais
Do metanol à água mineral: o que se sabe sobre o caso do homem internado em SP após suspeita de contaminação
Depois dos casos de intoxicação por metanol em bebidas destiladas, um novo episódio em Garça (SP) levanta preocupação sobre água mineral
CEO da Petrobras (PETR4) manda recado enquanto petróleo amplia a queda no exterior. Vem aí um novo reajuste nos combustíveis?
Enquanto a pressão sobre o petróleo continua no exterior, a presidente da petroleira deu sinais do que pode estar por vir
Seus filhos não foram para a escola hoje — e a ‘culpa’ é (do dia) dos professores
Se seus filhos não foram à escola ou à faculdade hoje, o motivo é o Dia dos Professores, uma data que homenageia a educação no Brasil — mas nem todos os profissionais têm direito à folga
Mega-Sena 2927 acumula e prêmio sobe ainda mais; +Milionária volta à cena hoje com R$ 10 milhões em jogo
A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa. Ela segue encalhada, embora já tenha saído uma vez em outubro. Com exceção da Lotofácil, todas as outras loterias também acumularam ontem.
Entre a simplicidade e a teimosia, Lotofácil 3512 deixa dois apostadores mais próximos do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quarta-feira (15) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3513
Ouro bate recorde — e garimpo ilegal também; apreensões da PF em terras yanomami já somam 10% do orçamento da Funai
PF apreende volume inédito de ouro, em meio à escalada de preços no mercado global
Seu Dinheiro é finalista do Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2025; veja como votar
Site concorre às categorias de melhores site, podcast e canal de YouTube, além de ter quatro jornalistas no páreo do top 50 mais admirados
Carro voador de R$ 1,5 milhão estreia em Dubai; chinesa Aridge mira super-ricos do Golfo Pérsico
O carro voador de R$ 1,5 milhão da chinesa Aridge, divisão da XPeng, fez seu primeiro voo tripulado em Dubai
Esse país tem um trunfo para se transformar no Vale do Silício da América do Sul — e o Brasil que se cuide
Um novo polo de tecnologia começa a surgir na América do Sul, impulsionado por energia limpa e uma aposta ambiciosa em inovação.