Se aprendermos a sentar na mesa com quem não concordamos, reformas saem, diz Mansueto
A partir de meados de janeiro, o ex-secretário, que deixou o posto em julho, será sócio e economista-chefe do BTG Pactual.

Com governo e Congresso sob forte cobrança pela paralisia na agenda econômica, o ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, buscou nesta sexta-feira, 11, transmitir tranquilidade em relação ao tempo político das negociações e disse que não se pode carimbar como "fracasso" o fato de o ano terminar sem a aprovação das grandes reformas. Ele alertou, porém, que é preciso "aprender a sentar à mesa com quem não concorda" para construir pontes e um ambiente favorável a essas votações.
Leia também:
- NO CELULAR: Receba comentários diários em áudio da equipe do Seu Dinheiro
- A oportunidade que a Locaweb pode ter com o Ideris, quarta aquisição pós-IPO
- Fiat terá plano de assinaturas para alugar carros da marca a partir de janeiro
"Se a gente melhorar um pouquinho, respeitar o contraditório, aprender a sentar à mesa com quem a gente não concorda, vamos fazer as reformas que esse País precisa para crescer consistentemente nos próximos anos", disse Mansueto durante o 19º Fórum Empresarial LIDE. A partir de meados de janeiro, o ex-secretário, que deixou o posto em julho, será sócio e economista-chefe do BTG Pactual.
Para ele, a população muitas vezes critica a morosidade do mundo político com uma visão de distanciamento, sem considerar que isso pode ser reflexo da sociedade. "Muitas vezes a gente se coloca à margem do Estado, (dizendo) 'os políticos' não aprovam. Os políticos e o Estado somos nós", afirmou.
Mansueto citou as reformas tributária e administrativa, ambas adiadas para 2021. Hoje mais cedo, o senador Marcio Bittar (MDB-AC) anunciou que a PEC emergencial, que contém gatilhos de contenção de despesas, também ficará para o ano que vem diante da iminente desidratação da proposta para viabilizar uma aprovação ainda em 2020.
O ex-secretário traçou um paralelo com a reforma da Previdência, que dominou os debates por um período de três anos entre os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, até ser aprovada. Por isso, segundo ele, o debate da tributária e da administrativa este ano "não foi tempo perdido". "Temos que respeitar o tempo político", afirmou.
Leia Também
Mansueto defendeu a urgência da aprovação da reforma tributária para racionalizar as regras e deixar o sistema mais progressivo, com menos tipos de impostos. Mas amenizou o fato de uma posição definitiva ter ficado para 2021.
"Terminar o ano sem concluir o relatório da reforma tributária, não vamos considerar isso fracasso. Não vamos nos desesperar, porque o debate vai continuar no ano que vem", disse. Em seguida, ele ponderou que ter mais tempo será positivo para assegurar que haja uma boa discussão sobre as mudanças no sistema tributário. "Não vamos culpar os políticos. Não queremos deputados e senadores aprovando coisas em dois ou três dias sem debate."
O ex-secretário fez a mesma avaliação em relação à reforma administrativa, que mexe nas regras do funcionalismo. "Se vai levar cinco meses, oito meses, não é o ponto crucial. O ponto crucial é ter convicção de ser um bom projeto", afirmou, ressaltando que "divergências são naturais e vão ocorrer".
Mansueto defendeu a proposta, que altera a estrutura de carreiras de servidores. Segundo ele, a proposta "não é contra o serviço público". "Ninguém quer fazer administrativa contra funcionário público, mas para melhorar eficiência", disse.
Ele destacou ainda que, no histórico dos últimos quatro anos do País, a quantidade de reformas aprovadas o deixa "esperançoso" e lembrou que a situação econômica no fim do ano está melhor que o esperado em março, no início da pandemia, pois a queda do PIB será menor.
“O Brasil está desandando, mas a culpa não é só do Lula”. Gestores veem sede de gastos no Congresso e defendem Haddad
Gestores não responsabilizam apenas o governo petista pelo atual nível da pública e pelo cenário fiscal do país — mas querem Lula fora em 2026 mesmo assim
Caixa começa a pagar Bolsa Família de agosto; confira o calendário
Cerca de 19,2 milhões de famílias receberão o benefício em agosto; valor mínimo é de R$ 600, com adicionais que podem elevar a renda mensal
Um colchão mais duro para os bancos e o que esperar para os mercados hoje
No cenário global, investidores aguardam negociações sobre um possível fim da guerra na Ucrânia; no local, Boletim Focus, IGP-10 e IBC-Br
Agenda econômica: reta final da temporada de balanços, Jackson Hole e Fed nos holofotes; confira os principais eventos da semana
XP fecha a temporada de balanços enquanto dados-chave no Brasil, Fed, China e Europa mantém agenda da semana movimentada
Lotofácil 3472 pode pagar quase R$ 2 milhões hoje; Quina, Lotomania e Dupla Sena oferecem prêmios maiores
Lotofácil e Quina têm sorteios diários; Lotomania, Dupla Sena e Super Sete correm às segundas, quartas e sextas-feiras
O colchão da discórdia: Por que o CEO do Bradesco (BBDC4) e até a Febraban questionam os planos do Banco Central de mudar o ACCP
Uma mudança na taxa neutra do ACCP exigiria mais capital dos bancos e, por consequência, afetaria a rentabilidade das instituições. Entenda o que está na mesa do BC hoje
Reformas, mudanças estruturais e demográficas podem explicar resiliência do emprego
Mercado de trabalho brasileiro mantém força mesmo com juros altos e impacto de programas sociais, apontam economistas e autoridades
Carteira dos super-ricos, derrocada do Banco do Brasil (BBAS3) e o sonho sem valor dos Jetsons: confira as notícias mais lidas da semana
A nostalgia bombou na última semana, mas o balanço financeiro do Banco do Brasil não passou despercebido
Quanto vale um arranha-céu? Empresas estão de olho em autorizações para prédios mais altos na Faria Lima
Incorporadoras e investidores têm muito apetite pelo aval Cepac, com o intuito de concretizar empreendimentos em terrenos que já foram adquiridos na região
Luan Santana, Ana Castela, Belo e mais: confira o line-up, os horários e tudo o que você precisa saber sobre o Farraial 2025
A 8° edição do Farraial ocorre neste sábado (16) na Arena Anhembi com Luan Santana, Ana Castela, Belo e mais
Brics acelera criação do ‘Pix Global’ e preocupa Trump; entenda o Brics Pay e o impacto no dólar
Sistema de liquidação financeira entre países do bloco não cria moeda única, mas pode reduzir a dependência do dólar — e isso já incomoda os EUA
Mega-Sena 2901 acumula em R$ 55 milhões; Quina 6800 premia bolão; e Lotofácil 3469 faz novo milionário — veja os resultados
Bolão da Quina rende mais de R$ 733 mil para cada participante; Mega-Sena acumula e Lotofácil premia aposta de Curitiba.
Governo busca saída para dar mais flexibilidade ao seguro e crédito à exportação, diz Fazenda
As medidas fazem parte das estratégias para garantir o cumprimento das metas fiscais frente às tarifas de 50% de Donald Trump
“Brasil voa se tiver um juro nominal na casa de 7%”, diz Mansueto Almeida — mas o caminho para chegar lá depende do próximo governo
Inflação em queda, dólar mais fraco e reformas estruturais dão fôlego, mas juros ainda travam o crescimento — e a queda consistente só virá com ajuste fiscal firme
As armas de Lula contra Trump: governo revela os detalhes do plano de contingência para conter o tarifaço
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (13) a medida provisória que institui o chamado Programa Brasil Soberano; a MP precisa passar pela Câmara e pelo Senado
Lotofácil 3467 tem 17 ganhadores, mas só dois ficam milionários; Mega-Sena 2900 acumula
A sorte bateu forte na Lotofácil 3467: três apostas cravaram as 15 dezenas, mas só duas delas darão acesso ao prêmio integral
Plano de contingência está definido: Lula anuncia hoje pacote de R$ 30 bilhões para empresas atingidas pelo tarifaço; confira o que se sabe até agora
De acordo com Lula, o plano de contingência ao tarifaço de Trump dará prioridade às menores companhias e a alimentos perecíveis
Preço do café cai pela primeira vez depois de 18 meses — mas continua nas alturas
Nos 18 meses anteriores, a alta chegou a 99,46%, ou seja, o produto praticamente dobrou de preço
O Ibovespa depois do tarifaço de Trump: a bolsa vai voltar a brilhar?
No podcast desta semana, Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, analisa o cenário da bolsa brasileira e aponta os principais gatilhos que podem levar o Ibovespa a testar novas máximas ainda em 2025
Lula ligou para Xi Jinping em meio ao tarifaço de Trump. Saiba o que rolou na ligação com o presidente da China
Após o aumento da alíquota imposta aos produtos brasileiros pelo republicano, o petista aposta na abertura de novos mercados