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Kaype Abreu
Kaype Abreu
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.
acima do centro da meta

Inflação oficial fecha 2019 em 4,31% e supera estimativas do mercado

Segundo o IBGE, o dos preços em dezembro, de 1,15%, foi o maior registrado para o mês desde 2002; no ano, índice superou as expectativas do mercado.

Kaype Abreu
Kaype Abreu
10 de janeiro de 2020
9:27 - atualizado às 16:43
Inflação
Imagem: Shutterstock

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 1,15% no mês de dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10).

Segundo o IBGE, o avanço foi o maior registrado para o mês desde 2002. Com o resultado de dezembro, o índice fechou 2019 a 4,31%. O valor ficou acima do centro da meta, que era de 4,25%, e também superou as projeções do mercado, que eram de 4,13%.

Segundo o analista da Capital Research, Ernani Reis, mesmo superando as estimativas, o número foi bem recebido pelos agentes financeiros. O especialista lembra que, também nesta sexta, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou a prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) para janeiro, que ficou abaixo do esperado, a 0,67%.

Para Reis, o indicador da FGV mostra que a disparada dos índices no final do ano passado não deve continuar em 2020. "Independentemente disso, a possibilidade de uma mudança de trajetória do IPCA com impacto sobre a taxa básica de juros, Selic, ainda é monitorada pelo mercado", diz.

Inflação alta costuma levar o BC a aumentar os juros, enquanto uma inflação mais baixa e controlada dá espaço pra redução dos juros. Hoje, a taxa básica está em 4,5% - por ora, a estimativa é que os juros se mantenham nesse patamar neste ano.

Para 2020, o mercado ainda tem uma expectativa de que o IPCA feche em 3,59%, segundo o Boletim Focus, do Banco Central. O centro da meta é de 4,00%, podendo o índice oscilar de 2,50% a 5,50%.

Inflação por período

  • Dezembro: 1,15%
  • Novembro: 0,51%
  • Dezembro de 2018: 0,15%
  • Acumulado no ano: 4,31%

Razões para a alta

Os preços do grupo alimentos e bebidas, que subiram 6,37%, pesaram no bolso dos brasileiros no ano passado, segundo o IBGE. A alta foi puxada principalmente pelas carnes, cujos preços dispararam no mercado interno devido ao aumento das exportações para a China e à desvalorização do real.

Segundo Pedro Kislanov, do IBGE, pesou também a alta nos planos de saúde, de 8,24%, por conta do reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). "A alimentação fora do domicílio também influenciou o índice”, diz.

O IBGE ainda destaca a alta dos combustíveis (3,57%) e das passagens áreas, que subiram de 4,35% em novembro para 15,62% em dezembro. Os jogos de azar (12,88%) também impactaram a inflação de dezembro, em função do reajuste nos preços das apostas, vigente desde novembro.

Calculado pelo IBGE desde 1980, o IPCA abrange o consumo de famílias com rendimento monetário de entre um e 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte.

Cálculo vai mudar

A partir de janeiro de 2020, a conta elaborada pelo IBGE para chegar ao IPCA vai mudar. Na lista de itens avaliados pelo instituto, saem aqueles cujo peso dentro do orçamento familiar ficou menor - como aparelhos de DVD e as máquinas fotográficas. Passam a fazer parte do cálculo itens como transporte por aplicativos e serviços de streaming.

Na nova composição, são 377 produtos e serviços, seis a menos do que o modelo atual de pesquisa. No total, o IPCA passa a ter 56 novos subitens. Ou seja, 62 itens foram substituídos ou retirados da lista.

A nova lista de componentes do IPCA surgiu a partir dos dados coletados na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018. Depois de dez anos sem levantamentos, a POF revelou uma profunda mudança nos hábitos dos brasileiros - que deixaram, por exemplo, de fazer ligações pelos orelhões e passaram a utilizar as chamadas de voz e vídeo do WhatsApp.

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