Inflação medida pelo IGP-10 sobe 3,20% em outubro e supera projeções
O resultado do IGP-10 ficou acima do teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 1,72% e 3,02%

O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 3,20% em outubro, após ter aumentado 4,34% em setembro, informou nesta sexta-feira, 16 a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado ficou acima do teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 1,72% e 3,02%, com mediana positiva de 2,67%.
Leia também:
- [Premium] Onde investir R$ 10 mil hoje? Três ideias de ações e ETFs na bolsa
- Como a inflação de alimentos pode ser boa para o seu bolso
- Itaú, Bradesco e Santander ainda são grandes negócios. Mas até quando?
- Rumo, CCR ou EcoRodovias? O que comprar após a forte queda das ações
Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10 de outubro, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram alta de 4,06% no mês, ante uma elevação de 5,99% em setembro.
Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram aumento de 0,98% em outubro, após o avanço de 0,46% em setembro. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve alta de 1,51% em outubro, depois de subir 0,80% em setembro.
O IGP-10 acumulou um aumento de 17,63% no ano. A taxa em 12 meses ficou positiva em 19,85%. O período de coleta de preços para o indicador de outubro foi do dia 11 de setembro a 10 deste mês.
O que pressionou no IGP-10
A alta no custo das passagens aéreas e dos alimentos acelerou a inflação ao consumidor dentro do IGP-10 de outubro. Cinco das oito classes de despesa do IPC-10 registraram taxas de variação mais elevadas, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou de 0,38% em setembro para 4,11% em outubro. A passagem aérea saltou de 6,97% para 54,11% no período.
Leia Também
Os demais acréscimos ocorreram nas taxas de variação dos grupos Alimentação (de 0,99% para 2,10%), Saúde e Cuidados Pessoais (de -0,34% para 0,07%), Vestuário (de -0,35% para 0,11%) e Comunicação (de 0,01% para 0,06%).
As maiores influências partiram dos itens:
- hortaliças e legumes (de -4,84% para 2,01%),
- plano e seguro de saúde (de -2,40% para 0,00%)
- roupas (de -0,48% para 0,12%)
- tarifa de telefone residencial (de 0,03% para 1,06%)
O que caiu
Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Transportes (de 0,91% para 0,43%), Habitação (de 0,50% para 0,40%) e Despesas Diversas (de 0,30% para 0,20%), sob a contribuição de itens como a gasolina (de 2,83% para 0,76%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,72% para 0,19%) e serviços bancários (de 0,20% para 0,13%).
IPAs
Os preços agropecuários, medidos pelo IPA Agrícola, subiram 8,26% no atacado em outubro, após um avanço de 8,78% em setembro, dentro do IGP-10, informou a FGV. Já os preços dos produtos industriais - mensurados pelo IPA Industrial - tiveram alta de 2,44% este mês, depois da elevação de 4,95% no atacado em setembro.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 2,66% em outubro, ante uma elevação de 2,56% em setembro.
Os preços dos bens intermediários subiram 3,40% em outubro, após alta de 3,63% no mês anterior. Já os preços das matérias-primas brutas subiram 5,77% em outubro, depois da elevação de 11,17% em setembro.
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Do pitch à contratação: evento gratuito do BTG conecta jovens talentos ao mercado financeiro
Inscrições estão abertas até 27 de abril; 1 a cada 5 participantes é contratado até três meses após o evento, diz estudo
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano
Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos
A bolsa de Nova York sangra: Dow Jones cai quase 1 mil pontos e S&P 500 e Nasdaq recuam mais de 2%; saiba o que derrubou Wall Street
No mercado de câmbio, o dólar perde força com relação a outras moedas, atingindo o menor nível desde março de 2022
Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado
Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
IPCA de março é o mais alto para o mês desde 2023, mas esse ativo pode render acima da inflação; conheça
Com o maior IPCA registrado para o mês de março desde 2023, essa estratégia livre de IR pode ser ainda mais rentável que a inflação, aponta EQI
Show de ofensas: a pressão total de Donald Trump sobre o Fed e Jerome Powell
“Terrível”, “devagar” e “muito político” foram algumas das críticas que o presidente norte-americano fez ao chefe do banco central, que ele mesmo escolheu, em defesa do corte de juros imediato
Por essa nem o Fed esperava: Powell diz pela primeira vez o que pode acontecer com os EUA após tarifas de Trump
O presidente do banco central norte-americano reconheceu que foi pego de surpresa com o tarifaço do republicano e admitiu que ninguém sabe lidar com uma guerra comercial desse calibre
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump
Bitcoin (BTC) sustenta recuperação acima de US$ 84 mil — mercado cripto resiste à pressão, mas token Mantra despenca 90% sob suspeita de ‘rug pull’
Trégua nas tarifas de Trump e isenção para eletrônicos aliviam tensões e trazem respiro ao mercado cripto no início da semana
Agenda econômica: PIB da China, política monetária na Europa e IGP-10 são destaques em semana de balanços nos EUA
Após dias marcados pelo aumento das tensões entre China e Estados Unidos, indicadores econômicos e os balanços do 1T25 de gigantes como Goldman Sachs, Citigroup e Netflix devem movimentar a agenda desta semana
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão