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Como a inflação de alimentos pode ser boa para o seu bolso

Apesar de ser péssima para nós como consumidores, essa situação de preço dos alimentos subindo muito mais do que outros gastos pode representar uma ótima oportunidade para nós como investidores

16 de outubro de 2020
5:48 - atualizado às 8:51
Supermercado, mulher com carrinho fazendo compras
O varejo alimentar começa a divuglar os seus balanços - Imagem: Shutterstock

Se você, assim como eu, costuma ir ao mercado fazer as compras do mês, deve ter notado que o preço do leite, do arroz, do feijão e de vários outros alimentos disparou desde o início da pandemia. 

No entanto, apesar de ser péssima para nós como consumidores, essa situação de preço dos alimentos subindo muito mais do que outros gastos pode representar uma ótima oportunidade para nós como investidores. 

Enquanto uns choram...

Existe um ditado que diz que "enquanto uns choram, outros vendem lenços". 

Essa situação de preços de alimentos em alta beneficia diretamente as varejistas de alimentos – entenda, supermercados, hipermercados e atacarejos. 

Não é que essas empresas estejam aproveitando a pandemia para nos explorar, cobrando preços abusivos pelos produtos. Calma, não é nada disso! 

O preço mais alto dos alimentos nas gôndolas é apenas reflexo do aumento de preço cobrado pelos produtores, que têm aproveitado a alta do dólar para exportar cada vez mais. Isso provoca uma redução na oferta de commodities agrícolas no mercado interno e, consequentemente, contribui para uma alta nos preços.

Mas se os atacarejos, super e hipermercados também estão pagando mais caro pelos alimentos vendidos, de onde eles conseguem extrair vantagens neste momento?

Descasamento entre custos e despesas

A grande vantagem para as empresas do setor não está na alta no preço dos alimentos em si, mas no fato de que isso tem acontecido em um ritmo mais acelerado do que as despesas gerais (salários, conta de luz, água, combustível, etc), como pode ser visto no gráfico abaixo, que apresenta a inflação geral (linha cinza) comparada com a inflação de alimentos no domicílio (linha vermelha). 

Elaboração: Seu Dinheiro. Fonte: IBGE

Essa diferença tende a provocar um descasamento entre receitas e despesas, e deveria ajudar a aumentar as margens das companhias do setor.

Apenas para ilustrar, coloco abaixo o efeito teórico que uma inflação de alimentos de 10% e uma inflação geral de 3% provocariam no lucro operacional de uma das companhias do setor, mantendo todas as outras variáveis constantes.

Como o setor normalmente trabalha com margens apertadas, um pequeno descasamento altera bastante os resultados e tende a ajudar a aumentar os lucros dessas companhias enquanto o preço dos alimentos estiver em alta. 

É claro que o varejo é muito mais complexo. As companhias podem não conseguir repassar todos os custos, o volume de produtos vendidos pode cair e, além disso, algumas despesas podem subir mais do que o IPCA. De qualquer maneira, esse exercício mostra que há um fator importante contribuindo para a rentabilidade.

Uma outra vantagem das companhias do setor neste momento é que as vendas se encontram em níveis bem mais elevados desde o início da pandemia, bem diferente do restante do varejo, como aponta o índice de vendas da Cielo (ICVA), o que ajuda a mostrar a resiliência deste segmento. 

Elaboração: Seu Dinheiro. Fonte: Cielo - ICVA

Proteção do poder de compra

De quebra, esse tipo de ativo ainda permite que você proteja o seu poder de compra indiretamente. 

Sabe quando alguém tem uma despesa atrelada ao dólar e investe um pouco na moeda norte-americana para amortecer eventuais flutuações? O raciocínio é o mesmo.

Se essas companhias se aproveitam da inflação dos alimentos e o seu salário não está acompanhando essa alta, o investimento nelas acaba sendo uma alternativa para preservar a sua capacidade de consumo se os preços continuarem escalando.

O preço da comida pode até aumentar, mas essas companhias também lucram mais e ajudam as suas ações.

Das três empresas do setor listadas em Bolsa (Carrefour, Grupo Pão de Açúcar e Grupo Mateus), gostamos mais de uma em particular. Com alta rentabilidade, grande potencial de crescimento, forte geração caixa, baixo endividamento e muito capital para investir, a companhia tem de tudo para surfar esse bom momento para o setor. 

A série As Melhores Ações da Bolsa aproveitou a oportunidade para sugerir a compra desses papéis na última terça-feira. A sugestão continua mais do que válida e se você quiser conferir essa e outras indicações da séries, deixo aqui o convite para fazer uma degustação de sete dias sem compromisso.

Um grande abraço e até a próxima!

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