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Estadão Conteúdo

efeito coronavírus

Com auxílio menor e desemprego em alta, volta do crescimento é incógnita

PIB em 2020 deve cair 4,8%, considerando o auxílio de R$ 300 a partir de setembro, segundo contas de especialista

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A situação do emprego no país deve ser o destaque do dia, juntamente com a ata do Copom, de olho no teto de gastos - Imagem: FELIPE RAU / ESTADÃO. - Crédito:FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

Ana Paula de Araujo Cardoso, que vende semijoias em domicílio na cidade de Piraju, no interior de São Paulo, está preocupada como vai manter a família - ela, o marido e o filho com necessidades especiais - a partir deste mês.

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Por causa da pandemia, ela praticamente parou de visitar os clientes. O marido, que trabalhava como motorista, está desempregado desde abril e não conseguiu um novo emprego. A renda se resume ao seguro desemprego, que termina agora, e R$ 600 do auxílio emergencial. "Dependo do auxílio, que vai para R$ 300 este mês. Fome a gente não passa, porque no interior um ajuda o outro. Mas a gente vai perdendo a dignidade."

A preocupação de Ana Paula é também a de 67,2 milhões de brasileiros - trabalhadores informais, desempregados e beneficiários do Bolsa Família - que receberam até agosto R$ 600 por mês. O corte pela metade do benefício deve ter impacto no bolso da população e na economia.

Segundo o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale, a redução do auxílio a R$ 300 entre setembro e dezembro terá impacto direto na atividade econômica. Nas suas contas, o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 deve cair 4,8%, considerando o auxílio de R$ 300 a partir de setembro. Se o benefício fosse mantido em R$ 600 até o fim do ano, a retração do PIB seria menor, de 2,5% este ano. "A diminuição do auxílio para a metade do valor tirará 2,3 pontos porcentuais do que poderia se evitar de queda do PIB este ano."

Mas o ponto central de preocupação, dizem especialistas, não é nem o fim do auxílio, mas a falta de um motor que garanta o crescimento da atividade econômica com as próprias pernas em 2021.
"O coronavoucher foi um movimento correto, mas tem de acabar mesmo, porque ele é tão caro que não é sustentável", afirma o economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados. A questão, frisa, não é o fim do auxílio, mas é a ausência de uma recuperação dos empregos e da atividade permanente e que a economia comece a andar sozinha, com a volta dos investimentos. "O motor do investimento é o mais importante, e está ruim."

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Para o economista Fabio Silveira, sócio da consultoria MacroSector, o crescimento sustentável só virá com investimento e geração de emprego e renda. Entre junho de 2019 e junho deste ano, o número de desocupados aumentou em 10 milhões. Ele observa que um pedaço da queda na massa de rendimentos dessas pessoas o auxílio cobriu. No entanto, argumenta, a economia tem de andar com as próprias pernas. "O que falta para enxergar 2021 é ter a sinalização de que o investimento virá e, infelizmente, não tenho essa convicção."

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Já para o economista Armando Castelar, da Fundação Getulio Vargas (FGV), se a pandemia retroceder e a confiança do consumidor se recuperar, a poupança acumulada durante o isolamento será direcionada para o consumo, a economia se recupera e o investimento virá depois. "Mas deve demorar um pouco, pois há ociosidade."

Na análise dos economistas, a volta do investimento esbarra na grande incerteza que existe entre os potenciais investidores sobre como será equacionada a política fiscal, com déficit de R$ 900 bilhões puxado, inclusive, pelos gastos com auxílio emergencial, e também como irá reagir a economia sem essa muleta. Além de remover esses obstáculos, Silveira acredita que o governo precisaria construir uma transição, uma ponte, fazendo os primeiros investimentos em infraestrutura para que o investidor retorne.

Retomada desigual

A recuperação da economia, turbinada pelo auxílio emergencial de R$ 600, foi desigual entre os setores. Em julho, as vendas do varejo e da indústria já estavam quase no mesmo patamar de janeiro, antes da pandemia, segundo indicador construído pelo economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, a partir de dados do IBGE. Materiais de construção, eletroeletrônicos e móveis têm sido destaques positivos.

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Mas o setor de serviços, responsável por quase 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e pela maioria dos empregos, praticamente não sentiu os efeitos. Os serviços, que dependem de gente e muita vezes envolvem aglomerações como restaurantes, shows e festas, devem fechar o ano com queda histórica de vendas por causa do isolamento imposto pela pandemia.

Na economia como um todo, porém, o auxílio emergencial ajudou a diminuir o tombo da atividade no segundo trimestre, que caiu quase 10% ante o primeiro. Também deve contribuir para o crescimento forte do PIB, entre 5% e 6%, esperado para o terceiro trimestre, dizem economistas.

"Existe uma retomada, ela é mais forte do que se chegou a prever num certo momento e um bom indicador disso foi a revisão da projeção da OCDE para o Brasil neste ano, de queda de 7,4% do PIB para retração de 6,5%", destaca o economista Armando Castelar, coordenador da área de Economia Aplicada do Ibre/FGV.

Campo

Por causa da alta de preço dos grãos, da supersafra, da voracidade de compras da China e da desvalorização cambial, o agronegócio é dos poucos setores que vão muito bem mesmo com a pandemia.

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Luiz Henrique dos Santos, gerente da concessionária Chevrolet Vianorte em Sorriso (MT), considerada a capital do agronegócio pela grande produção de soja, conta que há fila de espera de produtores para compra de caminhonete S10 LTZ. A picape custa quase R$ 180 mil. A espera é de 60 dias. "O produtor não tem onde gastar."

Mesmo estando num bom momento, economistas explicam que o agronegócio não é capaz de compensar a queda de outros setores nem gerar empregos para absorver a massa de desocupados. Ele responde por cerca de 25% do PIB.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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