Em meio à pandemia do novo coronavírus, a Warren chamou a atenção do mercado ao anunciar um aporte de R$ 120 milhões liderado pelo fundo de venture capital QED Investors, que já investiu em empresas como Nubank e Loft.
Segundo o CEO da corretora, Tito Gusmão, o valor será utilizado para melhorar a experiência dos 130 mil clientes nas plataformas digitais. "Nossa meta é seguir investindo principalmente em tecnologia, num modelo totalmente alinhado aos interesses do investidor", afirma.
Em entrevista ao Seu Dinheiro, o executivo destaca que o foco é na entrega da plataforma de investimentos Warren 3.0, que possui features de banking, carteiras com portfólios de longo prazo e acesso direto à Bolsa sem taxa de corretagem. "Vamos investir em melhorar ainda mais a experiência do 3.0."
Com três anos de operação, a fintech gaúcha dobrou o patrimônio que gerencia nos últimos três meses e contratou 100 profissionais no período, total que corresponde a 30% do quadro de funcionários. Até o fim do ano, o objetivo é recrutar mais 80 funcionários para ampliar o alcance da marca.
Ampliação da oferta de serviços
O ritmo acelerado de crescimento acompanha a meta ousada de seus sócios: hoje com R$ 2 bilhões de ativos sob gestão, o objetivo é multiplicar por cinco esse patrimônio até o fim de 2021, chegando aos R$ 10 bilhões. Além disso, a Warren aposta no desenvolvimento de novas soluções para sua plataforma de parceiros, a Warren for Business.
“Queremos dobrar a nossa base de parceiros. Hoje temos mais de 200 conectados e pretendemos chegar a 400 até o fim do ano”, diz Gusmão. “Para isso vamos investir em ampliar a oferta de produtos e serviços, como seguros, previdência e planejamento financeiro, tudo isso integrado em uma plataforma white label, que prima por ajudar o parceiro a construir seu negócio."
Embora o foco seja no digital, a Warren dispõe de sete espaços físicos em São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Jaraguá do Sul, Itajaí e Blumenau, atualmente fechados devido à pandemia. Até dezembro, mais cinco cidades devem receber o serviço presencial, com foco em clientes de alta renda e B2B (ou seja, de empresa para empresa).
Ao Seu Dinheiro, Gusmão destaca que sua equipe já está trabalhando em melhorias nesse quesito. Para o B2B, será implantado ferramentas para auxiliar ainda mais no planejamento financeiro do usuário e uma nova interface para gerenciar parceiros e clientes. "Estamos construindo a profissão do futuro dos profissionais de investimento”, diz o CEO.
Já para os usuários B2C (empresas cujo público-alvo é o consumidor), a corretora fará seis upgrades:
- Todos os fluxos transacionais serão instantâneos (receber, enviar e movimentar dentro da Warren) - SPB;
- Melhorias e maior diversidade de produtos de investimentos disponíveis (tech, health, green etc);
- Análises de carteira e ativos direto na plataforma;
- Conteúdo educacional customizado para cada cliente;
- Consolidação dos investimentos em um só lugar;
- Corretagem zero para compra e venda de ações a mercado;
Além da QED Investors, a rodada de investimento na Warren conta com a participação dos fundos Kaszek Ventures - criado pelos fundadores do Mercado Livre e investidor da Creditas, Nubank, Loggi e Gympass -, a Ribbit, MELI Fund, WPA, Quartz e os gaúchos da gestora de recurso Chromo Invest.