🔴 SD EXPLICA: COMO GARANTIR 1% AO MÊS NA RENDA FIXA ANTES QUE A SELIC CAIA – VEJA AQUI

X não ser f(X): entenda qual o segredo definitivo de um portfólio de investimentos

Ciência da tomada de decisão não é tão simples como os modelos matemáticos podem dar a entender; decisão deve ser tomada diante de um todo, não com base em uma oportunidade pontual

19 de maio de 2020
6:45 - atualizado às 13:32
Uma carteira de investimentos para qualquer cenário - de euforia ou tristeza nos mercados
Imagem: Shutterstock

A ciência da tomada de decisão talvez seja um dos campos comportamentais mais estudados na atualidade. Isso porque você acaba desaguando em inúmeras áreas do conhecimento, com consequentes disparidade de abordagens e aplicações.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A dinâmica ganha contorno matemática e, por outras vezes, mais abstratos, se firmando juntos a sociologia ou até mesmo antropologia. Na economia e nas finanças, por exemplo, toda a problemática de matemática na ciência para auxiliar na tomada de decisão de agentes angariou para os financistas e os economistas o apelido de “physics envy” (ou, em português, os invejosos da física).

Mais recentemente no Brasil, paralelamente ao processo de financeirização profundo e da crescente popularidade de personalidade e empresas relacionadas com o tema finanças e investimentos, a discussão acabou ganhando contornos de superficialidade. Tal movimento não deveria se justificar, uma vez que a ciência da tomada de decisões no meio acima destacada deixou de ser simples há muito, se sofisticando cada vez mais pela mais diferentes.

Contudo, talvez até mesmo pela falta de carinho epistemológico com qual o mercado brasileiro lida com sua própria metodologia no mundo das finanças, muitas vezes os próprios ditos especialistas, cegos de certo modo pelo próprio ego, passam a distorcer o real entendimento da tomada de decisão.

A vida real, por mais que nos esforcemos muito, não é tão simples como os modelos matemáticos gostariam de nos apresentar. Muito pelo contrário, por sinal. A realidade não pode ser modelada absolutamente. Ferramental exato deve ser sim utilizado e sempre será bem-vindo, mas nunca tido como absoluto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso porque a realidade não é linear e o que pode parecer simples acaba sendo suplantada pela complexidade. Nossa tentativa de formação exata, então, vai para o saco.

Leia Também

Talvez quem consiga melhor explicar uma matriz coesa para a tomada de decisão em ambientes eminentemente complexos tenha sido o economista africano Ralph Stacey. Em sua matriz, a conhecida Matriz de Stacey, podemos verificar a descrição de dois eixos para nos identificar em diferentes campos da tomada de decisão.

O eixo x no gráfico refere-se ao nível da certeza resultante de um evento específico. Não trata de previsões ou profecias futuras, mas de avaliar uma situação probabilística. O eixo y, por outro lado, não lida com probabilidade futura, mas com o acordo organizacional em torno dos valores do presente.

Assim, para o eixo x, quanto mais familiar for um tipo de evento passado, mais fácil será avaliar o que vai acontecer. Um "cisne negro” (algo que nunca encontramos antes), por exemplo, será mais difícil avaliar os próximos passos a serem tomados. No eixo y, por sua vez, quanto mais amplo o consenso, mais fácil é para a sociedade tomar decisões, mesmo que impliquem um preço alto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Podemos nos encontrar, enquanto tratarmos de ativos financeiros, na tomada de decisão na Zona 4, a da complexidade. Em um universo de mercado informacionalmente eficiente, com ampla democratização do acesso à informação. Não é porque não vemos solução que ela não existe. Os ativos financeiros podem não obedecer a uma racional de acordo com a hipótese de ergodicidade, mas estão sujeitos à atuação humana quantificável, a qual por sua vez for formalizada.

O que quero dizer com isso é que a abordagem correta diante dessa dinâmica que flerta com o caso reside justamente em uma humildade epistemológica. Nassim Taleb resumiu bem a questão com o dilema: “como viver em um mundo em que não entendemos?”

Aliás, curiosamente, a resposta reside justamente na proposta dessa coluna, na suposta caça de assimetrias. É um jogo retórico, obviamente. Para Taleb, poderíamos ter uma solução para o problema na estratégia criada, o “Barbell Strategy”. Em linhas gerais, a proposta se sustenta em exposição a pouco risco com muito dinheiro e a muito risco com pouco dinheiro, sendo que a posta super arriscada deveria ser também extremamente diversificada. Assim, a ideia residiria em várias posições arriscadas tanto errado, mas uma dando incrivelmente certo — tão certo que compensaria todas as outras perdas.

Em meu entendimento, essa proposta de caça às assimetrias é boa, mas levando em consideração o ambiente complexo para a tomada de decisão de Stacey, ainda me parece uma solução subótima. Um aproximadamente estaria na proposta do smart beta, isto é, se apropriar de prêmio de risco de mercado em diferentes classes de ativos. Para bem entender, as proposições são complementares. São ideias holística de portfólio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, a decisão no mundo das finanças passa a ser tomada diante de um todo, não mais essa ou aquela oportunidade pontual. A abordagem é muito importante para a sofisticação de patrimônio, inegavelmente.

Para sorte do leitor, os dois maiores especialistas no assunto, aqueles que me ensinaram a metodologia que brevemente expliquei acima, estão oferecendo um programa de acompanhamento de investimento na Empiricus. Os dois sócios fundadores da casa, Felipe Miranda e Rodolfo Amstalden, ofereceram mais um vez (e talvez pela última vez), o Masterplan da maior casa de análise de investimentos do Brasil.

Para os mais interessados, ainda dá tempo de entrar. Basta clicar aqui e experimentar. Na Empiricus, por conta da natureza purista na essência da casa, levamos muito a sério o equilíbrio de uma carteira consistente, justamente o que falta para o mercado brasileiro amadurecer nesse ramo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje

16 de dezembro de 2025 - 8:23

Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?

16 de dezembro de 2025 - 7:13

Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg

15 de dezembro de 2025 - 19:55

O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje

15 de dezembro de 2025 - 7:47

O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026

VISÃO 360

Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?

14 de dezembro de 2025 - 8:00

Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações

12 de dezembro de 2025 - 8:26

Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas

SEXTOU COM O RUY

Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas

12 de dezembro de 2025 - 6:07

O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje

11 de dezembro de 2025 - 8:23

A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…

10 de dezembro de 2025 - 19:46

Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje

10 de dezembro de 2025 - 8:10

Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje

9 de dezembro de 2025 - 8:17

Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?

9 de dezembro de 2025 - 7:25

Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade

RALI, RUÍDO E POLÍTICA

Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza

8 de dezembro de 2025 - 19:58

A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje

8 de dezembro de 2025 - 8:14

Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana

TRILHAS DE CARREIRA

É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira

7 de dezembro de 2025 - 8:00

As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas

5 de dezembro de 2025 - 8:05

O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro

SEXTOU COM O RUY

Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos

5 de dezembro de 2025 - 6:02

Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje

4 de dezembro de 2025 - 8:29

Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje

3 de dezembro de 2025 - 8:24

Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje

2 de dezembro de 2025 - 8:16

Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar